sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Recesso de fim de ano...




Queridos amigos,
Sei que ando sumida, mas como todos ando na correria com as “mil e uma coisas” que temos pra fazer quando dezembro chega.
Estamos indo fazer uma viagem de carro ao Sul que começa amanhã, portanto mais correria ainda. Gostaria de me despedir deixando o meu imenso agradecimento por poder dividir com vocês meus pensamentos e sentimentos.
Desejo a todos um excelente Natal e um começo de ano com muita festa, amor, saúde, amigos, família e prosperidade.
Pros que também vão viajar, um divertido passeio. Que possamos voltar pra rotina em 2011 cheios de energia pra mais um ano.
E que venha 2011!!!
Deixo um texto que recebi pra fechar o blog de 2010.
Um grande beijo e até a volta!

"Família é prato difícil de preparar
(de "O Arroz de Palma", de Francisco Azevedo)


Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes.
Reunir todos é um problema, principalmente no Natal e no Ano Novo.
Pouco importa a qualidade da panela, fazer uma família exige coragem, devoção e paciência.
Não é para qualquer um.
Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes dá até vontade de desistir.
Preferimos o desconforto do estômago vazio.
Vêm a preguiça, a conhecida falta de imaginação sobre o que se vai comer e aquele fastio.
Mas a vida, (azeitona verde no palito) sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. 
O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares.
Súbito, feito milagre, a família está servida.
Fulana sai a mais inteligente de todas.
Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade.
Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo.
Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante.
Aquele o que surpreendeu e foi morar longe.
Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente.
E você? É, você mesmo, que me lê os pensamentos e veio aqui me fazer companhia.
Como saiu no álbum de retratos?
O mais prático e objetivo?
A mais sentimental? A mais prestativa?
O que nunca quis nada com o trabalho?
Seja quem for, não fique aí reclamando do gênero e do grau comparativo. Reúna essas tantas afinidades e
antipatias que fazem parte da sua vida.
Não há pressa. Eu espero. Já estão aí? Todas? Ótimo.
Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados.
Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola.
Não se envergonhe de chorar.
Família é prato que emociona.
E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza.
Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco.
Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa.
Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e pronto, é um verdadeiro desastre.
Família é prato extremamente sensível.
Tudo em de ser muito bem pesado, muito bem medido.
Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional.
Principalmente na hora que se decide meter a colher.
Saber meter a colher é verdadeira arte.
Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada.
O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família
perfeita. Bobagem. Tudo ilusão.
Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini; Família à Belle Meunière; Família ao Molho Pardo, em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria.
Família é afinidade, é ? à Moda da Casa?
E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito.
Há famílias doces. Outras, meio amargas.
Outras apimentadíssimas. 
Há também as que não têm gosto de nada, seriam assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha.
Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo.
Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.
Enfim, receita de família não se copia, se inventa.
A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia.
A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel.
Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu.
O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior
que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer.
Se puder saborear, saboreie.
Não ligue para etiquetas.
Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.
Aproveite ao máximo.
Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete."









terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Carta ao Bom velhinho...


Não tem como negar!! Pra onde quer que se olhe, pra onde quer que se vá o espírito do Natal nos rodeia. Eu particularmente adoro essa época do ano. Eu realmente acredito que o “bom velhinho” que mora lá dentro de cada um de nós sai de “casa” e dá um ar de amor, união, celebração, gratidão e harmonia aos lugares e principalmente ao coração das pessoas.
Pois bem, falando em bom velhinho essa é a época de escrever uma carta pra esse senhor que mora lá longe ou beem perto (dentro de nós). E como eu acredito em Papai Noel ai vai a minha.

Querido Papai Noel,
Mais um ano chega ao fim, achei meio rápido desta vez, será que a velocidade mudou mesmo ou sou eu que ando perdendo alguma coisa? Ou será que sou eu que ando enchendo demais os meus dias e perdendo o pôr-do-sol, o amanhecer, a lua e essas coisas lindas que o senhor nos manda de presente o ano todinho?! Apesar de não ter perdido tudo prometo que ano que vem eu quero curtir mais esses “presentes” diários.
Bem, esse ano Papai Noel acho que a minha carta vai ser maior que há dos outros anos, e porque eu tenho muito mais coisas pra agradecer! Mas, muiiitas mesmo. E se mesmo assim eu esquecer de alguma já queria deixar agradecido aqui. Obrigada!
Ano passado eu pedi saúde pra mim, pro meu filho, pros meus amigos e parentes e o senhor não esqueceu de ninguém. Todos nós tivemos um ano tranquilo, somente aquelas coisinhas que na verdade são nada mais nada menos que nosso corpo falando com a gente mesmo, ou aquelas experiências imprescindíveis. Obrigada.
Ano passado eu pedi um amor. E o senhor foi pra lá de generoso!! Me mandou não um amor, mas a melhor definição do que é amar e ser amada. A melhor definição do que é o amor! Eu que sempre andei buscando em livros, experiências e em conversas o que era esse sentimento maravilhoso, pude defini-lo da melhor maneira. Amando um homem que é puro amor. Obrigada.
Ano passado eu pedi pra ser um ser humano a cada dia melhor. Que crescesse com as experiências vividas, que aprendesse com o olhar do outro, que sentisse a vida e seus acontecimentos de uma forma sensível e plena. Bem, com relação a isso não sei se eu tirei nota 10, mas posso lhe assegurar que eu tentei e que vou todos os dias desse final de ano e de todos os outros continuar tentando.
Ano passado eu pedi pra ser uma mãe melhor, menos estressada, mais amorosa, mais paciente, mais compreensiva. Nisso eu vou “copiar e colar” o trecho do parágrafo anterior (risos).
No ano passado eu pedi pra ser uma amiga melhor, uma filha melhor, um ser humano melhor. Que eu conseguisse cuidar com carinho de quem já estava na minha vida e que eu recebesse com o coração aberto quem fosse entrar. Olha papai Noel pode até ser que eles tenham alguma reclamação, eu sei que tem, mas eu queria pedir que eles me entendessem. Prometo melhorar sempre!!
Tem muitas coisas que eu não pedi e que ganhei de presente e que gostaria de agradecer também. Eu ganhei amigos e parentes novos, que me receberam com todo carinho do mundo (sei que o senhor tem uma mãozinha nisso), fiz a mudança da minha casa com um super “apoio” ao meu lado (amor eu nunca vou esquecer da despedida da casa. De dar a última volta na casa com uma música linda tocando beem alto no som do rádio e tendo você me dizendo que aquela era só mais uma etapa e que tudo daria certo), de ter encontrado de primeira o apartamento perfeito pra morar, de ter as pessoas que amo sempre ao meu lado, dos jantares deliciosos com meus amigos, das deliciosas risadas que dei, de ver meu filho se adaptando perfeitamente na nova vida que incluía “namorado da minha mãe”, mudança minha e do pai dele, e todas as outras que isso acarreta, pelos meus “leitores e amigos” que toleram com carinho as minhas bobagens aqui divididas.
Gostaria de agradecer ainda por mais um ano! Pela mesa sempre farta, pelos meus momentinhos “Marisa”, por ter a sua presença de uma forma tão viva na minha vida.
Pedidos?! Que o Universo continue conspirando ao meu favor! Porque sendo assim todo o resto é possível.
Obrigada por tudo!

Um Feliz Natal a todos e um Ano Novo repleto de muita felicidade.
Grande beijo!
Aline.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Meditação...


Como pra mim funciona maravilhosamente bem resolvi dividir com vocês.
Beijo grande e boa semana.

"Meditação para momentos de ansiedade


Exercício para apagar a angústia e se concentrar nas tarefas atuais.

A ansiedade é um mal da nossa sociedade moderna. Tentamos viver no futuro todo o tempo, sem conseguir. Queremos planejar, arquitetar, adivinhar e determinar um futuro que é incontrolável. Sabemos disso, mas mesmo assim tentamos estar no comando de tudo e todos, nos grandes e nos pequenos detalhes. Não percebemos nem as outras oportunidades que se apresentam, por pura rigidez.
A palavra ansiedade tem origem do termo grego anshein, que significa “estrangular, sufocar, oprimir”. Se tem esse significado, como manter esse comportamento pode ser bom para nós?
Reveja seus pensamentos, ações e reclamações. Estão todos ou quase todos ligados ao futuro ou ao passado, certo? A agitação de nossos afazeres nos deixa muito ligados aos resultados. Principalmente quando se trata de trabalho. Pois bem, e se eu te disser que isso é uma cilada produzida pela sua mente desgovernada? Seu ego pode até argumentar por horas discordando sobre este assunto, mas desta forma não se tem equilíbrio nunca. Essa é a verdade.
Você deve estar pensando que é tudo muito estressante. A qualquer momento alguém pode passar a sua frente ou você pode errar feio e perder o emprego. É exatamente aí que entra o que eu gostaria que você compreendesse.
Atendo muitas pessoas que mesmo dispostas a mudar o padrão de comportamento, ainda se debatem com egos tirânicos, egos coitadinhos, egos dependentes e por aí vai uma enormidade de resistências. Não é fácil, mas é absolutamente possível e agradável. Não adianta nada tentar controlar mentalmente a impermanência. A realidade é que, a única coisa que existe, é o presente momento. Fora dele tudo é imaginação. E é neste momento que você deve permanecer para ter resultados reais e bons. Se estiver no agora terá condição de perceber o que deve ser feito ou dito – sem o estresse.
Por que razão passamos boa parte de nossa vida perdendo tempo tentando estar em outro momento que não é atual? Imaginamos como vai ser, como queremos que seja, o que o outro vai pensar... puro jogo de adivinhação. Tentar viver no futuro é a maneira segura que nosso inconsciente achou para se manter no controle. Quanto mais queremos manipular o desconhecido, mais ansiosos ficamos. Nos manter em padrões pré-determinados e antigos nos dá uma falsa segurança.
Você se considera uma pessoa ansiosa? Se a resposta é sim, experimente mudar isso. Eu proponho um exercício bem fácil, mas que deve ser feito algumas vezes todos os dias, por pelo menos 21 dias consecutivos. Você topa?
Vamos lá:
Pare tudo e perceba como seu corpo está. O que você está olhando? Estenda seu olhar a todo o ambiente. Após ver realmente tudo sem se deter em nada, permita-se ouvir os sons a sua volta.
Mantenha-se com apenas estas tarefas durante um minuto. Como foi manter-se no agora? Pode ser difícil no início, mas vale muito se aprimorar. Nossa mente tem o “hábito” de não estar focada no momento exato em que estamos vivendo. Não se esqueça que hábito se adquire.
Perdemos energia e tranquilidade, julgando tudo ao redor. Até os objetos nós julgamos no momento em que os reconhecemos em situações do passado. Observe seus pensamentos e compreenda como funciona nosso exercício. Ganhamos muito tempo se nos concentramos apenas numa única tarefa, mesmo se esta for não fazer nada (meditação). Então, se estiver sempre focado em suas tarefas no agora, terá a oportunidade de experimentar um sentimento de segurança, de paz interior e de satisfação. Toda a ansiedade irá com o tempo se desfazer completamente.
Minha proposta é que durante no mínimo 21 dias você tente criar o hábito de se manter o maior tempo possível vivenciando o presente momento. Depois que virar um hábito será mais fácil. Invista nesse exercício e lembre-se: estar presente é sempre um presente.
Pode acreditar!"

Regina Restelli