sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Recesso de fim de ano...




Queridos amigos,
Sei que ando sumida, mas como todos ando na correria com as “mil e uma coisas” que temos pra fazer quando dezembro chega.
Estamos indo fazer uma viagem de carro ao Sul que começa amanhã, portanto mais correria ainda. Gostaria de me despedir deixando o meu imenso agradecimento por poder dividir com vocês meus pensamentos e sentimentos.
Desejo a todos um excelente Natal e um começo de ano com muita festa, amor, saúde, amigos, família e prosperidade.
Pros que também vão viajar, um divertido passeio. Que possamos voltar pra rotina em 2011 cheios de energia pra mais um ano.
E que venha 2011!!!
Deixo um texto que recebi pra fechar o blog de 2010.
Um grande beijo e até a volta!

"Família é prato difícil de preparar
(de "O Arroz de Palma", de Francisco Azevedo)


Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes.
Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo.
Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência.
Não é para qualquer um.
Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes dá até vontade de desistir.
Preferimos o desconforto do estômago vazio.
Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio.
Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. 
O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares.
Súbito, feito milagre, a família está servida.
Fulana sai a mais inteligente de todas.
Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade.
Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo.
Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante.
Aquele o que surpreendeu e foi morar longe.
Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia.
Como saiu no álbum de retratos?
O mais prático e objetivo?
A mais sentimental? A mais prestativa?
O que nunca quis nada com o trabalho?
Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e
antipatias que fazem parte da sua vida.
Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo.
Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados.
Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola.
Não se envergonhe de chorar.
Família é prato que emociona.
E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco.
Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e pronto, é um verdadeiro desastre.
Família é prato extremamente sensível.
Tudo em de ser muito bem pesado, muito bem medido.
Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional.
Principalmente na hora que se decide meter a colher.
Saber meter a colher é verdadeira arte.
Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família
perfeita. Bobagem. Tudo ilusão.
Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria.
Família é afinidade, é ? à Moda da Casa?
E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas.
Outras apimentadíssimas. 
Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha.
Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo.
Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa.
A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia.
A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel.
Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu.
O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior
que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer.
Se puder saborear, saboreie.
Não ligue para etiquetas.
Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo.
Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete."









terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Carta ao Bom velhinho...


Não tem como negar!! Pra onde quer que se olhe, pra onde quer que se vá o espírito do Natal nos rodeia. Eu particularmente adoro essa época do ano. Eu realmente acredito que o “bom velhinho” que mora lá dentro de cada um de nós sai de “casa” e dá um ar de amor, união, celebração, gratidão e harmonia aos lugares e principalmente ao coração das pessoas.
Pois bem, falando em bom velhinho essa é a época de escrever uma carta pra esse senhor que mora lá longe ou beem perto (dentro de nós). E como eu acredito em Papai Noel ai vai a minha.

Querido Papai Noel,
Mais um ano chega ao fim, achei meio rápido desta vez, será que a velocidade mudou mesmo ou sou eu que ando perdendo alguma coisa? Ou será que sou eu que ando enchendo demais os meus dias e perdendo o pôr-do-sol, o amanhecer, a lua e essas coisas lindas que o senhor nos manda de presente o ano todinho?! Apesar de não ter perdido tudo prometo que ano que vem eu quero curtir mais esses “presentes” diários.
Bem, esse ano Papai Noel acho que a minha carta vai ser maior que há dos outros anos, e porque eu tenho muito mais coisas pra agradecer! Mas, muiiitas mesmo. E se mesmo assim eu esquecer de alguma já queria deixar agradecido aqui. Obrigada!
Ano passado eu pedi saúde pra mim, pro meu filho, pros meus amigos e parentes e o senhor não esqueceu de ninguém. Todos nós tivemos um ano tranquilo, somente aquelas coisinhas que na verdade são nada mais nada menos que nosso corpo falando com a gente mesmo, ou aquelas experiências imprescindíveis. Obrigada.
Ano passado eu pedi um amor. E o senhor foi pra lá de generoso!! Me mandou não um amor, mas a melhor definição do que é amar e ser amada. A melhor definição do que é o amor! Eu que sempre andei buscando em livros, experiências e em conversas o que era esse sentimento maravilhoso, pude defini-lo da melhor maneira. Amando um homem que é puro amor. Obrigada.
Ano passado eu pedi pra ser um ser humano a cada dia melhor. Que crescesse com as experiências vividas, que aprendesse com o olhar do outro, que sentisse a vida e seus acontecimentos de uma forma sensível e plena. Bem, com relação a isso não sei se eu tirei nota 10, mas posso lhe assegurar que eu tentei e que vou todos os dias desse final de ano e de todos os outros continuar tentando.
Ano passado eu pedi pra ser uma mãe melhor, menos estressada, mais amorosa, mais paciente, mais compreensiva. Nisso eu vou “copiar e colar” o trecho do parágrafo anterior (risos).
No ano passado eu pedi pra ser uma amiga melhor, uma filha melhor, um ser humano melhor. Que eu conseguisse cuidar com carinho de quem já estava na minha vida e que eu recebesse com o coração aberto quem fosse entrar. Olha papai Noel pode até ser que eles tenham alguma reclamação, eu sei que tem, mas eu queria pedir que eles me entendessem. Prometo melhorar sempre!!
Tem muitas coisas que eu não pedi e que ganhei de presente e que gostaria de agradecer também. Eu ganhei amigos e parentes novos, que me receberam com todo carinho do mundo (sei que o senhor tem uma mãozinha nisso), fiz a mudança da minha casa com um super “apoio” ao meu lado (amor eu nunca vou esquecer da despedida da casa. De dar a última volta na casa com uma música linda tocando beem alto no som do rádio e tendo você me dizendo que aquela era só mais uma etapa e que tudo daria certo), de ter encontrado de primeira o apartamento perfeito pra morar, de ter as pessoas que amo sempre ao meu lado, dos jantares deliciosos com meus amigos, das deliciosas risadas que dei, de ver meu filho se adaptando perfeitamente na nova vida que incluía “namorado da minha mãe”, mudança minha e do pai dele, e todas as outras que isso acarreta, pelos meus “leitores e amigos” que toleram com carinho as minhas bobagens aqui divididas.
Gostaria de agradecer ainda por mais um ano! Pela mesa sempre farta, pelos meus momentinhos “Marisa”, por ter a sua presença de uma forma tão viva na minha vida.
Pedidos?! Que o Universo continue conspirando ao meu favor! Porque sendo assim todo o resto é possível.
Obrigada por tudo!

Um Feliz Natal a todos e um Ano Novo repleto de muita felicidade.
Grande beijo!
Aline.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Meditação...


Como pra mim funciona maravilhosamente bem resolvi dividir com vocês.
Beijo grande e boa semana.

"Meditação para momentos de ansiedade


Exercício para apagar a angústia e se concentrar nas tarefas atuais.

A ansiedade é um mal da nossa sociedade moderna. Tentamos viver no futuro todo o tempo, sem conseguir. Queremos planejar, arquitetar, adivinhar e determinar um futuro que é incontrolável. Sabemos disso, mas mesmo assim tentamos estar no comando de tudo e todos, nos grandes e nos pequenos detalhes. Não percebemos nem as outras oportunidades que se apresentam, por pura rigidez.
A palavra ansiedade tem origem do termo grego anshein, que significa “estrangular, sufocar, oprimir”. Se tem esse significado, como manter esse comportamento pode ser bom para nós?
Reveja seus pensamentos, ações e reclamações. Estão todos ou quase todos ligados ao futuro ou ao passado, certo? A agitação de nossos afazeres nos deixa muito ligados aos resultados. Principalmente quando se trata de trabalho. Pois bem, e se eu te disser que isso é uma cilada produzida pela sua mente desgovernada? Seu ego pode até argumentar por horas discordando sobre este assunto, mas desta forma não se tem equilíbrio nunca. Essa é a verdade.
Você deve estar pensando que é tudo muito estressante. A qualquer momento alguém pode passar a sua frente ou você pode errar feio e perder o emprego. É exatamente aí que entra o que eu gostaria que você compreendesse.
Atendo muitas pessoas que mesmo dispostas a mudar o padrão de comportamento, ainda se debatem com egos tirânicos, egos coitadinhos, egos dependentes e por aí vai uma enormidade de resistências. Não é fácil, mas é absolutamente possível e agradável. Não adianta nada tentar controlar mentalmente a impermanência. A realidade é que, a única coisa que existe, é o presente momento. Fora dele tudo é imaginação. E é neste momento que você deve permanecer para ter resultados reais e bons. Se estiver no agora terá condição de perceber o que deve ser feito ou dito – sem o estresse.
Por que razão passamos boa parte de nossa vida perdendo tempo tentando estar em outro momento que não é atual? Imaginamos como vai ser, como queremos que seja, o que o outro vai pensar... puro jogo de adivinhação. Tentar viver no futuro é a maneira segura que nosso inconsciente achou para se manter no controle. Quanto mais queremos manipular o desconhecido, mais ansiosos ficamos. Nos manter em padrões pré-determinados e antigos nos dá uma falsa segurança.
Você se considera uma pessoa ansiosa? Se a resposta é sim, experimente mudar isso. Eu proponho um exercício bem fácil, mas que deve ser feito algumas vezes todos os dias, por pelo menos 21 dias consecutivos. Você topa?
Vamos lá:
Pare tudo e perceba como seu corpo está. O que você está olhando? Estenda seu olhar a todo o ambiente. Após ver realmente tudo sem se deter em nada, permita-se ouvir os sons a sua volta.
Mantenha-se com apenas estas tarefas durante um minuto. Como foi manter-se no agora? Pode ser difícil no início, mas vale muito se aprimorar. Nossa mente tem o “hábito” de não estar focada no momento exato em que estamos vivendo. Não se esqueça que hábito se adquire.
Perdemos energia e tranquilidade, julgando tudo ao redor. Até os objetos nós julgamos no momento em que os reconhecemos em situações do passado. Observe seus pensamentos e compreenda como funciona nosso exercício. Ganhamos muito tempo se nos concentramos apenas numa única tarefa, mesmo se esta for não fazer nada (meditação). Então, se estiver sempre focado em suas tarefas no agora, terá a oportunidade de experimentar um sentimento de segurança, de paz interior e de satisfação. Toda a ansiedade irá com o tempo se desfazer completamente.
Minha proposta é que durante no mínimo 21 dias você tente criar o hábito de se manter o maior tempo possível vivenciando o presente momento. Depois que virar um hábito será mais fácil. Invista nesse exercício e lembre-se: estar presente é sempre um presente.
Pode acreditar!"

Regina Restelli



terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sem bateria...

Odeio admitir, mas estou dependente!! Não, não é droga, nem bebida, e do meu celular que estou falando.
Este final de semana fui para Brasília como de costume e esqueci meu carregador de celular por lá e claro hoje na hora em que ele descarregou eu me vi aflita, perdida e me sentindo ilhada!! Como pode?! Até poucos anos atrás a gente nem se imaginava com um telefone “móvel” 24 horas. Hoje não vivemos sem. Eu ainda por cima uso pra falar com meu amor, várias vezes por dia e hoje me vi literalmente ilhada!
Mas, em contrapartida, sempre tem o lado bom, constatei que meu lado “velha” é válido. Deixa eu explicar. Sabe aquelas agendas de papel, tipo cadernetinha?! Pois é, eu tenho uma! Anoto meus telefones lá, e todo mundo me chama de velha por isso." Pra que se tem celular?!" Pois bem, estou sem poder ligar minha “agenda” porque ela também está sem bateria! Viram?! Com minha agenda de papel posso ao menos ainda ter acesso aos meus contatos! E usar o telefone fixo, claro! Nossa que coisa antiga!! (risos).
Amanhã estarei as cinco da matina (brincadeira) no “camelódromo” daqui e comprarei uns dez carregadores, colocarei um em cada canto da casa e terei a certeza que não ficarei mais sem bateria. A não ser que acabe a luz. Será que compro um gerador também?! (risos)
Será que tem remédio pra curar esse tipo de dependência?! Dependência de ter que ouvir a voz do meu amor pra dormir.
Beijos pra todos.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vou confessar que...

Tem um “seguidor” do twitter ou eu sei lá como se chama isso que se denomina “vou confessar que” e que tem me feito rir um bocado! Como tem gente com bom humor e boas sacadas nesse mundo! E hoje a minha singela homenagem é a estas pessoas. Pessoas que apesar das notícias dos jornais, dos problemas pessoais, das crises, da violência gratuita sempre tem essa coisinha sagrada chamada “Humor” dentro de si.
O humor dele além de tudo ainda nos remete aquelas cenas engraçadas da infância, coisas que todos fazíamos, todos com pouquíssimas exceções, eu particularmente acho que a grande maioria das coisas só não fazia quem já era mal humorado desde pequeno. Porque isso existe!! Incrível, mais existe!
Bem, a última que li dele foi: “vou confessar que... já me emocionei com uma música em inglês sem nem saber o que a letra significava.” Confessa! Eu também!! E ainda por cima repetia horas e horas! Pois bem vou entrar na brincadeira e confessar que:
Brincava muito mais de brincadeiras de menino do que de menina, que subia na banca de revistas que ficava na entrada da minha quadra em Brasília, que adooorava jogar bolinha de gude e fazia coleção delas, que o menino que eu achava lindo na escola nunca me deu bola.
Vou confessar que, eu já gastei 100 reais (era outra moeda na época) em balinhas e minha avó me fez devolver tudo e pegar o dinheiro de volta, que já gravei uma fita cassete (aquela laranja “Basf 60”) todinha com músicas românticas e intitulei “músicas de fossa”.
Vou confessar que, já matei aula pra ficar na livraria da 308 sul, já passei a noite com medo de ter mostro embaixo da minha cama, já passei um dia inteiro tomando somente água pra ficar que nem uma mulher magra da capa da revista e no outro dia me achando magra comi três barras de “suflair”, que já corri pra não apanhar da minha mãe, que já fingi que estava com dor de barriga pra ficar em casa vendo sessão da tarde e tive que ir pra aula.
Vou confessar que já sorri por fora quando estava chorando por dentro, que já disse “eu te amo” sem ter muita certeza do que eu estava sentindo, que já me senti completamente sozinha no meio de uma multidão, que já achei que o dia de tão belo tinha sido feito especialmente pra mim, que já movi mundos e fundos pra me fazer notar por quem nem sabia que eu existia, que já precisei perder alguém pra dar valor depois, que já precisei de colo mesmo não tendo tamanho pra isso, que já quis voltar a ser criança.
Vou confessar que aqui não vão caber todas as minhas confissões, primeiro porque algumas eu nem me lembro mais, segundo porque são muitas e terceiro porque tem algumas que eu não confesso nem pra mim mesma!
E você, o que tem pra confessar?!
Beijo grande!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mais um sobre o amor...

Quantas vezes podemos amar? Quantos tipos de amor existem? Tenho me feito bastante essas perguntas estes dias. Muito provavelmente se deve ao livro que estou lendo. O protagonista se vê no fim do quinto casamento e pra não ter que perdê-la sugere que ambos continuem a viver debaixo do mesmo teto mesmo ele tendo que conviver com a nova vida dela. Vida essa que consiste em saídas com outro homem e todo o entusiasmo que isso gera.
Ela, segundo ele, é a mais linda de todas as mulheres que ele já teve, a mais sensual e alegre também. Ela é uma mulher de vinte e poucos anos, ansiosa por curtir a vida que segundo ela, ele a proibia de viver. Ele por ser mais velho, obeso, fechado e nesse momento com a auto-estima valendo nada mais que um "saco de bananas passadas" se submete a coisas que eu acho doentias pra não dizer insanas. A desculpa dele sempre é o amor, claro! O amor que ela fez brotar nele. O amor e a paixão que antes dela ele nunca havia sentido. Amor que o fazia sentir vivo, elétrico, entusiasmado, animado, como nunca! “Amor” que o fazia perder noites de sono imaginando se ela ali ao lado estava sonhando ou não com ele. “Amor” que o fazia perder o sono, o juízo, a paz. “Amor” que o fazia pisar em ovos pra não brigar, não a deixar insatisfeita, não a decepcioná-la. “Amor” que fez com que ele deixasse de ser quem era pra poder se moldar ao gosto e molde que ela desejava ter. Que “amor” é esse me pergunto eu a cada página lida? Que amor é esse que fez com que esse homem tivesse que se enclausurar dentro de si por quatro longos anos e ao excesso de trabalho pra poder se reencontrar, se redescobrir, porque esse mesmo “amor” o fez perder a identidade, sem falar na auto-estima, na confiança e no amor próprio.
Ele voltou a amar, voltou a dividir a vida com outro alguém, mas agora não era mais aquele protagonista. Não era mais aquele mesmo homem. Alguma coisa tinha mudado dentro dele. Lá bem no intimo onde as cicatrizes ficam, onde guardamos nossas marcas, nossas dores, nossos medos. Marcas estas que não somente aquela última mulher deixou mais todas as outras deixaram também, umas mais, outras menos, mais todas passaram por aquele coração, montaram barraca e quando o acampamento acabou deixaram lá somente as marcas dos furos feitos pra firmar a lona. E daí volto a me perguntar, quantos tipos de amor existem? Amor maduro, amor sacana, amor maternal, amor apaixonado, amor insano, amor cego (esse deve ser um dos piores), amor eterno... amor eterno... será que existe esse?! Amor que dura um mês, um ano, vários. Ou será que pra sempre amamos alguém deixando somente de dividir a vida com aquela pessoa? Amor que faz crescer, amor que machuca, amor que floresce, amor que deixa cicatrizes, amor calmo, amor que mais parece um furação, amor que lembra dia de sol, amor que acalenta, amor solitário, amor solidário, amor que é “lugar de repouso”, amor que soma, amor que diminui... tantos ou será que na verdade o amor verdadeiro somente se sente uma única vez?! Será que quando é amor verdadeiro o melhor brota dentro da gente? Ou será que todos são amor, mas são como uma caminhada que pra uns começa nas nuvens e termina no arco-íris e pra outros começa nas pedras e acaba em uma dança delicada e leve como a brisa, e que pra outros ainda começa nas montanhas e termina no penhasco?
Bem, seja como for, nunca vamos chegar a um consenso, afinal amor não se explica simplesmente se sente, e eu posso escrever milhares de textos tentando entender e o máximo que vou conseguir e “apalpar” o que acontece aqui dentro de mim, tateando as minhas marcas que fazem parte da minha história e de como eu “sinto” essa coisa maravilhosa e viva que é o amor.
E pra você? O que é o amor?
Beijo grande e excelente final de semana!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da suposta visita da dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes. Fechamos as cortinas. Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. Ficamos quietinhos, poucos movimentos, nesse lugar escuro e pouco arejado, pra vida não desconfiar que estamos em casa. A encrenca é que, ao nos protegermos tanto da possibilidade da dor, acabamos nos protegendo também da possibilidade de lindas alegrias. Impossível saber o que a vida pode nos trazer a qualquer instante, não há como adivinhar se fugirmos do contato com ela, se não abrirmos a porta. Não há como adivinhar e, se é isso que nos assusta tanto, é isso também que nos dá esperança.
É maravilhoso quando conseguimos soltar um pouco o nosso medo e passamos a desfrutar a preciosa oportunidade de viver com o coração aberto, capaz de sentir a textura de cada experiência, no tempo de cada uma. Sem estarmos enclausurados em nós mesmos, é certo que aumentamos as chances de sentir um monte de coisas, agradáveis ou não, mas o melhor de tudo, é que aumentamos as chances de sentir que estamos vivos. Podemos demorar bastante para perceber o óbvio: coração fechado já é dor, por natureza, e não garante nada, além de aperto e emoções mofadas. Como bem disse Virginia Woolf, “não se pode ter paz evitando a vida.”"
Ana Jácomo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Doces e velhas manias....

 
 
 
 
Estou definitivamente ficando velha mesmo! Cheia das manias, costumes, “toques” etc.
Tudo bem que todos têm assim pelo menos uma porção de manias, mas acho que com o passar dos anos e morando sozinha a gente acaba incorporando uma serie de rotinas metódicas que passam a fazer parte da gente tanto quanto uma parte do corpo. Eu tenho um zilhão de manias! Mania de tomar chá, mania de ler antes de dormir, mania de me enxugar dentro do Box do banheiro, mania de enxugar a escova de dente (essa é triste, eu sei!), mania de estacionar de ré, mania de acender velas e um incenso ao chegar em casa, mania de lavar o sapato pra guardar, mania de escrever...
Quantas vezes eu me pego fazendo o mesmo percurso, agindo da mesma forma, dias e dias. Tem dias em que me prometo mudar o caminho da escola do Gu, por exemplo, e quando me dou conta lá estou eu no velho e bom caminho. Mas, Aline, pelo outro caminho o trajeto é mais curto. Não tem jeito! Sou surda nessas horas! Meu namorado pena comigo coitado! Todo santo dia a mesma velha história! Até eu me acho maçante às vezes! Assumo!
À noite então é triste! Chego, organizo as coisas (tudo na mesma ordem), coloco o Gu na cama, tomo banho e lá vou eu fazer um chá (a velhice é assumida, tem até o bom e velho chá) pra poder ir pra cama com algum livro a tira colo. Adoooro! È um prazer quase.... Minha cama e um bom livro só não são melhor que minha cama aos finais de semana com meu amor ao lado (risos).
Fico pensando se todos são assim ou se eu tenho mais manias e “toques” que os o resto da população. Tomar que não! Seja como for, são somente maniazinhas, nada que eu não consiga me trabalhar e mudar de acordo com as diferentes circunstâncias. Demora às vezes, mas sempre vai!
E falando nisso, deixa eu ir colocar o Gu na cama porque eu estou lendo um livro que humm.... me faz querer ir pra cama mais cedo!
Beijocas.



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Músicas, viagens, semelhanças e diferenças...




No final do ano, vamos eu e meu amor fazer uma viagem de carro e como ambos gostamos muito de música resolvi fazer uma seleção de músicas e passar pro pen drive pra não precisar carregar vários cd’s (santa tecnologia). Então me sentei na frente do computador lá pelas 20horas com esse intento e daqui somente saí às 23horas e tanto, quase meia-noite. Vocês não imaginam a “viagem” que já fiz de antemão! Como a música é poderosa! Que poder de transportar pra uma época, um tempo. Que delícia de viagem que fiz ontem! Que delícia poder reviver momentos, dias, pessoas.
Em uma música especialmente eu fiquei alguns bons minutos! Bons minutos; pra não falar uma hora, escutando várias e várias vezes a mesma música, relembrando um gostoso e saudoso tempo. Tempo em que as músicas eram mais românticas sem serem excessivamente melosas, tempo em que as músicas tinham além de bela letra, bela melodia. Não que hoje não tenha. Não me entendam mal. Temos excelentes compositores. Mas eu me assumo uma apaixonada por músicas antigas, e nesta seleção é o que mais tem; músicas românticas e antigas. Daquelas em que muita gente falaria: Nossa essa é do tempo do Epa!
Bem que meu pai sempre me disse que eu nasci velha. Ou na época errada, vai saber!
Vocês devem estar se perguntando se meu companheiro de estrada vai gostar também, não?! Não se preocupem, nossos gostos são bem parecidos e isso me dá uma tranqüilidade danada. Quando fiz meu pedido pro Papai do Céu pedi alguém que não adorasse música baiana, ou fosse fã de rap ou ainda que participasse de todos os shows de música eletrônica. Volto a falar: não acredito em relacionamentos em que um ama e o outro odeia. Em que os gostos são tão divergentes que os quartos têm que ser separados porque ele não dorme sem a luz acesa e sem ouvir o som da TV e ela não dorme se não for em profundo breu e silêncio. Complicado administrar isso. Apesar de que deve ter gente que consegue e eu tiro meu chapéu e dou meus parabéns. Eu acho muito cansativo. Prefiro a minha harmonia atual. Prefiro a sincronicidade de semelhanças.
Claro que nenhum casal é assim a cópia escrita e falada do outro, mas tem diferenças que são administráveis, fáceis de conviver, que tem até certa graça.
Nossa eu comecei falando de música e acabei em “semelhanças e diferenças de um casal”. Estão vendo, ainda estou viajando, ou seria “já” estou?!
De qualquer forma o que vim escrever é que a música mexe comigo, me leva pra vários lugares, me faz reviver sentimentos e momentos e tendo alguém ao lado que gosta do mesmo som e que ainda de lambuja ainda vai entender os meus momentos “flash back” é tudo de bom!
Beijo grande!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Direcionar energia...


Direcionamento. Colocar as rédeas na mão e direcionar os desejos. Foi isso que me “falou” uma sábia carta de tarô ontem, e foi o suficiente pra eu me pegar pensando desde então. Poderoso isso não?! Ter energia pra se fazer o que se quer. Mas, ao mesmo tempo em que é poderoso, pra mim é temeroso também. Claro que sei dos meus desejos e anseios, mas digamos que alguns deles estão assim meio que nebulosos, ruins de enxergar com a devida clareza, e eu quero dar o direcionamento certo pro que eu realmente quero. Vai que eu dou energia pra alguma coisa não tão desejada assim?! (risos)
Tenho pensado nisso, nesse poder que mora dentro da gente, desse potencial de energia que temos pra fazer tudo, ou nada. Está lá, pronto pra ser usado, mas muitas vezes por preguiça, descrença, medo ou mesmo falta de coragem não usamos. Talvez seja essa a grande diferença entre ter um grande sonho e realizá-lo. Grandes sonhos todos temos, mas dá uma preguiça de colocar a “mão na massa”, e daí passamos a vida admirando a vida e os sonhos realizados de outras pessoas. Pessoas que desejaram ser um “Amir Klink”, mas nossa, dá muito trabalho, isso de viver no mar; outras já quiseram passar a vida cantando, mas quem compraria um cd meu?! ; e por aí vai... grande diferença entre sonhar e desejar verdadeiramente. Dá trabalho, claro! Se corre riscos, calculados e outros nem pensados, mas vai dizer que olhar pra trás e ver que deu certo, que valeu cada minuto, que a realização é tão extraordinária que você passaria por tudo novamente, vai dizer que não é bom?! Que não é gratificante! Na verdade a força está lá, dentro de nós e sendo assim tudo é possível, basta acreditar e desejar de verdade!
Não estou escrevendo pra vocês hoje, este texto é mais pra mim mesmo (risos). Pra que eu interiorize que basta desejar e direcionar a minha energia no que eu quero verdadeiramente que o resto o Universo organiza. Pois bem, D. Aline, o que você quer pra você?! Quais são os seus desejos?! Aqueles nebulosos, quais são?! E os seus, quais são?!
Grande beijo!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Chique...

Adorei!! E estou dividindo com vocês.
Beijo grande!


"CHIC por GLÓRIA KALIL


Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão a venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closets recheados de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro importado.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!
Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem. Lembre-se que o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz. "

















quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Lugar de repouso...


Você já deve ter sentido isso; em plena tarde de quarta-feira você se sente deslocada, aflita, perdida e basta uma ligação, ouvir a voz de quem se ama e a terra parece que volta pra debaixo dos seus pés novamente. Como é bom ter alguém com quem contar, não?! Alguém pra ligar no meio da tarde, alguém pra encostar o corpo no meio da noite, alguém que te escuta e te que te entende até quando você está na maior crise de TPM, alguém que sabe te dar colo quando você mais parece uma criança do que um adulto, alguém com quem dividir o cotidiano.
Cotidiano. Palavra que gera a grande maioria das reclamações. Concordo que deixar a relação no automático e perder totalmente o romantismo realmente não é lá muito gostoso. Mas, eu particularmente não acredito naquela frase que diz que “ninguém é lugar de repouso”, me dá aflição só de imaginar que eu não vou poder “repousar” sobre o amor “conquistado”. Claro que o amor requer cuidados, mas ter que viver de truquezinhos e joguinhos pra manter uma relação viva me cansa só de imaginar, imagina viver! Inclusive acho que na vida real não funciona muito.
Gosto da idéia da harmonia, da tranqüilidade, da sintonia, de se entender com o olhar, de gostar das mesmas coisas, de adquirir as mesmas manias, de se conhecer de trás pra frente, de ter os mesmos sonhos, desejos, ânsias.
Acho divertida a fase da paixão, mas ainda prefiro a calmaria do amor. Gosto da fase pós “frio na barriga”, pós desconhecido, pós estranhamento, pós sentimentos nervosos.
Alguém como “lugar de repouso”, alguém que seja o sinônimo de paz, segurança e cumplicidade. Gosto bastante disso!
Beijo grande.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Amigos de "vinte e poucos anos"...



Tem tempo que não sento pra escrever e hoje surgiu uma chance, uma vontade de dividir um momento que apesar de já ter ocorrido há alguns dias, não me sai da cabeça. Então vamos lá!
Em um sábado destes fui a uma festa de cinqüenta anos de um amigo do meu namorado, dos tempos de faculdade. Lá chegando, a festa que eu imaginei grande, era maior! Festa de quem está feliz, de quem realmente quer comemorar a vida, de quem quer compartilhar meio século de vida com muita alegria!
Logo que entramos nos vimos cercados pelo radiante aniversariante e logo um outro amigo, tão radiante quanto, chegou e segurando o braço do meu namorado falou:
Você precisa ver quem está aqui! Vem cá, vem cá!! (Sabe criança aflita pra mostrar um brinquedo?! Assim parecia aquele homem, que de adulto naquele momento não tinha muito! risos). E logo após estávamos em uma mesa cercados de grandes amigos de faculdade. Uns até se vêem com certa freqüência, mas a grande maioria não se via desde os tempos da formatura.
O desenrolar da noite eu vou tentar traduzir aqui pra vocês e quando digo “tentar” e porque posso deixar passar algo ou não dar o devido destaque pra esse momento que eu particularmente achei incrível.
Incrível porque eram amigos de longa data se reencontrando. E isso sempre é lindo!
Ver aqueles amigos se chamando pelos antigos apelidos, relembrando momentos, o que cada um fazia, dizia, o que curtiam, o que pensavam, as aventuras e desventuras que viveram. Aventuras que naquela época pareciam tão assustadoras e que hoje fazem rir. Amigos que naquela noite voltaram a ser jovens “com um futuro promissor”. Amigos que se abraçaram, riram, choraram, se emocionaram. Amigos que naquele momento voltaram a ter “vinte e poucos anos”.
Pensem, que coisa linda que aquele aniversariante conseguiu realizar naquela noite; reunir em uma festa; família, pessoas queridas e amigos de uma deliciosa época que é a faculdade. Amigos que dividiram juntos a adolescência, os sonhos, as farras, as paixões, os apelidos, as desventuras, as músicas, as dores de cotovelo, as provas, as “colas”, os primeiros “bicos”, os medos do futuro, as inseguranças, enfim, amigos que dividiram essa parte da vida que sempre é recheada de bons e novos momentos. Momentos que pra aquele grupo ali está guardado a sete chaves em um lugar muito, muito especial.
Não bastasse o reencontro, o aniversariante ainda “regou” à noite com o som de uma bela guitarra que tocava as músicas que embalaram os sonhos daquele grupo. E assim aqueles amigos de longa data puderam sentir, ouvir e reviver um pouco de uma época que tem muitas histórias e lembranças marcantes.Lembranças que servirão de exemplo pros seus filhos, netos e que sempre trarão aquele “ar de juventude docemente irresponsável” .
Torço pra que estes reencontros ocorram sempre e que aqueles amigos sempre tenham um ao outro nos momentos em que a vida aparecer com uma nova “prova” pra resolver. Porque o que pareceu pra mim e que naquela época as dificuldades eram vencidas por um grupo que de um jeito ou de outro sempre achava um jeitinho de apoiar uns aos outros.
Obrigada amor, por ser espectadora de tal momento. E a vocês aqui por poder dividir. Adorei!
Grande beijo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Saudade...


"DEFINIÇÃO DE SAUDADE


Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.
Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Indaguei:
— E o que morte representa para você, minha querida?
— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
— É isso mesmo.
— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
— E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.
Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno."

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Boa sorte...

 

"BOA SORTE ao eleito.
Se for aquele em quem votei, ótimo; se não for, boa sorte assim mesmo, e que Deus proteja o Brasil - e nos proteja.
Hoje à noite, na hora em que Lula puser a cabeça no travesseiro, vai cair a ficha: agora é só uma questão de tempo, e pouco tempo.
Ele se acostumou com o sucesso e a popularidade, mas vai ter também que se acostumar a não ser mais presidente da República, só que não vai ser assim tão fácil. Para isso é preciso ter sabedoria e equilíbrio, qualidades que definitivamente o presidente não tem.
Lula sonhou alto; pretendia ser secretário-geral da ONU, pretendia que o Brasil fizesse parte do Conselho de Segurança, pretendia ganhar o Nobel da Paz, quis resolver o confronto no Oriente Médio, foi chamado por Obama de "o cara"; começou a se achar dono do mundo, meteu os pés pelas mãos e conseguiu, na hora de sair, ficar mal na foto. Bem mal.
Qualquer que seja o resultado de hoje, temos boas razões para comemorar. Não vamos mais ver na TV Lula andando com o microfone na mão, como se estivesse num auditório, dizendo "nunca antes nesse país", comparando tudo que acontece a um jogo de futebol, sem um pingo de graça.
Não vamos mais ver Marisa Letícia vestida de verde e amarelo nas comemorações da Independência ou de vermelho em carreata eleitoral, saudando o povo com os braços para o alto, como se fosse uma miss; sua voz, ninguém jamais ouviu, e seu único ato foi fazer um canteiro com uma estrela vermelha no jardim do Palácio da Alvorada. Que foi retirada, por sinal.
O Brasil, que já tinha ficado bem mal educado nos tempos de Collor, ficou ainda menos educado depois dos oito anos de Lula. A falta de cerimônia, os péssimos modos, a maneira de se dirigir a seus adversários, o pouco caso com que atropelou as leis eleitorais; dizer inverdades, agindo como se os fins justificassem quaisquer meios, e que a impunidade é lei. Tudo foi um péssimo exemplo.
Quando um novo presidente é eleito, tudo muda - para melhor ou para pior. Penso em Cristina Kirchner, que deve estar passando por maus momentos, em todos os sentidos. Como fará para governar o país, sem seu marido ao lado para encarar os problemas, maiores ou menores?
É o perigo de ser eleito/a um candidato/a que precisa de quem o dirija na hora do aperto, para que o país não fique à deriva. Já pensaram se a mulher de Joaquim Roriz vence a eleição no Distrito Federal e seu marido morre? Antes de votar, há que se pensar em tudo, até no que parece impossível poder acontecer. E se acontecer?
Lula deve estar cansado, merece umas férias, e será recebido com festa na Venezuela, em Cuba e também no Irã."

Danuza Leão.





terça-feira, 26 de outubro de 2010

Momentos...



"Há Momentos
Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre."


Clarice Lispector

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Alcançar um sonho...


"Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem.
Mas, para obter resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterás os mesmos resultados. Não compare à maioria, pois infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.
A realização de um sonho depende de dedicação. Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. A ilusão não tira ninguém de onde está. Ilusão é combustível de perdedores. "Quem quer fazer alguma coisa, encontra um meio. Quem não quer fazer nada, encontra uma desculpa."
Por Roberto Shinyashiki.

Excelente final de semana pra todos!
Beijo grande!


















quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meu vaso...


Então ta Ju, vamos lá!
Realmente você tem razão se eu fosse pensar no meu vaso hoje ele não teria nada a ver com aquele de girassóis pensado lá no carnaval. Hoje ele seria mais ou menos assim:
De barro, daqueles feitos artesanalmente, bem grande, fincado no chão, com terra vermelha dentro (aquela boa para plantar).
O que teria dentro?! Um pé de jabuticaba! Pode ser que eu esteja sugestionada por estar montando o meu pequeno “jardim”, mas na hora em que li o seu email e pensei no meu vaso foi o que veio a minha mente... agora a “leitura” fica por conta de quem entende. Ai meu Deus!! (risos)
Pra quem não está entendendo na dica de nada e o seguinte. Na época do carnaval meu namorado fez uma “brinca terapia” com meus amigos e uma delas era imaginar um vaso que seria como você vê ou como você sente o seu companheiro (acho que é mais ou menos isso).
E realmente, alguma coisa deve fazer sentido porque o primeiro vaso que imaginei, que era bem diferente deste não faz sentido pra mim agora. O de agora é como eu relatei aqui.
Prometo que conto pra vocês depois a interpretação do meu vaso.
E o seu vaso, já imaginou?!
Beijo grande!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Estrada...



Arrumar as malas, separar uma seleção de músicas pra levar, ver se as janelas da casa estão bem fechadas, abastecer o carro, checar a água e o óleo do carro e pegar a estrada. Pronta pra terapia!!
“Catarse - Liberação de pensamentos e emoções que estavam reprimidos no inconsciente, seguindo-se alívio emocional.”
Pra mim esse é o sentimento!Adoooro!! A estrada à frente, música tocando e a cabeça “liberando” pensamentos e emoções que foram sentidas e que estão sendo vividas.
Colocar os pensamentos em ordem, as idéias no lugar, sentir os momentos vividos e organizar o coração.
A estrada tem esse poder pra mim. Como um psicólogo que nos ouve e nos dá a direção certa, o melhor rumo a ser seguido. Assim é a estrada pra mim. A sensação que tenho é que todas as emoções “mal resolvidas” esperam por esse momento pra poder se organizar durante a minha “sessão”, como se a estrada fosse acolhendo cada sentimento, cada emoção, cada dúvida, cada ação e reação e colocando cada sentimento, emoção, dúvida, ação e reação em seus devidos lugares. Tem vezes em que o “transe” e tanto que quando vi já cheguei ao destino e nem vi o tempo passar. Acho que por estas e outras que gosto tanto de viajar de carro. Ver a paisagem, curtir o pôr-do-sol, a lua que muitas vezes de tão grande e luminosa serve de guia iluminando o caminho, ver a chuva se aproximando com seus raios e trovões, ver os formatos das nuvens, curtir as formas das diferentes árvores que mudam de região pra região, ver as plantações, passar por “túneis de árvores” que dançam ao balanço do vento, as cidadezinhas com suas particularidades e seu charme, a música que toca e a conversa que podemos colocar em dia se a viagem é com companhia.
Seja como for, sozinha ou acompanhada a estrada sempre me recebe muito bem, como se soubesse que vez ou outra eu preciso dela pra dar liberdade aos meus pensamentos.
Não sei você, mas uma das coisas que gosto na estrada e de colocar uma música alta, abrir os vidros e deixar o vento passar pelo meu rosto, como se pudesse “limpar” e refrescar todo o ambiente. Hum... tudo de bom!
Outra coisa que gostava de fazer quando era criança e viajava de carro pro Sul com meus pais era ir imaginando (quando a cidade tinha um nome estranho) o que “era” a pessoa que nascia lá. Tipo assim: Cidade: Campo Bom; quem nasce lá é: Bom!!! (risos).
E você, gosta dessa “terapia” também?!
Beijo grande!











quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Feliz aniversário...


Ontem você fez 08 aninhos. Nossa, como passou rápido! Em um momento você estava aqui na minha barriga e em outro você está fora dela correndo de um lado pro outro, brincando, cheio de atividades, natação, escola, recital de fim de ano, festinhas, amigos, gostos e manias (algumas inclusive que eu mesma coloquei!!).
E o que mais me impressiona e que você chegou até aqui mesmo com as minhas dúvidas e inseguranças. Dúvidas que eu senti no exato momento em que você entrou comigo dentro de casa. Logo eu que tinha lido mil e uma revistas e livros sobre como cuidar, como fazer, o que fazer, certa de que todas as minhas dúvidas e angustias seriam sempre supridas pelo conhecimento adquirido naquelas páginas lidas. Doce engano! As maiores não estavam em livro nenhum. A grande maioria das minhas dúvidas não tinha receita nenhuma a ser seguida, no máximo tinha alguma experiência de outra mãe pra me servir de guia.
Com ou sem receita, acertando ou errando você está ai com oito anos de idade. Já passamos pela fase da fralda, do dedo na boca, de engatinhar, da sopinha, da primeira escola, da primeira queda, da primeira prova, do primeiro dente permanente e de muitos sustos, mas eu sei que ainda teremos muitas experiências pra viver juntos e sei que em muitas delas vou me sentir aquela mãe de primeira viagem inexperiente e assustada, sei que em muitas delas nenhum livro vai ter um justo e certo conselho pra me dar, sei que ainda vou errar muito, acertar algumas vezes, chorar e rir mais ainda... e sei ainda que em muitas vezes você será meu maior professor. Mas, estaremos juntos nisso! Que bom! Porque eu sei filho que nestas vezes em que eu não tinha a menor idéia do que fazer você também deve ter se sentido aflito. Obrigada pela paciência! Mas, aviso, é bom ter sempre! Vou precisar! (risos)
Meu filho, parabéns por mais esse ano. Parabéns e obrigada. Obrigada por me ensinar tanto... todos os dias, por ser meu maior e melhor aprendizado. Obrigada principalmente pelo amor que você faz crescer a cada dia dentro de mim. Obrigada por ser uma parte boa de mim. Uma parte que eu espero poder “ajudar” a transformar em um grande homem.
Que na verdade eu sempre verei como um “grande” menino.
Amo você! Mais que pode caber.



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Leite de saquinho...



Hoje comprei leite de saquinho (lembram?) pra fazer coalhada. Cheguei em casa e enquanto o Gustavo lanchava eu fui fazer a tal. Peguei o saquinho na geladeira e na hora que cortei a pontinha e derramei o leite na leiteira, olhei pro lado e vi uma cara assustada com uma pergunta:
– O que isso mamãe?! – (como se aquilo fosse o próprio ET em forma líquida)
– Leite Gu.
- Leite??!! No saquinho??!! Cadê a caixinha?! Agora vai ser deste jeito?!
-Não filho! É porque pra fazer esse tipo de iogurte que vou fazer, com esse é melhor. Mas ele é igual aos outros. Na época que eu era criança, inclusive, não tinha leite de caixinha, e se tinha era muito caro, o normal eram as pessoas comprarem deste aqui.
-Nossa mamãe você é velha mesmo! –
É... não sei se sou velha ou se a tecnologia correu muito ou ambas as coisas! Mas o fato é que não somente o leite, mas muitas outras coisas não fazem, nunca fizeram e nunca farão parte da realidade do meu filho. E tem coisas que nem tem tanto tempo assim. Ou será que tem?! Será que o tempo anda correndo tanto que eu não estou conseguindo acompanhar?
Isso me dá uma certa tristeza. Meu filho talvez não saberá o prazer de uma partida de “bete” ou de ganhar cinco bolinhas de gude das mais bonitas, ou passar o dia enchendo de arreia aqueles carrinhos bem vagabundos de plástico pra depois brincar de corrida na pista feita de areia, escorregar com papelão, pular corda, trocar papel de carta, andar de patins(claro de quatro rodas em dois eixos), tomar banho de chuva e pular em uma poça cheinha de água, brincar de polícia e ladrão de bicicleta, jogar “Banco Imobiliário” até de madrugada, acampar no quarto com barraca feita de colchão, ver sessão da tarde com pipoca de panela e chocolate quente, combinar com a amiga de dormir na casa dela sendo que ela mora no apartamento ao lado, fazer a brincadeira do “copo” e passar a noite morrendo de medo... Nossa que saudade!! Sinto tanto que meu filho vá poder vivenciar esses prazeres. O prazer da brincadeira de rua, da brincadeira feita com brinquedos feitos por si próprio, a meu ver bem mais saudáveis que os "Nintendo" da vida.
Eu sei, eu sei, ele em contra partida terá tecnologias muito mais avançadas que eu possa sequer imaginar. Ele vai poder até quem sabe visitar algum planetinha, ver a cura de algumas doenças, ter mil e um confortos ao toque das mãos ou ao poder de um pensamento. Eu sei! Mas, mesmo assim ainda acho que dá pra unir ambas as coisas e que algumas destas coisas “antigas” como uma bela “pelada” (que pode ser vencida pelo Wii) não tem preço. Mas, cada um na sua época, não?! Ainda bem que eu peguei um pouco das duas e ainda vou poder aproveitar muito da tecnologia sabendo e conhecendo os prazeres de ferver leite de saquinho pra fazer coalhada. Vocês não tem idéia da cara de admiração dele!Não sai da minha mente. (risos).
Ainda bem que pra coisas como beijo na boca, abraço apertado, dançar coladinho, rir com os amigos, cheiro de comida bem feita, uma roda de violão, um pôr-do-sol, lua cheia acompanhada de quem se ama e de uma boa taça de vinho ainda não inventaram substitutos virtuais e como eu acho que não vão dar conta mesmo, eu fico bem tranqüila.
Beijos pra todos!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O vaso...


"Certo dia, num mosteiro zen-budista, com a morte do guardião foi preciso encontrar um substituto. O grande Mestre convocou então todos os discípulos para determinar quem seria o novo sentinela. O Mestre, com muita tranqüilidade, falou:
- "Assumirá o posto o primeiro monge que resolver o problema que vou apresentar."
Então, ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôs um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo e disse apenas:
- "Aqui está o problema!" Todos ficaram olhando a cena. O vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro. O que representaria? O que fazer? Qual o enigma?
Nesse instante, um dos discípulos sacou a espada, olhou o Mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e ... ZAPT ... destruiu tudo, com um só golpe. Tão logo o discípulo retornou a seu lugar, o Mestre disse:
- "Você será o novo Guardião do Castelo."
Moral da História: Não importa qual o problema. Nem que seja algo lindíssimo. Se for um problema, precisa ser eliminado. Um problema é um problema. Mesmo que se trate de uma mulher sensacional, um homem maravilhoso ou um grande amor que se acabou. Por mais lindo que seja ou, tenha sido, se não existir mais sentido para ele em sua vida, tem que ser suprimido.
Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam um espaço inútil em seus corações e mentes. Espaço esse indispensável para recriar a vida. Existe um provérbio oriental que diz: "Para você beber vinho numa taça cheia de chá é necessário primeiro jogar o chá fora, para então, beber o vinho."
Ou seja, para aprender o novo, é essencial desaprender o velho."

Versão adaptada por Roberto Shinyashiki












terça-feira, 5 de outubro de 2010

Minha palavra...

Levando em conta a “brincadeira” que li em um livro (alias quem não leu deveria ler ou ver o filme “Comer, Rezar, Amar” ou fazer os dois). Lá cada pessoa, cada cidade tem uma palavra. Então fiquei pensando na minha, em qual escolheria pra mim.
Harmonia – adoro essa palavra, adoro o significado, adoro o que ela transmite e gosto muito de mim quando consigo estar em harmonia comigo, com os outros e com o Universo. Tudo, tudo mesmo flui de uma maneira mais tranqüila, mais fácil, sem ansiedades, sem pressão, sem pressa.
Aconchegante – essa me remete a um lugar agradável, conhecido, caloroso, amigo, conhecido, confiável. Aquele lugar especial que temos em nossos corações, que temos em mente no momento em que precisamos de colo, de descanso.
Energia – até um objeto que tocamos carrega consigo nossa energia. Tudo no Universo, o próprio Universo é pura energia. Nós somos energia pura. Energia que realiza, que faz acontecer, que movimenta!
Deus – ou luz! Aquilo que mora dentro de nós. Que sente o mundo através de nós. Que nos ajuda a ter equilíbrio. Que fala conosco quando resolvemos nos ouvir. Que é onipresente, onisciente. Que existe em qualquer língua, em qualquer tempo, em qualquer lugar.
Mudança – apesar de ser uma taurina, gosto quando consigo fazer a mudança acontecer dentro de mim. Gosto desta palavra porque é ela que fez os movimentos da minha vida acontecerem. Através da mudança que tanto temo que o melhor acontece pra mim.
Destino – eu acredito! Sei que uma parte sou eu quem faz, sei que o Universo trabalha de uma forma ou de outra pra que os meus pedidos mais sinceros se realizem, mas também acho que existe uma linha pré determinada que me leva a unir as duas coisas – minha vontade e o destino traçado – Minha avó costuma dizer que o “trivial simples” Deus deixa por nossa conta, mas as grandes decisões Ele mesmo organizava. E no meu caso o “destino” foi perfeito!
Fé – crença, convicção. Como diz meu sábio namorado “na verdade ficamos no “achismo”, porque certeza não temos de nada”. Talvez a única certeza que temos e naquilo em que cada um acredita, no que cada um tem como verdade. E são tantas as verdades! Mas, o mais lindo é que basta acreditar de todo coração que acontece!
Paixão – gosto até da pronuncia dessa palavra – PA I XÃO – diga se não é bom de falar?! Lembra apaixonar-se, lembra calor, lembra fogo, lembra suspiros, lembra muito movimento! Faz o movimento! Alias paixão é movimento puro!!
Adoooro – nem precisa dizer que adoooro essa palavra!! (risos) Uso ela algumas vezes por dia, pra enaltecer o que realmente gosto, o que realmente chama a minha atenção.
Sentidos – todos! Sentir, ver, ouvir, provar. Nada como sentir o toque de uma coisa, o cheiro, o sabor, o calor. Nada como ouvir uma música, vibrar com ela, se remeter as pessoas e aos locais que tem a ver com ela. Assim pra mim também é o cheiro. Adooro!!
Fotografar – registrar o momento, eternizar o instante e poder ter ele ali, pra sempre. Poder olhar uma foto e imediatamente poder voltar aquele mágico instante. Não tem preço!
Sintonia – tem coisa melhor que estar sintonizado com quem se ama, com o Universo a sua volta, com Deus, consigo mesmo. Pra mim essa também é uma forma de harmonia.
Pois é tantas palavras que gosto e nem coloquei todas aqui. Amigos, paciência, tempo, música, libélula, leveza, comunicação, escrever, ler, sentir, cuidar, viajar, rotina, presente, passado, beijo, abraçar, pensamento... todas palavras que também gosto e que também penso quando penso em uma palavra pra mim. Todas fazem sentido, todas fazem parte de mim, do que sou, de como vivo e sinto o mundo ao meu redor e dentro de mim. Mas, a palavra que não me sai da cabeça desde que comecei a pensar nisso é... amor.
Talvez seja porque quando me movimento da melhor forma e porque estou amando. Talvez seja porque acordo querendo amar mais e melhor a cada dia, não somente a mim, mais todos e tudo ao meu redor. Talvez seja porque pra mim o amor transforma, liberta, cura, muda, cria, realiza, harmoniza, equilibra, move montanhas, energiza, faz! “O amor é o que o amor faz” e o amor só se movimenta pro bem. Só faz coisas boas. Sempre que se faz algo com amor o movimento é harmonioso, belo, leve. Pode até ser que eu não seja "puro amor" como disse uma grande amiga minha, mas é o que peço todos os dias em minhas orações.
É acho que a minha palavra é AMOR!
E a sua?
Grande beijo!!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Fechar a boca e abrir os braços...



"A importância de fechar a boca e abrir os braços.


Uma amiga ligou com notícias perturbadoras: a filha solteira estava grávida.
Relatou a cena terrível ocorrida no momento em que a filha finalmente contou a ela e ao marido sobre a gravidez.
Houve acusações e recriminações, variações sobre o tema "Como pôde fazer isso conosco?" Meu coração doeu por todos: pelos pais que se sentiam traídos e pela filha que se envolveu numa situação complicada como aquela.
Será que eu poderia ajudar, servir de ponte entre as duas partes?
Fiquei tão arrasada com a situação que fiz o que faço – com alguma frequência – quando não consigo pensar com clareza: liguei para minha mãe. Ela me lembrou de algo que sempre a ouvi dizer. Imediatamente, escrevi um bilhete para minha amiga, compartilhando o conselho de minha mãe:
"Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços."
Tentei seguir o mesmo conselho na criação de meus filhos. Tendo tido cinco em seis anos, é claro que nem sempre conseguia. Tenho uma boca enorme e uma paciência minúscula.
Lembro-me de quando Kim, a mais velha, estava com quatro anos e derrubou o abajur de seu quarto.
Depois de me certificar de que não estava machucada, me lancei numa invectiva sobre aquele abajur ser uma antiguidade, sobre estar em nossa família há três gerações, sobre ela precisar ter mais cuidado e como foi que aquilo tinha acontecido – e só então percebi o pavor estampado em seu rosto. Os olhos estavam arregalados, o lábio tremia.
Então me lembrei das palavras de minha mãe. Parei no meio da frase e abri os braços.
Kim correu para eles dizendo: – Desculpa... Desculpa – repetia, entre soluços. Nos sentamos em sua cama, abraçadas, nos embalando. Eu me sentia péssima por tê-la assustado e por fazê-la crer, até mesmo por um segundo, que aquele abajur era mais valioso para mim do que ela.
– Eu também sinto muito, Kim – disse quando ela se acalmou o bastante para conseguir me ouvir. Gente é mais importante do que abajures.
Ainda bem que você não se cortou. Felizmente, ela me perdoou.
O incidente do abajur não deixou marcas perenes. Mas o episódio me ensinou que é melhor segurar a língua do que tentar voltar atrás após um momento de fúria, medo, desapontamento ou frustração.
Quando meus filhos eram adolescentes – todos os cinco ao mesmo tempo – me deram inúmeros outros motivos para colocar a sabedoria de minha mãe em prática: problemas com amigos, o desejo de ser popular, não ter par para ir ao baile da escola, multas de trânsito, experimentos de ciência malsucedidos e ficar em recuperação.
Confesso, sem pudores, que seguir o conselho de minha mãe não era a primeira coisa que me passava pela mente quando um professor ou diretor telefonava da escola. Depois de ir buscar o infrator da vez, a conversa do carro era, por vezes, ruidosa e unilateral.
Entretanto, nas ocasiões em que me lembrava da técnica de mamãe, eu não precisava voltar atrás no meu mordaz sarcasmo, me desculpar por suposições errôneas ou suspender castigos muito pouco razoáveis.
É impressionante como a gente acaba sabendo muito mais da história e da motivação atrás dela, quando está abraçando uma criança, mesmo uma criança num corpo adulto.
Quando eu segurava a língua, acabava ouvindo meus filhos falarem de seus medos, de sua raiva, de culpas e arrependimentos. Não ficavam na defensiva porque eu não os estava acusando de coisa alguma. Podiam admitir que estavam errados sabendo que eram amados, contudo. Dava para trabalharmos com "o que você acha que devemos fazer agora", em vez de ficarmos presos a "como foi que a gente veio parar aqui?"
Meus filhos hoje estão crescidos, a maioria já constituiu a própria família.
Um deles veio me ver há alguns meses e disse "Mãe, cometi uma idiotice..."
Depois de um abraço, nos sentamos à mesa da cozinha.
Escutei e me limitei a assentir com a cabeça durante quase uma hora enquanto aquela criança maravilhosa passava o seu problema por uma peneira.
Quando nos levantamos, recebi um abraço de urso que quase esmagou os meus pulmões.
– Obrigado, mãe. Sabia que você me ajudaria a resolver isto.
É incrível como pareço inteligente quando fecho a boca e abro os braços. "


Diane C. Perrone.
Histórias para aquecer o coração das mães.



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mais uma sobre o amor...


Os anos passam, as experiências se somam e cada vez mais nos damos conta de quanto o tema é ao mesmo tempo simples, vasto e complexo.
Estou me referindo ao amor, esse que sentimos desde sempre, pela vida afora. Não o amor que se tem por um filho (pra lá de poderoso) mas esse que une duas pessoas. Esse que mexe com os sentidos. Esse que parece que quanto mais damos, mais sentimos, mais e mais somos capazes de sentir, e menos somos capazes de entender... esse poderoso sentimento de quatro letras.
Hoje loquei dois filmes românticos. Ambos falavam sobre um grande amor. O primeiro amor. Aquele que pra alguns foi arrebatador e eterno. Pra outros uma vaga lembrança ou uma velha ferida ainda não curada. Pra outros ainda, uma gostosa experiência que até hoje trás consigo boas lembranças e suspiros.
Todos vivemos. Todos passamos por essa parte da “escola da vida” e alguns, mais sábios que outros conseguiram aprender a lição, tirar boas notas e usar com sabedoria o aprendido. Mas o que é sábio quando se trata de amor?! O que é certo ou errado?! Se você pensou em harmonia, eu também pensei, mas quando saber se está na justa medida?! Se é que se tem!
Dizem que o amor é calmo e que a paixão é quente, louca, quase insana. Acredito que seja quase isso, apesar de achar muita pretensão dar um conceito pra sentimentos tão poderosos e repletos de sensações. Se um ser humano já é algo complexo, imagina dois dividindo uma vida, dividindo sentimentos, cumplicidades, experiências e vivencias?! Complicado dizer aonde entra em cena numa vida a dois o amor e a paixão.
Bem, seja como for isso aqui na verdade são puros devaneios de alguém sem sono que acabou de ver dois filmes de amor e que se sente engrandecida por ser o que uma grande amiga falou uma vez “você é puro amor”. Gosto disso. Gosto de aumentar a cada dia que passa o meu potencial de amor. De amar tanto e receber tanto amor em troca. Se tem uma lição que aprendi nestes “poucos” anos de vida é que se quero ser amada, primeiramente preciso dar o meu amor, ao Universo e a todos que estão ao meu redor. Um amor incondicional, sem esperar que ele retorne, apesar de ele retornar! Eu garanto!!
Não sei como é o amor, não tenho nenhuma definição certeira, nem registrada em cartório, mas uma coisa eu garanto: ele nos faz sentir plenos, inteiros, em plena harmonia com este vasto Universo ao nosso redor.
É assim que me sinto hoje. É isso o que o amor faz comigo e é como li uma vez “o amor é o que o amor faz”. E pra mim ele faz um bem imensurável.
Boa noite a todos.
Beijo grande!