sexta-feira, 30 de abril de 2010

Parabéns atrasado...


No dia 21 de abril deste ano minha cidade natal fez aniversário! E apesar de já fazer um tempinho, eu não poderia deixar de render minha homenagem a esta que foi a cidade aonde eu cresci.
Quando se fala em Brasília logo se escuta alguém falando em política, frieza, sacanagem e roubalheira.Uma pena essa cidade tão linda ser vista de um modo tão feio!
Bem, eu uma gaúcha-candanga, não sinto assim.
Meus pais vieram pra Brasília quando minha mãe estava grávida de 8 meses de mim e logo se estalarem na 109 sul e por lá eu morei 16 anos.
No dia de seu aniversário me sinto meio que fazendo aniversário também e feliz por não ter essa imagem fria e distante que as pessoas no geral tem da capital do país. As minhas lembranças são exatamente o contrário: doces, quentes e alegres.
Foi naquela cidade que criei laços, fiz grandes amizades e curti minha infância e adolescência. Cidade em que fui criança, em que fui menina, em que fui mulher. Cidade que sempre me recebe de braços abertos todas as vezes em que volto (o que tem sido cada vez com mais freqüência). Cidade que guardava pra mim um amor...ali pertinho de mim (e que tive que esperar 34 anos pra encontrar)...sem eu nem sequer imaginar. Cidade que pra mim tem calor, amor, amizade, boas e divertidas lembranças, aconchego e família.
Cidade que nasceu, cresceu, floresceu e virou gente grande! Cidade do Pontão, do Gilberto Salomão, do Food’s (alguém se lembra???!!!!Risos), do Cine Brasília, da Prainha, do Clube de Vizinhança, da Ermida Dom Bosco, do Xique-Xique, do Beirute, da padaria Delícia, da Biblioteca da 308 sul, da Igrejinha, da Pizza Dom Bosco, do Cine Drive-in, da 109 sul, da 210 sul.... e de tantos outros lugares.
Brasília querida, quando eu era pequena e meu avô perguntava o que tem lá em Brasília de tão especial eu logo respondia “ em Basília tem tem!” (traduzindo...em Brasília tem trem! Risos)...e isso era falado por uma menininha de uns três anos com um orgulho imenso da sua cidade!Porque você é assim pra mim...um lugar que me orgulho de ter nascido e feito parte....uma doce lembrança de boa parte da minha vida e uma excelente visão do meu futuro.
Obrigada por ter me criado e me recebido todas as vezes em que voltei e principalmente por cuidar das pessoas que amo e moram ai e por ter me trazido o meu  amor!
Receba os meus parabéns...mesmo que atrasado!
Grande beijo!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Primavera, verão, outono, inverno...primavera...



Primavera...



colorida, alegre, florida, perfumada, musical... assim é a primavera dentro de mim. Ou pelo menos é assim que me sinto em dias de primavera. As cores tem um tom mais intenso, os dias são mais perfumados, fica muito mais agradável andar nas ruas porque as árvores nos presenteiam com uma enorme profusão de cores, formas e cheiros. O sol não é tão quente como no verão e tem sempre uma brisa fresca passeando no ar como que querendo dar movimento aos dias que parecem que até tem música no ar. Puro “Vivaldi”!! Alias se você prestar atenção vai ouvir o coral que os passarinhos resolveram fazer ali naquele momento em que você resolveu passar. Ou será que foi exatamente porque você passou?!

Verão...


quente, solar, vibrante, festeiro, divertido, jovem, praiano... tem época mais festeira que a delícia do verão?! Época que lembra praia, sol e mar. Estação que traz consigo festa, calor, que mais combina com a cerveja gelada no barzinho a beira mar de papo com os amigos. Época que lembra férias, viagens com as crianças, noites quentes e estreladas, festas que entram madrugada adentro e que terminam com a chegada de mais um dia de sol. Estação que traz corpos sarados e dourados, paqueras, flertes, carnaval, beijos calientes.... puro “Vinícius de Morais”...

Outono...


fresco, chuvoso, nublado, introspectivo, melancólico, romântico... pra mim falar em outono é lembrar de jardins forrados daquelas folhas alaranjadas, de chocolate quente, de namorados passeando de mãos dadas em parques no final da tarde. Mas outono me lembra preparação também. Época em que as folhas caem, que a natureza se prepara para a estação mais rigorosa de todas, o inverno....

Inverno...


Frio, em alguns lugares gelado, branco, cinza, tempo de hibernar, tempo de se” empacotar” com um monte de roupas. Estação que combina com chocolate quente embaixo do edredom vendo filme com seu cobertor de orelha. Época que pra mim traz lembranças de casa de vó; já que nos meses de julho eu sempre ia pro Sul de férias. Estação do ano em que o dia é mais curto e a noite mais longa. Em que a cama parece querer te agarrar e não te deixa sair pela manhã. Em que os banhos de tão quentes fazem do banheiro uma sauna a vapor....e depois desse frio todo, de todas as folhas caírem, de todo “sofrimento” da natureza....temos de volta a doce, alegre, florida....Primavera!!

Todos temos dentro de nós um pouco de cada uma dessas sábias estações.
Estações que funcionam em nós como ciclos. Ciclos primaveris em que o mundo parece estar de bem com você. Em que a vida tem um quê de cor-de-rosa. Ciclos que são pura festa dentro de você, assim como o caloroso verão. Momentos em que você precisa se reestruturar e deixar as “folhas” caírem como o outono. Dias em que você se sente fria e intransponível como o rigoroso inverno. E daí você “hiberna” dentro do seu próprio casulo e volta com todas as forças cheia de alegria, força, garra e determinação; assim como a bela primavera.
Realmente o homem tira tudo da natureza. Está tudo lá! Todas as fases, todos os ciclos.
Sábia natureza que nos mostra como reagir a todas as estações sem perder o essencial. A força do amor que tudo supera, que tudo soluciona. A força que habita dentro de nós!
Ando numa estação bem primaveril neste momento. Claro que com seus dias de outono ( quem não os tem?!), mas com a grande maioria dos dias de muito sol, calor, alegria, flores, brisas, perfumes e músicas...tenho escutado tanto que a minha felicidade e as mudanças que quero dependem unicamente de mim que acho que pelos próximos 59 anos a estação que predominará na minha vida será sem dúvida a primavera!Até porque é a época que mais combina com as dançantes libélulas (risos).
E a sua?!
Beijo!




e se....


e se...
nos pudéssemos andar no arco-íris, tocar nas nuvens,
guardar uma estrela e pintar nosso céu de acordo com nosso dia...
e se...
“as buzinas tocassem flauta doce”, a gentileza fosse encontrada em cada
coração humano e as pessoas tivessem tempo pra admirar o pôr-do-sol...
e se...
chocolate, cerveja, brigadeiro, rabanada, chocolate quente, churrasco e feijoada não engordassem
e se...
sorrisos francos, beijos estalados, abraços apertados e declarações de amor não fossem coisas raras e sim parte do cotidiano de todos nos...
e se...
as notícias do dia não fossem de pessoas sendo assassinadas, de terremotos, enchentes e desabamentos...
e se...
existissem mais poetas, mais música no ar, pintores com seus cavaletes nas ruas pintando as belas cenas românticas...
e se...
fossemos mais gratos e menos rabugentos, mais humildes e menos presunçosos, mais positivos e menos negativos...
e se...
cada um cuida-se mais do seu mundo e menos do mundo do outro...
e se...
sonhássemos mais e “voássemos” mais em nossos desejos mais íntimos...
e se...
cada um tivesse seu “portal” pra ir a qualquer lugar matar uma saudade...
e se...
a cada ano realizássemos pelo menos três de nossos desejos....
e se...
tivéssemos mais sonhos, mais amor pra dar, mais desejos....
e se...
eu nunca precissasse me despedir de você....
e se...
tudo isso fosse verdade...
e pra você, qual seriam os seus "e se"?!
Grande beijo.


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Seu desejo...


"Extra, extra, só existe o seu desejo. Esse troço que você tem aí dentro da cachola só lhe distrai daquilo que realmente interessa: o seu desejo.
Sentado em sua poltrona de couro marrom, ele me ouviu com a mão apoiada no queixo por 10 minutos, talvez 12 minutos, até que me interrompeu e disse: Tu estás enlouquecendo.
Não é exatamente isso que se sonha ouvir de um psiquiatra. Se você vem de uma família conservadora que acredita que terapia é pra gente maluca, pode acabar levando o diagnóstico a sério. Mas eu não venho de uma família conservadora, ao menos não tanto.
Comecei a gargalhar e em segundos estava chorando. “Como assim, enlouquecendo??”
Ele riu. Deixou a cabeça pender para um lado e me deu o olhar mais afetuoso do mundo, antes de dizer: “Querida, só existe duas coisas no mundo: o que a gente quer e o que a gente não quer”.
Quase levantei da minha poltrona de couro marrom (também tinha uma) para esbravejar: “Então é simples desse jeito? O que a gente quer e o que a gente não quer? Olhe aqui, dr. Freud (um pseudônimo para preservar sua identidade), tem gente que faz análise durante 14 anos, às vezes mais ainda, 20 anos, e você me diz nos meus primeiros 15 minutos de consulta que a vida se resume ao nossos desejos e nada mais? Não vou lhe pagar um tostão!”
Ele jogou a cabeça pra trás e sorriu de um jeito ainda mais doce. Eu joguei a cabeça pra frente, escondi os olhos com as mãos e chorei um pouquinho mais. Não é fácil ouvir uma verdade à queima-roupa.
“Tem gente que precisa de muitos anos para entender isso, minha cara”. Suspirei e deduzi que era uma homenagem: ele me julgava capaz daquela verdade sem precisar frequentar seu consultório até ficar velhinha. Além disso, fiz as contas e percebi que ele estava me poupando de gastar uma grana preta.
Tá, e agora, o que eu faço com essa batata quente nas mãos, com essa revelação perturbadora?
Passo adiante, ora. Extra, extra, só existe o seu desejo. É o desejo que manda. Esse troço que você tem aí dentro da cachola, essa massa cinzenta, parecendo um quebra-cabeças, ela só lhe distrai daquilo que realmente interessa: o seu desejo. O rei, o soberano, o infalível, é ele, o desejo. Você pode silenciá-lo à força, pode até matá-lo, caso não tenha forças para enfrentá-lo, mas vai sobrar o que de você? Vai restar sua carcaça, seu zumbi, seu avatar caminhando pelas ruas desertas de uma cidade qualquer. Você tem coragem de desprezar a essência do que faz você existir de fato?
É tão simples que nem seria preciso terapia. Ou nem seria preciso mais do que meia dúzia de consultas. Mas quem disse que, sendo complicados como somos, o simples nos contenta? Por essas e outras, estamos todos enlouquecendo."

Martha Medeiros.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

"50 milhões de figurantes"




"50 milhões de figurantes



Todas as manhãs, dirijo pelo mesmo trajeto e fico engarrafada numa mesma esquina, onde há uma obra atrapalhando o trânsito. Mas nada se compara com a dificuldade de uma moça que diariamente atravessa a rua bem em frente ao meu carro. Seria fácil para ela caminhar sobre a parte esburacada da obra e cruzar de uma calçada a outra enquanto o sinal não abre. Seria fácil se ela caminhasse, mas não caminha. Anda numa cadeira de rodas.
Todos os dias, eu presto atenção nela, em como maneja bem sua cadeira, em como parece estar acostumada, apesar de todo o esforço. Naturalmente, me vem à lembrança a personagem de Alline Moraes em Viver a Vida. E me pergunto: não fosse a personagem da novela, eu prestaria tanta atenção assim? Quantas cadeirantes já cruzaram meu caminho e eu não percebi?
Assistindo a uma entrevista da vereadora e psicóloga Mara Gabrilli, também cadeirante, descobri que no Brasil há cerca de 50 milhões de pessoas que possuem alguma deficiência, seja motora, auditiva, visual, mental ou mesmo as deficiências degenerativas da idade, que comprometem o ir e vir autossuficiente. Não é um milhão, nem são dois: são 50 milhões. Você tem cruzado por essas pessoas pelas ruas? Sim, todos os dias. Mas cruzar por elas não significa enxergá-las.
Não acho que as novelas precisem se engajar em causa alguma, estão aí para entreter, passar o tempo, porém, quando conseguem colocar na trama uma personagem peculiar, que não representa apenas a santinha ou a vilã clássicas, mas que foge do estereótipo, nossos olhos se abrem para uma condição que a gente se acostumou a não ver.
Ainda que a realidade da personagem da novela seja diferente da realidade da maioria dos cadeirantes (raros possuem enfermeira 24 horas, fisioterapeuta de plantão e motorista com carro adaptado), não se pode esquecer que vivemos num país em que a educação se dá mais pela TV do que pelos livros. Logo, um programa de grande audiência que atinge as classes A, B, C, até Z, contribui muito para a inclusão social daqueles que, por não protagonizarem novelas, também não eram considerados protagonistas aqui fora. Formavam um elenco de apoio, 50 milhões de figurantes.
Não é nada, não é nada, Manoel Carlos deu projeção a uma linda Luciana que saiu das passarelas para a paraplegia, com o ineditismo de a personagem ter até blog e trocar ideias com os telespectadores como se o seu drama existisse de fato. Bizarro? Cafona? Pode ser. Mas hoje vejo com mais nitidez aquela moça que todo dia atravessa a rua manejando sozinha sua cadeira de rodas às sete e meia da manhã, engolindo poeira em meio a uma obra, e penso na falta que faz um outro tipo de passarela, uma rampa ou uma calçada bem pavimentada para aqueles que, diferenças à parte, também são personagens principais."

Martha Medeiros.




segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tranquilidade...


O texto da Martha deste domingo fala sobre um assunto que povoou os meus pensamentos neste domingo.
O texto dela fala sobre a entrega. A leveza e a entrega nos relacionamentos.
Um relacionamento leve em que os dois não se vestem de máscaras, de caras e bocas pra agradar. Um relacionamento em que temos a tranqüilidade e o prazer de sermos o que somos. De nos mostrarmos com todas as nossas virtudes e defeitos, com todas as nossas dificuldades, mostrando a nossa “casa” com todas as “goteiras” e infiltrações existentes, sem medos nem angústias. Tendo a certeza que ali do outro lado estará alguém que verá você do jeitinho que você realmente é, e que mesmo assim te amará e crescerá com você. Ao seu lado. Nem atrás, nem na frente.
Tenho me sentido assim. Tranqüila em ser o que sou. Querendo ser melhor, a cada dia, mas sem fazer disso um campo de batalha.
Tranqüilidade em me expor, em opinar, em pensar, em querer ou não. Tranqüilidade em confiar no outro. Tranqüilidade em estar de cara lavada, jeans e camiseta e agradar mesmo assim. Tranqüilidade em poder não estar bem. Tranqüilidade em não ser observada a cada mínimo gesto. Tranqüilidade em sentir. Tranquilidade, paz de espírito, harmonia e muuuito amor é o que ando sentido! Ando gostando bem mais de mim! E olha isso tem me feito um bem imenso!
Um viva aos relacionamentos que não são um “jogo de tênis”.
Agora Marthinha pra vocês!
Grande beijo.


"Acaba de ser revelado o que uma mulher quer e que Freud nunca descobriu. Ela quer uma relação amorosa equilibrada onde haja romance, surpresa, renovação, confiança, proteção e, sobretudo, condições de entrega. É com essa frase objetiva e certeira que Ney Amaral abre seu livro Cartas a uma Mulher Carente, um texto suave que corria o risco de soar meio paternalista, como sugeria o título, mas não. É apenas suave.
Romance, surpresa etc, não chegam a ser novidade em termos de pré-requisitos para um amor ideal, supondo que amor ideal exista, mas “condição de entrega” me fez erguer o músculo que fica bem em cima da sobrancelha, aquele que faz com que a gente ganhe um ar intrigado, como se tivesse escutado pela primeira vez algo que merece mais atenção.
Mesmo havendo amor e desejo, muitas relações não se sustentam, e fica a pergunta atazanando dentro: por quê? O casal se gosta tanto, o que os impede de manter uma relação estável, divertida e sem tanta neura?Condição de entrega: se não existir, a relação tampouco existirá pra valer. Será apenas um simulacro, uma tentativa, uma insistência.
Essa condição de entrega vai além da confiança. Você pode ter certeza de que ele é uma pessoa honesta, de que falou a verdade sobre aquele sábado em que não atendeu ao telefone, de que ele realmente chegará na hora que combinou. Mas isso não é tudo. Pra ser mais incômoda: isso não é nada.
A condição de entrega se dá quando não há competitividade, quando o casal não disputa a razão, quando as conversas não têm como fim celebrar a vitória de um sobre o outro. A condição de entrega se dá quando ambos jogam no mesmo time, apenas com estilos diferentes. Um pode ser mais rápido, outro mais lento, um mais aberto, outro mais fechado: posições opostas, mas vestem a mesma camisa.
A condição de entrega se dá quando se sabe que não haverá julgamento sumário. Diga o que disser, o outro não usará suas palavras contra você. Ele pode não concordar com suas ideias, mas jamais desconfiará da sua integridade, não debochará da sua conduta e não rirá do que não for engraçado.
É quando você não precisa fingir que não pensa o que, no fundo, pensa. Nem fingir que não sente o que, na verdade, sente.
Havendo condição de entrega, então, a relação durará para sempre? Sei lá. Pode acabar. Talvez vá. Mas acabará porque o desejo minguou, o amor virou amizade, os dois se distanciaram, algo por aí. Enquanto juntos, houve entrega. Nenhum dos dois sonegou uma parte de si.
Quando não há condição de entrega, pode-se arrastar, prolongar, tentar um amor pra sempre. Mas era você mesmo que estava nessa relação?
Condição de entrega é dar um triplo mortal intuindo que há uma rede lá embaixo, mesmo que todos saibamos que não existe rede pro amor. Mas a sensação da existência dela basta."


Martha Medeiros.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Certo ou errado...






"Posso Errar?


Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu “errado”. Foi num hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de 10 quilômetros. A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do kit do hotel. Opção? Maneira de dizer. Meus cabelos, superoleosos, grudam só de ouvir a palavra “condicionador”. Mas fui em frente. Apliquei o produto cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... surpresa! Os cabelos ficaram soltos e brilhantes — tudo aquilo que meus nove vidros de xampu “certo” que deixei em casa costumam prometer para nem sempre cumprir. Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa, dizer a coisa certa — e a pergunta que não quer calar é: certa pra quem? Ou: certa por quê?
O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa? Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos. Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado. Ele foi “certo” até colocar a aliança. O que faz surgir outra pergunta: certo até quando? Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens que chegam com aquele jeito de “nada a ver”, vão ficando e, quando você se assusta, está casada — e feliz — com um deles.
E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas talvez você se sentisse melhor com uma dose menor de perfeição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada. Estava com a roupa “certa”, mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para “errar”.
Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu: “Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo”. Sem entrar no mérito da questão — da traição ou do cigarro —, concordo que viver é, eventualmente, poder escorregar ou sair do tom. O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar. Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado.
O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta: “Como assim?! Você não dirige?!”. Com toda a calma, ele responde: “Não, eu não dirijo. Também não boto ovo, não fabrico rádios — tem um punhado de coisas que eu não faço”. Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos. Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras: “Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e, muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos”. O certo ou o “certo” pode até ser bom. Mas às vezes merecemos aposentar régua e compasso. "

Por Leila Ferreira.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

"inocentes e culpados"


"Inocentes e culpados


Saudade da infância. A gente fazia molecagens e depois bastava confessar e rezar três ave-marias para ficar quite com Deus. Quando criança, meus pecados eram matar aula ou brigar com meu irmão, e eu imaginava que se meus pecados começassem a se tornar mais radicais, o pior que poderia me acontecer era ter a pena elevada de três para 18 ave-marias. Dava pra suportar. E assim a Igreja ia me educando para a impunidade, bem diferente do que faziam meus pais: quando eu errava, eles me deixavam sem tevê, sem brincar na rua e sem refri. Isso, sim, era um castigo medonho, mas que visava à reabilitação.
Hoje leio que a Igreja, desastradamente, anda associando pedofilia a homossexualidade, e que um dos castigos propostos é fazer com que o clérigo pecador isole-se e passe a vida entre preces. Quantas ave-marias pra ele?
Abusar de crianças é um escândalo em qualquer circunstância, não importa o motivo do crime e quem o cometeu. Todos os perversos possuem suas razões: ou também foram abusados quando meninos, ou foram abandonados pela família, ou são cruéis por natureza, ou não receberam nenhum princípio moral ou ético, ou passaram por privações, ou são doidos de pedra. O que induz à ação criminosa não é a inclinação sexual do sujeito, mas sua ausência de civilidade.
O Vaticano tem se preocupado em explicar a quantidade incômoda de padres pedófilos denunciados, mas, antes de tentar explicar, deveria julgar e, comprovado o crime, condenar. Punir. Prender. O fato de serem representantes de Deus não pode servir como atenuante, ao contrário. Está-se diante da hipocrisia sacramentada, do “vinde a mim as criancinhas” sem levar em conta nenhum dos preceitos que regem (ou deveriam reger) a religião, qualquer religião.
Enquanto houver condescendência, não haverá paz. A redução da violência passa pela punição imediata. Falamos muito em investir em educação e esse é o principal caminho, lógico, mas é uma solução a longo prazo. Para corrigir o agora, tem que se dar o exemplo agora. Vale para o casal Nardoni, vale para o estuprador assassino de Luziânia, vale para o fazendeiro que matou a missionária Dorothy Stang, vale para os mandantes e executores de Eliseu Santos e vale para todos os que escapam da lei porque não há policiais suficientes, nem servidores, nem dinheiro, nem equipamentos, nem espaço nas cadeias e, principalmente, por não termos a cultura do Tolerância Zero. Tolera-se quase tudo e, o que não se tolera, esquece-se com o tempo.
Aquelas três ave-marias que me mandavam rezar por ter matado aula ou brigado com meu irmão eram inúteis. Não havia crime, não havia pecado: havia inocência. Não sei o que os adultos hoje dizem no escuro dos confessionários, o que os padres escutam por trás das treliças, só sei que Deus, em sua infinita bondade, perdoa fácil qualquer delito, seja o de uma criança que disse um palavrão até o de um adulto que admite um estelionato, basta ajoelhar, rezar e declarar-se arrependido. Não por acaso, Arruda saiu da prisão anteontem recepcionado por orações, abençoado seja. Mas, sinceramente, troco a redenção divina pela Justiça terrena, que está fazendo mais falta."

Martha Medeiros.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Meu mundo...


Acordei um dia é o mundo estava assim... mais colorido, mais vibrante, mais iluminado.
As noites a partir daquele dia tinham muito mais estrelas.
O mundo ao meu redor também estava diferente! As coisas, as pessoas estavam diferentes também!
A minha cama, o meu dia, as minhas noites, o banco ao lado do meu carro, o cinema, os happy’s, os finais de semana, o sofá da minha sala, a minha rotina, os meus problemas, as minhas soluções, a minha família, os meus amigos, o meu gosto, as minhas risadas, as minhas filosofias de banheiro, os meus sonhos, os meus desafios, as minhas metas, as minhas qualidades e defeitos, agora eram compartilhados.
À partir daquele dia o mundo que criei pra mim e pro Gu não tinha mais sentido, não tinha mais sentido ser somente nos dois.
À partir daquele dia ao escrever eu sempre colocava uma visão mais leve e harmoniosa das coisas sobre as quais eu escrevia.
À partir daquele dia às quintas-feiras tinham um sabor todo especial...por serem tão perto da sexta!
Desde aquele dia as músicas românticas que eu ouvia faziam todo o sentido!
Meu mundo andava muito melhor! Muito mais leve e mais suave.
Esse dia foi o dia 14 de fevereiro. O dia em que beijei você pela primeira vez!
Obrigada por existir e por ter aparecido na minha vida e ter trazido junto com você toda luz que somente uma estrela com a sua grandeza poderiam trazer.
Adoro você!
Seu amor.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Um belo exemplo...




Em um mundo em que o amor e as relações estão cada vez mais superficiais e rápidas me emocionei com a cena que presenciei sábado pela manhã na casa dos pais do meu namorado.
Resolvemos tomar café da manhã por lá; mas fomos sem avisar pra não deixa-los preocupados em fazer grandes recepções. Compramos pão e algumas outras coisas e fomos de surpresa.
A cena ao abrir da porta foi um sorridente “pai-sogro” e uma sorridente e surpresa “mulher de 34, mãe-sogra” (essa história fica pra depois) pregando botões sentada no sofá. A televisão estava ligada e pelo que pude perceber os dois estavam vendo um filme qualquer que passava na tv a cabo e ela aproveitava o momento pra carinhosamente pregar os botões da calça dele “que estavam frouxos e como ele guarda a carteira ali, tinha que estar bem firme” (foi essa explicação carinhosa que ela me deu, sob o olhar atento e carinhoso dele). Ao irmos pra cozinha preparar o café o pai do meu namorado veio nos contar sobre um sonho que ele havido tido na semana passada. E que terminava com a seguinte explicação ( e posso afirmar pra vocês que ele é catedrático em significado dos sonhos) – Eu vejo o sonho como é a sua mãe mesmo! A matriarca da família que cuida de tudo, que provê, que zela por todos – Isso tudo falado com um sorriso e um amor que eu não poderia descrever.
Aquelas duas cenas me emocionaram muito. Primeiramente o orgulho daquele homem na família que ele construiu, no orgulho de ter; apesar de toda uma trajetória que com toda certeza teve seus altos e baixos, seus contratempos, seus momentos de abrir mão, de ceder daqui e dali; encontrado uma mulher que teceu com ele uma história, uma história feita a dois. Uma história em que ele muito orgulhosamente coloca a sua mulher como a matriarca, a mãe que cuida, que alimenta, que zela pra que ele faça o seu papel e juntos possam criar, cuidar e guiar seus 4 filhos e as gerações futuras.
O orgulho daquele homem era concreto. Era sentido. Um orgulho cheio de amor. Um amor que transpassa dificuldades, rotinas, problemas, tempo e espaço. Um amor feito de duas pessoas que se encontraram e resolveram caminhar juntas. Haja o que houver!
Naquela casa, ou melhor naquele lar, como em outros (poucos) que conheço, a harmonia, o amor, o aconchego da família são sentidos no ar. A segurança e a felicidade não são somente “quadros” pendurados na parede. São como a colcha quente que aquece a gente em noites de frio, como o chocolate quente e perfumado em dia de chuva.
Corremos tanto, nos preocupamos tanto em sermos felizes “agora”, em ganhar dinheiro, custe o que custar, em ter tudo que existe de melhor no mercado, em ter, ter e ter que nos esquecemos algumas vezes de construir relações sólidas, seguras e amorosas. E cenas como estas, de famílias estáveis, de casas com “cheiro” de lar, de aconchego, acabam ficando destinadas somente a livros de histórias infantis e filmes românticos.
Hoje é cada dia mais raro relacionamentos em que duas pessoas se entendem por um olhar, que curtem a companhia um do outro em uma manhã de sábado no sofá de casa, sem precisar de mil e uma atividades e uma aventura no meio.
A conquista tem um sabor todo especial, o namoro então nem se fale (eu que o diga !! ), mas quer coisa mais “aconchegante”; e não tem outra palavra pra mim, que olhar pro lado e saber que apesar de tantas batalhas vencidas, do tempo passado, seu amor ainda está ali, ao seu lado, curtindo sua companhia, curtindo as coisas, as lembranças, os momentos que vocês sentiram e viveram juntos, curtindo a família que juntos vocês criaram e cuidaram, que ali ao lado está alguém que cuida de você e que você tem o maior prazer em cuidar também. Que hoje aqueles sonhos podem nem ter todos se realizado; talvez vocês não tenham ido a todos os lugares do mundo, ganhado todo dinheiro do mundo, nem aquela mansão luxuosa vocês construíram... mas o mais importante se realizou... o amor permanece no ar em cada cantinho e em todos os momentos. A cumplicidade, o companheirismo e a amizade não são somente palavras bonitas, mas sim palavras reais, vividas e sentidas todos os dias.
Queridos D. Darcy e Sr. Geci, parabéns por terem acreditado no amor e construído uma família e um lar em que o amor é a palavra de ordem.
Obrigada pelo belo exemplo!
Grande beijo aos dois.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mind the Gap...



"Mind the gap
Temos que ter cuidado com o vão, que é a distância entre a vida que você sonha e a vida como ela é.
Quem já viajou para outros países, especialmente os de idioma inglês, e andou de metrô, já deparou com o aviso que há em cada estação subterrânea. Ou está escrito no chão, ou os alto-falantes avisam: Mind the gap. Significa cuidado com o vão. Não caia. Não dê um passo em falso. Fique atrás da linha amarela. Não avance. Não arrisque cair nos trilhos. Mind the gap. Mind the gap.
Estava eu, numa noite de sábado, assistindo em casa ao filme Notas de um Escândalo, cujo atrativo maior é o duelo de duas grandes atrizes, Cate Blanchett e Judi Dench, quando a personagem da insatisfeita Cate saiu-se com essa frase: “Temos que ter cuidado com o vão. Que é a distância entre a vida que você sonha e a vida como ela é”.
A distância entre a vida que você sonha e a vida como ela é.
Mind the gap, pois a queda é dolorosa. Mantenha-se com os pés firmes na vida que você tem. Claro que a vida sonhada é determinante para a busca da felicidade, claro que é essa vida “do lado de lá” que nos mantém despertos, claro que o sonho é mais inspirador do que a realidade, porém, cuidado com o vão. É onde a gente se machuca.
O túnel de uma estação de metrô costuma ser recheado de cartazes publicitários. Fotos de ilhas caribenhas para vender cartão de crédito, fotos de mulheres sublimes para vender cosméticos, fotos de casais jovens e apaixonados para vender roupas. Um mundo lindo e perfeito, sem tédio, sem dívidas, sem solidão. Ali, do outro lado do vão.
E a gente olhando tudo isso, parado, em pé, segurando uma mochila pesada, enquanto espera o trem.
Se você está viajando a turismo, se está em outra cidade ou em outro país, de certa forma já está do lado de lá do vão, está vivendo um instante de deslumbramento, em que se encontra longe de casa, longe do trabalho, com algum dinheiro pra gastar, com tempo livre, tirando umas férias da rotina e de você mesmo: não seria essa a descrição perfeita de “a vida que você sonha”?
Férias é sempre um passeio por essa outra vida, a idealizada.
Mas pense bem: imagine uma vida eterna de prazeres, sem hora para dormir nem para acordar, com o mundo bem resolvido, o céu sempre azul, um amor tranquilo, champanhe e caviar dia e noite. Uma semana, um mês, dez anos sem motivos pra chorar, sem um compromisso a cumprir, sem um desafio.
Fazendo essa transferência, consigo me ver estampada nas paredes de uma estação, eu e minha vida de comercial de cartão de crédito, olhando aquela outra mulher na plataforma oposta, em pé, esperando o trem para levá-la a uma reunião de trabalho, a um encontro que pode frustrá-la ou surpreendê-la, a um bairro em que pode estar chovendo, a um acontecimento que deixará seu coração palpitando, e penso que talvez eu continuasse angustiada com a imensa distância que há entre a vida que a gente sonha e a vida como ela é.
Estamos sempre de olho na outra margem, na plataforma de lá. E o vão nunca some."

Martha Medeiros.





sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ser feliz...

"24 toques para ser mais feliz.


01 - Seja ético.
A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança.
02 - Estude sempre e muito.
A glória pertence àqueles que têm um trabalho especial para oferecer.
03 - Acredite sempre no amor.
Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, está com a pessoa errada ou amando de uma forma ruim para você. Caso tenha se separado,curta a dor, mas se abra para outro amor.
04 - Seja grato(a) a quem participa de suas conquistas.
O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Agradecer é a melhor maneira de deixar os outros motivados.
05 - Eleve suas expectativas.
Pessoas com sonhos grandes obtêm energia para crescer. Os perdedores dizem: "isso não é para nós". Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo.
06 - Curta muito a sua companhia.
Casamento dá certo para quem não é dependente.
07 - Tenha metas claras.
A História da Humanidade é cheia de vidas desperdiçadas: amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam carreiras o sucesso, etc. Ter objetivos evita desperdícios de tempo, energia e dinheiro.
08 - Cuide bem do seu corpo.
Alimentação, sono e exercício são fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para os outros gostarem também.
09 - Declare o seu amor.
Cada vez mais devemos exercer o nosso direito de buscar o que queremos (sobretudo no amor). Mas atenção: elegância e bom senso são fundamentais.
10 - Amplie os seus relacionamentos profissionais.
Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.
11 - Seja simples.
Retire da sua vida tudo o que lhe dá trabalho e preocupação desnecessários.
12 - Não imite o modelo masculino do sucesso.
Os homens fizeram sucesso a custa de solidão e da restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: infartos e suicídios. Sem dúvida, temos mais a aprender com as mulheres do que elas conosco. Preserve a sensibilidade feminina - é mais natural e mais criativa.
13 - Tenha um orientador.
Viver sem é decidir na neblina, sabendo que o resultado só será conhecido, quando pouco resta a fazer. Procure alguém de confiança, de preferência mais experiente e mais bem sucedido, para lhe orientar nas decisões, caso precise.
14 - Jogue fora o vício da preocupação.
Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida são coisas incompatíveis. Bobagem ... Defina suas metas, conquiste-as e deixe as neuras para quem gosta delas.
15 - O amor é um jogo cooperativo.
Se vocês estão juntos é para jogar no mesmo time.
16 - Tenha amigos vencedores.
Aproxime-se de pessoas com alegria de viver.
17 - Diga adeus a quem não o(a) merece.
Alimentar relacionamentos, que só trazem sofrimento é masoquismo, é atrapalhar sua vida. Não gaste vela com mau defunto. Se você estiver com um marido/mulher que não esteja compartilhando, empreste, venda, alugue, doe... e deixe o espaço livre para um novo amor.
18 - Resolva!
A mulher/homem do milênio vai limpar de sua vida as situações e os problemas desnecessários.
19 - Aceite o ritmo do amor.
Assim como ninguém vai empolgadíssimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o começo de muita frustração.
20 - Celebre as vitórias.
Compartilhe o sucesso, mesmo as pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.
21 - Perdoe!
Se você quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também.
22 - Arrisque!
O amor não é para covardes. Quem fica a noite em casa sozinho, só terá que decidir que pizza pedir. E o único risco será o de engordar.
23 - Tenha uma vida espiritual.
Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Reze antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Oração e meditação são fontes de inspiração.
24 - Muita Paz, Harmonia e Amor... sempre!"


Roberto Shinyashiki

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Boas dicas...



"Para meus amigos que estão...SOLTEIROS
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .
Para meus amigos...NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.


Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti.
A COISA MAIS CRUEL QUE ALGUÉM PODE FAZER É PERMITIR QUE ALGUÉM SE APAIXONE POR VOCÊ, QUANDO VOCÊ NÃO PRETENDE FAZER O MESMO.
Para meus amigos...CASADOS.
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe".
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar.
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores.
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos;
mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.


Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.
A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!
E LEMBRE-SE: É MELHOR VER ALGUÉM QUE VOCÊ AMA FELIZ COM OUTRA PESSOA, DO QUE VÊ-LA INFELIZ AO SEU LADO.


Para meus amigos que são...INOCENTES.
Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade.
Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).


Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR.
As vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você.
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade?
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente.
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer.
Não a (o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.


Pra terminar ...
Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata....
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação."


Desconheço a autoria.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tristeza...





"Para a tristeza.


Companheira, sei que você vai chorar quando ler esta carta, mas quero deixar de ver você por uns tempos. Vai ser difícil para mim, pois me acostumei à sua presença, porém não vejo mais motivos para continuarmos juntas. Não nego sua importância; em diversos momentos difíceis da minha vida você permaneceu comigo, mesmo quando todos se afastaram. Só que, com você, sinto que não ando para a frente. Esse seu pessimismo me atrapalha.
Tenho tentado evitar você de todas as maneiras, e isso não é legal. Ainda mais porque sei que se magoa por qualquer coisinha. Mas basta você chegar e lá se vai minha alegria. Não agüento mais os seus assuntos mórbidos, a sua cara desanimada. Até sexo, com você, ficou sem graça. Nada mais broxante do que gente que chora durante a transa.
Perdi anos de minha vida ao seu lado, tristeza, acreditando em tudo que você dizia. Que o amor não existe e o mundo não tem jeito. Você é péssima conselheira para suas parceiras - que o digam a Marilyn e a Sylvia*. Agora, chegou a hora de dar chance à alegria, que há muito tem mostrado interesse em passar uns tempos comigo. Ela me elogia, sabe? Você? O único elogio que eu lembro de ter ouvido de você foi que eu fico bem de olheiras.
Veja bem: não estou dizendo que quero acabar com você para sempre. Sei que estou presa a você, de uma forma ou de outra, pelo resto da vida. E podemos muito bem ter os nossos momentinhos juntas, aos domingos ou em longas tardes de poesia. Só não posso é continuar à mercê dos seus péssimos humores, dia após dia, sabendo que você nunca irá mudar. Chega de fornecer moradia à sua pesada existência.
Desde pequena, abro mão de muita coisa pela sua companhia. Festas a que não fui porque você não me deixou ir, paisagens lindas nas quais não reparei porque você exigiu de mim total atenção, amigas que perdi porque insisti em levar você comigo a todos os lugares. Ora, tristeza, tente ao menos ser mais leve. Sorria de vez em quando, pare um pouco de se lamentar. Ou vai continuar sendo assim: ninguém querendo ficar com você. Não vou cobrar o que deixei de ganhar por sua má influência, pois sei que tristezas não pagam dívidas. Mas quero de volta meus discos de dance music, que você tirou da prateleira. E minhas roupas estampadas, que sumiram do meu armário depois que você se instalou aqui.
Por favor, não tente entrar em contato comigo com as mesmas velhas razões de sempre. Não é a fria lógica dos seus argumentos que irá guiar meu coração daqui por diante. Quero ver a vida por outros olhos, que não os seus. Quero beber por outros motivos, que não afogar você dentro de mim. Cansei da sua falta de senso de humor, do seu excesso de zelo. Vá resolver as suas carências em outro endereço.
Como me disse o Lulu, hoje de manhã, no carro, a caminho do trabalho: "Não te quero mal, apenas não te quero mais".
 
Fernanda Young





 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Feriado...




Queridos amigos,
Meu feriado foi tudidibom!! E o de vocês??!!
O meu dá uma redação é tanto afinal além de namorar bastante fui a Pirinopólis encontrar com uns amigos do meu namorado (astrólogos, claro). Um grupo de pessoas bem diferentes, de diversos signos e ascendentes (risos), mas em completa harmonia, cada um no seu devido papel sem interferir e respeitando o papel do outro; serve pra confirmar que se soubermos respeitar o outro em suas diferenças temos muito pra aprender uns com os outros. Muito legal ver aquele grupo de diversificadas personalidades interagindo de uma forma tão tranqüila e serena, se completando e se ajudando.
Ainda teve almoços de família, visitas a pessoas queridas, aulas de astrologia ( eu tentando entender em 2 horas o que meu namorado levou anos pra aprender! Coitado!!Risos), “fichas” caindo e muita risada, paz e momentos que cartão nenhum paga!
Bem, o feriado acabou e vamos voltar a labuta!! Deixo hoje um texto da Marthinha pra gente começar a semana!
Beijo grande cheio de saudades!!


"A pergunta mais aterrorizante hoje em dia é: “Que idade você me dá?”
Um dos fenômenos mais comentados nos dias que correm é a longevidade humana e seus efeitos estéticos. Hoje um homem ou uma mulher pode chegar aos 70 anos com cara de 60, e aos 60 com jeito de 50, lembrando que os 50 são os novos 40, e assim eliminamos 10 anos da nossa aparência, bastando para isso uma boa alimentação, exercícios físicos e uma ajudazinha de procedimentos que se tornaram corriqueiros, como aplicações de botox, preenchimentos e intervenções cirúrgicas. Por causa disso, a pergunta mais aterrorizante hoje em dia é: Que idade você me dá?. Por favor. A pessoa pode ter 36, 48 ou 57, como responder sem ferir suscetibilidades? Dos 30 aos 60 estão todos com a mesma cara.
Reconheço que a nossa aparência jovial é um assunto que já saturou. Ninguém fala em outra coisa, e os elogios que são ouvidos nas ruas só confirmam o milagre do rejuvenescimento.
“O tempo não passa pra você”.
“Rapaz, você está igual, só que com menos cabelo”.
“Você já tem 50? Ninguém diria!”
Até parece que conseguimos finalmente parar o tempo. Mas é mentira que estamos todos com a mesma cara. Olhe bem para o rosto de uma mulher que passou anos lavrando a terra no interior do Estado e criando sete filhos sem ajuda alguma. Quantos anos você lhe dá?
Estamos esquecendo que, para muita gente (um grupo bem maior do que a nossa turminha), perdura outro milagre: o do envelhecimento precoce. São aquelas pessoas que você jura que têm 40 anos, mas que têm 29. Que você daria uns 55 sem titubear, mas que acabaram de completar 38. Só que eles não estão nas páginas das revistas para exibir esse também inacreditável efeito estético que a vida lhes proporciona.
O rosto conta a nossa história? Estou certa disso. Conta a respeito das facilidades cosméticas que tivemos acesso, aliadas ao nosso bem-estar e à nossa qualidade de vida, já que nossos problemas quase sempre são de ordem psicológica e se alojam mais na alma do que na pele. Mas muita gente traz no rosto as marcas da luta diária pela sobrevivência, onde não há acesso a complexos vitamínicos, filtros solares nem muito motivo para achar a vida encantadora.
Eu a vi na tevê dia desses: era uma mulher com o corpo delicado, mas com mãos de estivador por causa do manuseio da enxada. Acorda todos os dias às 4h da manhã e lava seu cabelo desgrenhado com sabonete e água gelada. Seu rosto inteiro parecia a ponta de um dedo murcho, como quando se fica muito tempo dentro da piscina. O pescoço era um despenhadeiro. Dois seios vazios, dois braços manchados e um filete de voz. Parecia ter uns 90 anos, no entanto, era bem mais jovem do que eu e você, ninguém diria."

Martha Medeiros.