segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Meu pequeno libriano...


Hoje ao ajudar o Gu em sua tarefa fiquei surpresa com meu librianozinho.
A tarefa era sobre qualidades que ele achava que ajudariam a fazer um mundo melhor. E lá foi ele: Paz, amor, amizade, educação e... mama como se escreve delicadeza?! Porque delicadeza é muito importante pra um mundo ser melhor!
Perguntei a ele se ele sabia o que era delicadeza e a resposta foi: é quando a gente é elegante com o outro.
Isso filho!
Entendam que “elegante” pra ele é algo como ser educado, gentil ou como ele mesmo diz, legal.
Amei aquilo!! Amei aquele pensamento!
Concordo com esse menininho de oito anos. Delicadeza é realmente um diferencial nos dias de hoje. Como seria bom viver em um mundo em que a delicadeza não fosse somente parte de tarefas de casa e sim qualidades vividas e sentidas diariamente. Coisas bobas, mas que fazem uma diferença imensa. Coisas bobas como um “bom dia” sorridente dado a uma caixa de supermercado, de não ter um julgamento sobre atitudes alheias, de cuidar do lugar aonde se vive, de não descontar no outro as mazelas do dia-a-dia.
Delicadezas que fazem a gente segurar a porta do elevador pro outro que esta chegando, a delicadeza de prestar atenção ao outro quando ele está falando. A delicadeza de um telefonema pra saber como um amigo distante está. A simples delicadeza de um simples sorriso, de um abraço carinhoso, de ser atencioso, de reparar em um amanhecer, em um desabrochar de flor, da ingenuidade de uma criança.
Coisas tão bobas, tão simples, tão sutis mais tão delicadas. Atitudes que até podem não mudar o mundo, mas se já mudar o mundinho ao nosso redor já é um bom começo.
Adorei meu pequeno libriano.
Beijo grande.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sobre o novo signo...


SOBRE O BOATO DO NOVO SIGNO DO ZODÍACO



Imprensa e pseudo-produção científica: fétidos tons marrons

Autor: Carlos Hollanda (Astrólogo)

"Nesta última semana, seis pessoas me enviaram e-mails perguntando sobre a mais nova notícia sensacionalista - e acrescento: falsa - que vem correndo na mídia sobre a suposta "descoberta" de um novo signo, entre Escorpião e Sagitário. Como essas seis, várias outras pessoas podem estar com a mesma dúvida e assim como respondi às primeiras com algumas explicações com base histórica, aqui faço o mesmo com o acréscimo de outros dados. Infelizmente isso que podemos tranquilamente chamar de boataria e sensacionalismo barato nos dá um certo trabalho de esclarecimento. É uma perda de tempo por um lado, rebatendo inverdades a respeito da prática e das concepções astrológicas, mas por outro é uma oportunidade de ressurgirmos no mainstream das mídias. O grande problema aqui é que esse esclarecimento já havia sido feito há mais de 15 anos, como veremos adiante, sobre A MESMA QUESTÃO. Repetir a dose dessas informações sem qualquer fundamento é um verdadeiro deboche para com o público telespectador e leitor.
Prezados, essa história do décimo terceiro signo, creiam, é mais velha que a bisavó do Ptolomeu. Inventaram agora que um astrônomo estadunidense, Parke Kunkle,"descobriu recentemente" o Esculápio ou Ophiuco (Serpentário), que é uma constelação cuja extensão ocorre bem próxima da eclítica, o caminho aparente do Sol, que corresponde à faixa do Zodíaco. Acontece que Kunkle não pode ter descoberto isso agora porque isso já se sabe há muito tempo. Já afirmei acima: essa falsa polêmica há mais ou menos uns 15 ou 16 anos já tinha sido propagada em jornais, revistas e TV's. Aqui no Brasil, entre outros programas, a questão fora vista até mesmo numa audiência como a do Fantástico ou do Globo Repórter.
Uma baboseira que não considera que o zodíaco utilizado pelos astrólogos ocidentais é o zodíaco tropical, o que é concebido segundo as estações do ano em conformidade com o hemisfério norte, onde esse simbolismo se originou. O zodíaco tropical difere grandemente do zodíaco sideral, o das constelações, sendo que um e outro só coincidiram em parte cerca de dois mil anos antes da era comum e mesmo assim, como disse, não totalmente: o tamanho das constelações e dos signos nunca foram os mesmos, nunca houve uma equiparação total entre uma coisa e outra desde as primeiras concepções do zodíaco astrológico, excetuando-se os nomes das constelações que entre outros atributos, tinham algumas estrelas que serviam de referência para a mudança das estações e seu decorrer.
O zodíaco tropical é construído matemática e arbitrariamente de forma a ajustar-se a calendários como os caldaicos, sumerianos e egípcios, com seus 360 dias e 5 dias que miticamente se atribuíam ao influxo dos deuses no mundo criado (veja bibliografia ao final). Esses 360 dias são divididos por 12 em função de alguns princípios fundamentais, entre eles:
a) o ingresso de uma estação do ano, seu ponto culminante e sua transição para a estação seguinte, o que caracteriza uma divisão da estação em três períodos. São 4 estações, cada uma possuindo 3 períodos de um mês, resultando em 12 períodos de tempo divididos igualmente. A origem dessa divisão equânime obedece a uma concepção de universo e meio ambiente que parte dos sumerianos e de outros povos a eles próximos no tempo, cujas sociedades desenvolveram-se até atingir as chamadas "cidades-estado-hieráticas". Estas sociedades não apenas herdaram do paleo e do neolítico muitas práticas de sobrevivência e convivência, como sistematizaram e deram complexidade às concepções do sagrado. Assim, o universo é concebido por esses povos como uma espécie de manifestação da ordem divina sobre o caos, um elemento de inteligibilidade que permite, isomorficamente (por analogia), organizar a vida concreta abaixo do céu.
b) o próprio processo de formação desse zodíaco das estações do ano, que entre os sumérios obedece ao sistema sexagesimal por eles desenvolvido para calcular a passagem do tempo e, de certa forma, comungar com os deuses naquele período das primeiras produções escritas em cuneiforme. O dia de 24 horas é um múltiplo de 6 (6 X 4), enquanto a hora, com 60 minutos e tudo o que dali decorre pertence a essa concepção. A divisão por 12 do zodíaco provém dali, com seis eixos interdependentes marcados pelos signos e suas polaridades. Os gregos sistematizaram ainda mais o sistema de divisão do céu cujos princípios herdaram daquelas primeiras visões. Nota-se claramente uma contribuição do pensamento pitagórico na geometria e na divisão exata de 30 graus para cada signo, encaixando-os numa perfeita circunferência, que no final é uma forma de representação do infinito e de muitas considerações acerca de uma consciência divina.
Desse modo, a inclusão de um novo signo não possui a menor pertinência para esse modelo, que perderia todo e qualquer sentido na relação do ser humano e seu ambiente com o universo percebido. Mas é precisamente isso o que tal tipo de falsa descoberta quer incutir na mentalidade do leitor. Ora, a constelação do Esculápio, também conhecida como Ophiuco (o serpentário), já era conhecida dos astrólogos-astrônomos há milênios. Claudio Ptolomeu, que viveu no século II da era comum, e cujas obras, como o Tetrabiblos e o Almagesto, nortearam a astronomia até Copérnico, obviamente conhecia essa constelação, tanto que a incluiu, e às estrelas que a formam, em suas obras. Entretanto ele mantém a divisão hierática do céu zodiacal, mantendo Ophiuco junto às constelações não-zodiacais, até porque de fato apesar da proximidade e de uma parcela dessa constelação chegar a tocar a eclítica, grande parte dela está fora do "caminho do sol".
Sendo assim, as reportagens e o astrônomo que diz ter "descoberto" essa suposta "falha" no sistema astrológico estão completamente equivocados quanto ao próprio sistema astrológico e seu processo formador, sua lógica interna, sua linguagem, entre tantas outras características próprias da astrologia. Ao se tomarem por precisos e rigorosos com o modelo científico, estão, ao contrário, sendo totalmente a-científicos ao julgarem de antemão um tema que parecem desconhecer por completo.
Enfim, é como um geógrafo dizer para um médico que se ele não usar os conceitos geográficos sobre clima para curar um paciente epilético, jamais terá sucesso. Em outras palavras, não tem nada a ver.
Alguns astrônomos (não todos) parecem também querer assumir uma postura de deuses com tudo isso. Suas palavras seriam leis no sentido cósmico, que alteram processos conhecidos e fazem "deixar de funcionar" aquilo que decretam. Dúvidas muito semelhantes foram difundidas com a alteração da classificação de Plutão. Teve gente que achava que tinha que retirar tudo o que fora dito pelo astrólogo a respeito de Plutão porque os astrônomos decidiram que ele não era mais planeta. Com a retomada dessa velha e, repito, falsa polêmica, é mais ou menos a mesma coisa: os sujeitos só querem desacreditar astrólogos e tudo o mais, confundindo as estações. Nossa... que poder divino tem esse astrônomo...! Se for assim mesmo ele deveria candidatar-se a fundar uma nova religião, já que deve ser Deus ou algo parecido...
Em tempo, hoje também li, no blog "Devir" [interessante ler em http://devir.wordpress.com/2011/01/22/a-guerra-nas-entrelinhas/, Geci], do astrólogo Alexey Dodsworth, uma indignação semelhante, talvez ainda pior, já que seu esclarecimento feito para a revista "Veja" foi podado de modo gritante. Dodsworth postou uma mensagem a respeito, apresentando, inclusive, a imagem da capa da "Revista da Folha", do jornal "Folha de São Paulo", de 16 anos atrás, com – pasmem - a mesma manchete! Como disse antes: como fedem os tons amarronzados do sensacionalismo!"







segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Estou de volta!



Sim, eu já voltei de férias. Devo ter chegado há umas duas semanas, mas o corre-corre não me permitiu esse momentinho de prazer que é de dividir meus pensamentos com vocês.
A viagem foi deliciosa! Fomos de carro pro Sul do País eu e meu amor. As nossas famílias são de lá e então além do delicioso passeio aproveitamos pra sermos apresentados as devidas famílias Eu a dele e ele a minha, e tudo correu da melhor maneira possível. Passamos ambos nos testes (risos). Ufa!! Ainda teve passeios, diversão, comidinhas deliciosas, comprinhas e risos, muito riso. Posso dizer que a nossa primeira viagem feita de carro foi um sucesso! 10 com louvor!
Depois da chegada teve a correria de sempre. Férias é bom, voltar pra casa também, mas ambos cansam! Dois dias depois que a gente chega já fica cansada de tanta coisa pra resolver. Mas, pra mim que adoro uma rotina está ótimo!
Esse ano me prometi tenho muitas metas a cumprir, portanto não sei se terei meu tempinho aqui todos os dias, mas tentarei me dar esse prazer todos os dias. Caso não consiga, vão desculpando ai. Já que vou encher vocês com minhas bobagens que sejam bobagens escritas com o devido tempo e capricho (risos).
E pra retornar, vou colocar um vídeo que recebi do meu amor e amei!
Um beijo grande! Estava com saudades!!

"O filme Amargo Pesadelo estava sendo rodado, no interior dos Estados Unidos.
O diretor fez a locação de um posto de gasolina, nos confins do mundo, onde aconteceria uma cena entre vários atores, contracenando com o proprietário do posto, onde ele também morava com sua mulher e filho. Este último autista e nunca saía do terreno da casa.
A equipe parou no posto de gasolina, para abastecer e aconteceu a cena mais marcante, que o diretor teve a felicidade de encaixar no filme.
Num dos cortes, para refazer a cena do abastecimento, um dos atores, que sendo músico sempre andava acompanhado do seu instrumento de cordas, aproveitando o intervalo da gravação, e já tendo percebido a presença de um garoto, que dedilhava um banjo na varanda da casa, aproximou-se e começou a repetir a sequência musical do garoto.
Como houve uma 'resposta musical", por parte do garoto, o diretor captou a importância da cena e mandou filmar. O restante vocês verão no vídeo.
Atentem para alguns detalhes:
- O garoto é verdadeiramente um autista;
- ele não estava nos planos do filme;
- A alegria do pai, curtindo o duelo dos banjos... dançando
- A felicidade da mãe, captada numa janela da casa;
- A reação, autêntica de um autista, quando o ator músico quer cumprimentá-lo.
Valem a pena o duelo, a beleza do momento e, mais que tudo, a alegria do garoto.
A sua expressão, no início, está distante mas, à medida que toca o seu banjo, ele cresce com a música, e vai se deixando levar por ela, até transformar a sua expressão num sorriso contagiante, transmitindo a todos a sua alegria.
A alegria de um autista, que é resgatada, por alguns momentos, graças a um violão forasteiro.
O garoto brilha, cresce e exibe o sorriso, preso nas dobras da sua deficiência, que a magia da música traz à superfície.
Depois, ele volta para dentro de si novamente, deixando a sua parcela de real Beleza eternizada "por acaso" no filme "Amargo Pesadelo" (Ano 1972). "
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"Não faças da tua vida um rascunho.
Poderás não ter tempo de passa-la a limpo"
Mário Quintana