terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sem bateria...

Odeio admitir, mas estou dependente!! Não, não é droga, nem bebida, e do meu celular que estou falando.
Este final de semana fui para Brasília como de costume e esqueci meu carregador de celular por lá e claro hoje na hora em que ele descarregou eu me vi aflita, perdida e me sentindo ilhada!! Como pode?! Até poucos anos atrás a gente nem se imaginava com um telefone “móvel” 24 horas. Hoje não vivemos sem. Eu ainda por cima uso pra falar com meu amor, várias vezes por dia e hoje me vi literalmente ilhada!
Mas, em contrapartida, sempre tem o lado bom, constatei que meu lado “velha” é válido. Deixa eu explicar. Sabe aquelas agendas de papel, tipo cadernetinha?! Pois é, eu tenho uma! Anoto meus telefones lá, e todo mundo me chama de velha por isso." Pra que se tem celular?!" Pois bem, estou sem poder ligar minha “agenda” porque ela também está sem bateria! Viram?! Com minha agenda de papel posso ao menos ainda ter acesso aos meus contatos! E usar o telefone fixo, claro! Nossa que coisa antiga!! (risos).
Amanhã estarei as cinco da matina (brincadeira) no “camelódromo” daqui e comprarei uns dez carregadores, colocarei um em cada canto da casa e terei a certeza que não ficarei mais sem bateria. A não ser que acabe a luz. Será que compro um gerador também?! (risos)
Será que tem remédio pra curar esse tipo de dependência?! Dependência de ter que ouvir a voz do meu amor pra dormir.
Beijos pra todos.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Vou confessar que...

Tem um “seguidor” do twitter ou eu sei lá como se chama isso que se denomina “vou confessar que” e que tem me feito rir um bocado! Como tem gente com bom humor e boas sacadas nesse mundo! E hoje a minha singela homenagem é a estas pessoas. Pessoas que apesar das notícias dos jornais, dos problemas pessoais, das crises, da violência gratuita sempre tem essa coisinha sagrada chamada “Humor” dentro de si.
O humor dele além de tudo ainda nos remete aquelas cenas engraçadas da infância, coisas que todos fazíamos, todos com pouquíssimas exceções, eu particularmente acho que a grande maioria das coisas só não fazia quem já era mal humorado desde pequeno. Porque isso existe!! Incrível, mais existe!
Bem, a última que li dele foi: “vou confessar que... já me emocionei com uma música em inglês sem nem saber o que a letra significava.” Confessa! Eu também!! E ainda por cima repetia horas e horas! Pois bem vou entrar na brincadeira e confessar que:
Brincava muito mais de brincadeiras de menino do que de menina, que subia na banca de revistas que ficava na entrada da minha quadra em Brasília, que adooorava jogar bolinha de gude e fazia coleção delas, que o menino que eu achava lindo na escola nunca me deu bola.
Vou confessar que, eu já gastei 100 reais (era outra moeda na época) em balinhas e minha avó me fez devolver tudo e pegar o dinheiro de volta, que já gravei uma fita cassete (aquela laranja “Basf 60”) todinha com músicas românticas e intitulei “músicas de fossa”.
Vou confessar que, já matei aula pra ficar na livraria da 308 sul, já passei a noite com medo de ter mostro embaixo da minha cama, já passei um dia inteiro tomando somente água pra ficar que nem uma mulher magra da capa da revista e no outro dia me achando magra comi três barras de “suflair”, que já corri pra não apanhar da minha mãe, que já fingi que estava com dor de barriga pra ficar em casa vendo sessão da tarde e tive que ir pra aula.
Vou confessar que já sorri por fora quando estava chorando por dentro, que já disse “eu te amo” sem ter muita certeza do que eu estava sentindo, que já me senti completamente sozinha no meio de uma multidão, que já achei que o dia de tão belo tinha sido feito especialmente pra mim, que já movi mundos e fundos pra me fazer notar por quem nem sabia que eu existia, que já precisei perder alguém pra dar valor depois, que já precisei de colo mesmo não tendo tamanho pra isso, que já quis voltar a ser criança.
Vou confessar que aqui não vão caber todas as minhas confissões, primeiro porque algumas eu nem me lembro mais, segundo porque são muitas e terceiro porque tem algumas que eu não confesso nem pra mim mesma!
E você, o que tem pra confessar?!
Beijo grande!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mais um sobre o amor...

Quantas vezes podemos amar? Quantos tipos de amor existem? Tenho me feito bastante essas perguntas estes dias. Muito provavelmente se deve ao livro que estou lendo. O protagonista se vê no fim do quinto casamento e pra não ter que perdê-la sugere que ambos continuem a viver debaixo do mesmo teto mesmo ele tendo que conviver com a nova vida dela. Vida essa que consiste em saídas com outro homem e todo o entusiasmo que isso gera.
Ela, segundo ele, é a mais linda de todas as mulheres que ele já teve, a mais sensual e alegre também. Ela é uma mulher de vinte e poucos anos, ansiosa por curtir a vida que segundo ela, ele a proibia de viver. Ele por ser mais velho, obeso, fechado e nesse momento com a auto-estima valendo nada mais que um "saco de bananas passadas" se submete a coisas que eu acho doentias pra não dizer insanas. A desculpa dele sempre é o amor, claro! O amor que ela fez brotar nele. O amor e a paixão que antes dela ele nunca havia sentido. Amor que o fazia sentir vivo, elétrico, entusiasmado, animado, como nunca! “Amor” que o fazia perder noites de sono imaginando se ela ali ao lado estava sonhando ou não com ele. “Amor” que o fazia perder o sono, o juízo, a paz. “Amor” que o fazia pisar em ovos pra não brigar, não a deixar insatisfeita, não a decepcioná-la. “Amor” que fez com que ele deixasse de ser quem era pra poder se moldar ao gosto e molde que ela desejava ter. Que “amor” é esse me pergunto eu a cada página lida? Que amor é esse que fez com que esse homem tivesse que se enclausurar dentro de si por quatro longos anos e ao excesso de trabalho pra poder se reencontrar, se redescobrir, porque esse mesmo “amor” o fez perder a identidade, sem falar na auto-estima, na confiança e no amor próprio.
Ele voltou a amar, voltou a dividir a vida com outro alguém, mas agora não era mais aquele protagonista. Não era mais aquele mesmo homem. Alguma coisa tinha mudado dentro dele. Lá bem no intimo onde as cicatrizes ficam, onde guardamos nossas marcas, nossas dores, nossos medos. Marcas estas que não somente aquela última mulher deixou mais todas as outras deixaram também, umas mais, outras menos, mais todas passaram por aquele coração, montaram barraca e quando o acampamento acabou deixaram lá somente as marcas dos furos feitos pra firmar a lona. E daí volto a me perguntar, quantos tipos de amor existem? Amor maduro, amor sacana, amor maternal, amor apaixonado, amor insano, amor cego (esse deve ser um dos piores), amor eterno... amor eterno... será que existe esse?! Amor que dura um mês, um ano, vários. Ou será que pra sempre amamos alguém deixando somente de dividir a vida com aquela pessoa? Amor que faz crescer, amor que machuca, amor que floresce, amor que deixa cicatrizes, amor calmo, amor que mais parece um furação, amor que lembra dia de sol, amor que acalenta, amor solitário, amor solidário, amor que é “lugar de repouso”, amor que soma, amor que diminui... tantos ou será que na verdade o amor verdadeiro somente se sente uma única vez?! Será que quando é amor verdadeiro o melhor brota dentro da gente? Ou será que todos são amor, mas são como uma caminhada que pra uns começa nas nuvens e termina no arco-íris e pra outros começa nas pedras e acaba em uma dança delicada e leve como a brisa, e que pra outros ainda começa nas montanhas e termina no penhasco?
Bem, seja como for, nunca vamos chegar a um consenso, afinal amor não se explica simplesmente se sente, e eu posso escrever milhares de textos tentando entender e o máximo que vou conseguir e “apalpar” o que acontece aqui dentro de mim, tateando as minhas marcas que fazem parte da minha história e de como eu “sinto” essa coisa maravilhosa e viva que é o amor.
E pra você? O que é o amor?
Beijo grande e excelente final de semana!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da suposta visita da dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes. Fechamos as cortinas. Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. Ficamos quietinhos, poucos movimentos, nesse lugar escuro e pouco arejado, pra vida não desconfiar que estamos em casa. A encrenca é que, ao nos protegermos tanto da possibilidade da dor, acabamos nos protegendo também da possibilidade de lindas alegrias. Impossível saber o que a vida pode nos trazer a qualquer instante, não há como adivinhar se fugirmos do contato com ela, se não abrirmos a porta. Não há como adivinhar e, se é isso que nos assusta tanto, é isso também que nos dá esperança.
É maravilhoso quando conseguimos soltar um pouco o nosso medo e passamos a desfrutar a preciosa oportunidade de viver com o coração aberto, capaz de sentir a textura de cada experiência, no tempo de cada uma. Sem estarmos enclausurados em nós mesmos, é certo que aumentamos as chances de sentir um monte de coisas, agradáveis ou não, mas o melhor de tudo, é que aumentamos as chances de sentir que estamos vivos. Podemos demorar bastante para perceber o óbvio: coração fechado já é dor, por natureza, e não garante nada, além de aperto e emoções mofadas. Como bem disse Virginia Woolf, “não se pode ter paz evitando a vida.”"
Ana Jácomo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Doces e velhas manias....

 
 
 
 
Estou definitivamente ficando velha mesmo! Cheia das manias, costumes, “toques” etc.
Tudo bem que todos têm assim pelo menos uma porção de manias, mas acho que com o passar dos anos e morando sozinha a gente acaba incorporando uma serie de rotinas metódicas que passam a fazer parte da gente tanto quanto uma parte do corpo. Eu tenho um zilhão de manias! Mania de tomar chá, mania de ler antes de dormir, mania de me enxugar dentro do Box do banheiro, mania de enxugar a escova de dente (essa é triste, eu sei!), mania de estacionar de ré, mania de acender velas e um incenso ao chegar em casa, mania de lavar o sapato pra guardar, mania de escrever...
Quantas vezes eu me pego fazendo o mesmo percurso, agindo da mesma forma, dias e dias. Tem dias em que me prometo mudar o caminho da escola do Gu, por exemplo, e quando me dou conta lá estou eu no velho e bom caminho. Mas, Aline, pelo outro caminho o trajeto é mais curto. Não tem jeito! Sou surda nessas horas! Meu namorado pena comigo coitado! Todo santo dia a mesma velha história! Até eu me acho maçante às vezes! Assumo!
À noite então é triste! Chego, organizo as coisas (tudo na mesma ordem), coloco o Gu na cama, tomo banho e lá vou eu fazer um chá (a velhice é assumida, tem até o bom e velho chá) pra poder ir pra cama com algum livro a tira colo. Adoooro! È um prazer quase.... Minha cama e um bom livro só não são melhor que minha cama aos finais de semana com meu amor ao lado (risos).
Fico pensando se todos são assim ou se eu tenho mais manias e “toques” que os o resto da população. Tomar que não! Seja como for, são somente maniazinhas, nada que eu não consiga me trabalhar e mudar de acordo com as diferentes circunstâncias. Demora às vezes, mas sempre vai!
E falando nisso, deixa eu ir colocar o Gu na cama porque eu estou lendo um livro que humm.... me faz querer ir pra cama mais cedo!
Beijocas.



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Músicas, viagens, semelhanças e diferenças...




No final do ano, vamos eu e meu amor fazer uma viagem de carro e como ambos gostamos muito de música resolvi fazer uma seleção de músicas e passar pro pen drive pra não precisar carregar vários cd’s (santa tecnologia). Então me sentei na frente do computador lá pelas 20horas com esse intento e daqui somente saí às 23horas e tanto, quase meia-noite. Vocês não imaginam a “viagem” que já fiz de antemão! Como a música é poderosa! Que poder de transportar pra uma época, um tempo. Que delícia de viagem que fiz ontem! Que delícia poder reviver momentos, dias, pessoas.
Em uma música especialmente eu fiquei alguns bons minutos! Bons minutos; pra não falar uma hora, escutando várias e várias vezes a mesma música, relembrando um gostoso e saudoso tempo. Tempo em que as músicas eram mais românticas sem serem excessivamente melosas, tempo em que as músicas tinham além de bela letra, bela melodia. Não que hoje não tenha. Não me entendam mal. Temos excelentes compositores. Mas eu me assumo uma apaixonada por músicas antigas, e nesta seleção é o que mais tem; músicas românticas e antigas. Daquelas em que muita gente falaria: Nossa essa é do tempo do Epa!
Bem que meu pai sempre me disse que eu nasci velha. Ou na época errada, vai saber!
Vocês devem estar se perguntando se meu companheiro de estrada vai gostar também, não?! Não se preocupem, nossos gostos são bem parecidos e isso me dá uma tranqüilidade danada. Quando fiz meu pedido pro Papai do Céu pedi alguém que não adorasse música baiana, ou fosse fã de rap ou ainda que participasse de todos os shows de música eletrônica. Volto a falar: não acredito em relacionamentos em que um ama e o outro odeia. Em que os gostos são tão divergentes que os quartos têm que ser separados porque ele não dorme sem a luz acesa e sem ouvir o som da TV e ela não dorme se não for em profundo breu e silêncio. Complicado administrar isso. Apesar de que deve ter gente que consegue e eu tiro meu chapéu e dou meus parabéns. Eu acho muito cansativo. Prefiro a minha harmonia atual. Prefiro a sincronicidade de semelhanças.
Claro que nenhum casal é assim a cópia escrita e falada do outro, mas tem diferenças que são administráveis, fáceis de conviver, que tem até certa graça.
Nossa eu comecei falando de música e acabei em “semelhanças e diferenças de um casal”. Estão vendo, ainda estou viajando, ou seria “já” estou?!
De qualquer forma o que vim escrever é que a música mexe comigo, me leva pra vários lugares, me faz reviver sentimentos e momentos e tendo alguém ao lado que gosta do mesmo som e que ainda de lambuja ainda vai entender os meus momentos “flash back” é tudo de bom!
Beijo grande!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Direcionar energia...


Direcionamento. Colocar as rédeas na mão e direcionar os desejos. Foi isso que me “falou” uma sábia carta de tarô ontem, e foi o suficiente pra eu me pegar pensando desde então. Poderoso isso não?! Ter energia pra se fazer o que se quer. Mas, ao mesmo tempo em que é poderoso, pra mim é temeroso também. Claro que sei dos meus desejos e anseios, mas digamos que alguns deles estão assim meio que nebulosos, ruins de enxergar com a devida clareza, e eu quero dar o direcionamento certo pro que eu realmente quero. Vai que eu dou energia pra alguma coisa não tão desejada assim?! (risos)
Tenho pensado nisso, nesse poder que mora dentro da gente, desse potencial de energia que temos pra fazer tudo, ou nada. Está lá, pronto pra ser usado, mas muitas vezes por preguiça, descrença, medo ou mesmo falta de coragem não usamos. Talvez seja essa a grande diferença entre ter um grande sonho e realizá-lo. Grandes sonhos todos temos, mas dá uma preguiça de colocar a “mão na massa”, e daí passamos a vida admirando a vida e os sonhos realizados de outras pessoas. Pessoas que desejaram ser um “Amir Klink”, mas nossa, dá muito trabalho, isso de viver no mar; outras já quiseram passar a vida cantando, mas quem compraria um cd meu?! ; e por aí vai... grande diferença entre sonhar e desejar verdadeiramente. Dá trabalho, claro! Se corre riscos, calculados e outros nem pensados, mas vai dizer que olhar pra trás e ver que deu certo, que valeu cada minuto, que a realização é tão extraordinária que você passaria por tudo novamente, vai dizer que não é bom?! Que não é gratificante! Na verdade a força está lá, dentro de nós e sendo assim tudo é possível, basta acreditar e desejar de verdade!
Não estou escrevendo pra vocês hoje, este texto é mais pra mim mesmo (risos). Pra que eu interiorize que basta desejar e direcionar a minha energia no que eu quero verdadeiramente que o resto o Universo organiza. Pois bem, D. Aline, o que você quer pra você?! Quais são os seus desejos?! Aqueles nebulosos, quais são?! E os seus, quais são?!
Grande beijo!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Chique...

Adorei!! E estou dividindo com vocês.
Beijo grande!


"CHIC por GLÓRIA KALIL


Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão a venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closets recheados de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro importado.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção a sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra, ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!
Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem. Lembre-se que o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz. "

















quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Lugar de repouso...


Você já deve ter sentido isso; em plena tarde de quarta-feira você se sente deslocada, aflita, perdida e basta uma ligação, ouvir a voz de quem se ama e a terra parece que volta pra debaixo dos seus pés novamente. Como é bom ter alguém com quem contar, não?! Alguém pra ligar no meio da tarde, alguém pra encostar o corpo no meio da noite, alguém que te escuta e te que te entende até quando você está na maior crise de TPM, alguém que sabe te dar colo quando você mais parece uma criança do que um adulto, alguém com quem dividir o cotidiano.
Cotidiano. Palavra que gera a grande maioria das reclamações. Concordo que deixar a relação no automático e perder totalmente o romantismo realmente não é lá muito gostoso. Mas, eu particularmente não acredito naquela frase que diz que “ninguém é lugar de repouso”, me dá aflição só de imaginar que eu não vou poder “repousar” sobre o amor “conquistado”. Claro que o amor requer cuidados, mas ter que viver de truquezinhos e joguinhos pra manter uma relação viva me cansa só de imaginar, imagina viver! Inclusive acho que na vida real não funciona muito.
Gosto da idéia da harmonia, da tranqüilidade, da sintonia, de se entender com o olhar, de gostar das mesmas coisas, de adquirir as mesmas manias, de se conhecer de trás pra frente, de ter os mesmos sonhos, desejos, ânsias.
Acho divertida a fase da paixão, mas ainda prefiro a calmaria do amor. Gosto da fase pós “frio na barriga”, pós desconhecido, pós estranhamento, pós sentimentos nervosos.
Alguém como “lugar de repouso”, alguém que seja o sinônimo de paz, segurança e cumplicidade. Gosto bastante disso!
Beijo grande.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Amigos de "vinte e poucos anos"...



Tem tempo que não sento pra escrever e hoje surgiu uma chance, uma vontade de dividir um momento que apesar de já ter ocorrido há alguns dias, não me sai da cabeça. Então vamos lá!
Em um sábado destes fui a uma festa de cinqüenta anos de um amigo do meu namorado, dos tempos de faculdade. Lá chegando, a festa que eu imaginei grande, era maior! Festa de quem está feliz, de quem realmente quer comemorar a vida, de quem quer compartilhar meio século de vida com muita alegria!
Logo que entramos nos vimos cercados pelo radiante aniversariante e logo um outro amigo, tão radiante quanto, chegou e segurando o braço do meu namorado falou:
Você precisa ver quem está aqui! Vem cá, vem cá!! (Sabe criança aflita pra mostrar um brinquedo?! Assim parecia aquele homem, que de adulto naquele momento não tinha muito! risos). E logo após estávamos em uma mesa cercados de grandes amigos de faculdade. Uns até se vêem com certa freqüência, mas a grande maioria não se via desde os tempos da formatura.
O desenrolar da noite eu vou tentar traduzir aqui pra vocês e quando digo “tentar” e porque posso deixar passar algo ou não dar o devido destaque pra esse momento que eu particularmente achei incrível.
Incrível porque eram amigos de longa data se reencontrando. E isso sempre é lindo!
Ver aqueles amigos se chamando pelos antigos apelidos, relembrando momentos, o que cada um fazia, dizia, o que curtiam, o que pensavam, as aventuras e desventuras que viveram. Aventuras que naquela época pareciam tão assustadoras e que hoje fazem rir. Amigos que naquela noite voltaram a ser jovens “com um futuro promissor”. Amigos que se abraçaram, riram, choraram, se emocionaram. Amigos que naquele momento voltaram a ter “vinte e poucos anos”.
Pensem, que coisa linda que aquele aniversariante conseguiu realizar naquela noite; reunir em uma festa; família, pessoas queridas e amigos de uma deliciosa época que é a faculdade. Amigos que dividiram juntos a adolescência, os sonhos, as farras, as paixões, os apelidos, as desventuras, as músicas, as dores de cotovelo, as provas, as “colas”, os primeiros “bicos”, os medos do futuro, as inseguranças, enfim, amigos que dividiram essa parte da vida que sempre é recheada de bons e novos momentos. Momentos que pra aquele grupo ali está guardado a sete chaves em um lugar muito, muito especial.
Não bastasse o reencontro, o aniversariante ainda “regou” à noite com o som de uma bela guitarra que tocava as músicas que embalaram os sonhos daquele grupo. E assim aqueles amigos de longa data puderam sentir, ouvir e reviver um pouco de uma época que tem muitas histórias e lembranças marcantes.Lembranças que servirão de exemplo pros seus filhos, netos e que sempre trarão aquele “ar de juventude docemente irresponsável” .
Torço pra que estes reencontros ocorram sempre e que aqueles amigos sempre tenham um ao outro nos momentos em que a vida aparecer com uma nova “prova” pra resolver. Porque o que pareceu pra mim e que naquela época as dificuldades eram vencidas por um grupo que de um jeito ou de outro sempre achava um jeitinho de apoiar uns aos outros.
Obrigada amor, por ser espectadora de tal momento. E a vocês aqui por poder dividir. Adorei!
Grande beijo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Saudade...


"DEFINIÇÃO DE SAUDADE


Artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.
Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
— Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Indaguei:
— E o que morte representa para você, minha querida?
— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)
— É isso mesmo.
— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.
— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
— E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.
Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno."

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Boa sorte...

 

"BOA SORTE ao eleito.
Se for aquele em quem votei, ótimo; se não for, boa sorte assim mesmo, e que Deus proteja o Brasil - e nos proteja.
Hoje à noite, na hora em que Lula puser a cabeça no travesseiro, vai cair a ficha: agora é só uma questão de tempo, e pouco tempo.
Ele se acostumou com o sucesso e a popularidade, mas vai ter também que se acostumar a não ser mais presidente da República, só que não vai ser assim tão fácil. Para isso é preciso ter sabedoria e equilíbrio, qualidades que definitivamente o presidente não tem.
Lula sonhou alto; pretendia ser secretário-geral da ONU, pretendia que o Brasil fizesse parte do Conselho de Segurança, pretendia ganhar o Nobel da Paz, quis resolver o confronto no Oriente Médio, foi chamado por Obama de "o cara"; começou a se achar dono do mundo, meteu os pés pelas mãos e conseguiu, na hora de sair, ficar mal na foto. Bem mal.
Qualquer que seja o resultado de hoje, temos boas razões para comemorar. Não vamos mais ver na TV Lula andando com o microfone na mão, como se estivesse num auditório, dizendo "nunca antes nesse país", comparando tudo que acontece a um jogo de futebol, sem um pingo de graça.
Não vamos mais ver Marisa Letícia vestida de verde e amarelo nas comemorações da Independência ou de vermelho em carreata eleitoral, saudando o povo com os braços para o alto, como se fosse uma miss; sua voz, ninguém jamais ouviu, e seu único ato foi fazer um canteiro com uma estrela vermelha no jardim do Palácio da Alvorada. Que foi retirada, por sinal.
O Brasil, que já tinha ficado bem mal educado nos tempos de Collor, ficou ainda menos educado depois dos oito anos de Lula. A falta de cerimônia, os péssimos modos, a maneira de se dirigir a seus adversários, o pouco caso com que atropelou as leis eleitorais; dizer inverdades, agindo como se os fins justificassem quaisquer meios, e que a impunidade é lei. Tudo foi um péssimo exemplo.
Quando um novo presidente é eleito, tudo muda - para melhor ou para pior. Penso em Cristina Kirchner, que deve estar passando por maus momentos, em todos os sentidos. Como fará para governar o país, sem seu marido ao lado para encarar os problemas, maiores ou menores?
É o perigo de ser eleito/a um candidato/a que precisa de quem o dirija na hora do aperto, para que o país não fique à deriva. Já pensaram se a mulher de Joaquim Roriz vence a eleição no Distrito Federal e seu marido morre? Antes de votar, há que se pensar em tudo, até no que parece impossível poder acontecer. E se acontecer?
Lula deve estar cansado, merece umas férias, e será recebido com festa na Venezuela, em Cuba e também no Irã."

Danuza Leão.