quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dias de friozinho...


Adoro esses dias frios! Como por aqui são coisa rara e talvez ainda mais por isso, sejam, por mim, deliciosamente curtidos.
Adoro o “cheiro” do frio, as comidas, as roupas, o sono e a disposição que sinto muito mais no frio do que no calor de 34º!
O calor tem o poder de me consumir. Consome minha energia, minha fome, meu vigor e muitas vezes até meu humor! Claro que estou falando de calor intenso, daqueles que não adianta tomar banho por que não passa. Gosto de dias de sol azul e fofas nuvens brancas no céu, mas olha, se eu puder juntar esse céu com uma temperatura na volta dos 15º eu me sinto imensamente feliz! Não! Não sou infeliz no verão! Todas as estações têm a sua beleza, mas como tudo na vida, temos nossas preferências e eu prefiro que o termômetro esteja abaixo dos 20º. Ah! E se puder ter ainda uns dias de céu nublado, daqueles quase pretos, assumo! Eu adoro!! Adoro olhar o céu e ver lá longe nuvens carregadinhas e poder ficar ali vendo a chuva chegar, sem pedir permissão, simplesmente invadindo o céu, dando seu tom e encharcando a terra de água e o ar de “perfume”. Cada gosto, não é?! (risos). Minha avó iria dizer que é “céu de bruxa” e como uma que às vezes sou não nego a raça!
Sou verão também! Lindos dias de calor, céu e sol! Bebidas geladas, praia, mar, sucos saladas, roupas coloridas e um ar de felicidade em todos. Para mim é a estação das férias, mesmo pra quem trabalha. Impossível não entrar no clima, mesmo dento do escritório de paletó e gravata (coitados). Imagina morar e trabalhar no Nordeste em pleno janeiro?! Punição na certa.
Aqui no centro-oeste não temos as quatro estações e eu e todo meu ser sentimos uma imensa falta da chuva e do frio nessa época de calor e seca. Gosto de ver e sentir as estações quando elas são definidas, curtir cada uma com todas as suas particularidades, cheiros e sabores. Guardar e tirar as roupas apropriadas, comer o que a estação fornece, admirar a natureza e se preparar para a próxima que virá. Aqui na seca sinto-me como um maracujá largado há duas semanas na fruteira, bem enrrugadinho... Como se a seca tirasse de mim toda a água e a vitalidade. Eu sou daquelas que conta os dias no calendário pra chuva chegar e que em dias como hoje - com seca, mas que o calor deu uma trégua – fica feliz como “pinto no lixo”.
E pelas minhas contas a chuva somente dará o ar de sua graça em meados de setembro. Fazer o que né? Até lá vamos curtindo e admirando a beleza do centro-oeste que conta com o colorido dos Ipês para amenizar o clima.

Um grande beijo!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Processo de mudança....

E já começou o processo de mudança!
Já?! Sim, já! Separar as coisas da Ricorderia que seguem para a dona mor agora (finalizamos a sociedade, já que ela levava sozinha a empresa a um bom tempo, nada mais justo. Uma empresa tão querida assim tem que ter uma dona a altura!), dar livros que não vou mais usar e assim ir fazendo com cd’s, roupas e sapatos, louças e tudo mais que tem nesse meu cantinho.
Comecei meses antes para que tudo pudesse ser feito de forma calma, tranquila e carinhosa. Acho que na correria acaba passando muita coisa e como toda nova etapa requer estou dando o tempo e o cuidado que essa merece. Afinal uma nova vida começa ano que vem! Uma vida que será compartilhada em outra cidade, outro apartamento, outros ares, outras cores e sabores. Novos sonhos também já estão em andamento e por tudo isso que resolvi andar mais devagar para ir saboreando cada momento destes novos movimentos.
Movimentos que não envolvem somente a mim, mais o Gu e o meu amor. Movimento que mudará nossas rotinas e o nosso modo de viver. E cada um de nos está a sua maneira se organizando para que essa nova etapa comece de forma leve e tranquilamente.
No que cabe a mim, estou aqui, cuidadosamente, separando o que vai e o que fica e com quem fica, colocando a minha energia em ambas as coisas e desejando que o universo continue “com o vento” ao meu favor, ou melhor, a favor de todos nos. Organizando essa nova etapa da forma mais harmônica possível.
Universo, conto com você, viu!?

Grande beijo.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Conversas honestas...

Como ajudar quando nos encontramos no meio de uma relação que esta conflituosa?!
Como fazer para que os envolvidos guardem um pouco as suas magoas e tentem sentir o que se passa no coração um do outro?!
Como tentar aconselhar se os envolvidos não estão prontos para ouvir?!
Pode até ser que para alguns funcione tentar falar, mas o que aprendi até agora é que o melhor caminho é ouvir e esperar o outro silenciar para poder escutar. Não silenciar a voz, mas silenciar a alma, os pensamentos, silenciar o corpo.
Aqui no meu caso o conselho foi: conte como se sente, em relação ao que você fez e a como você se sente com a magoa do outro. É, eu sei, nada fácil isso! Como é complicado colocar no papel os seus sentimentos em relação a uma situação e a outra pessoa, mas o pior é que ainda não descobriram forma mais rápida e honesta de resolver um conflito. Sem enrolação, sem rodeios, sem “firulas”. Olha me sinto assim com relação a isso, por isso e isso. E gostaria que você me dissesse também como se sente.
Como seria mais fácil se fossemos honestos conosco 100% do tempo! Mas, somos mestres em arte dramática! Como se a vida lá na frente não fosse nos cobrar por todos os atos falhos.
Mas, depende da experiência de cada um... e eu vou fazendo o meu possível, tentando ajudar até aonde o outro acolhe a minha ajuda e tentando também ser honesta comigo e consequentemente com o outro 100% do tempo.
Bom dia! Grande beijo!!


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Nosso jeitinho nosso de ser...


Em um mundo em que todos têm um pouco de “fora do padrão” fiquei analisando quais são as minhas “esquisitices mais esdruxulas".
Como por exemplo, meus “toc’s”, alguns: tirar o sapato para entrar em casa, lavar os mesmos para guardar, ter cada coisa em seu devido lugar, não dormir com a porta dos armários abertas, secar a pia da cozinha depois de usar, não dormir com o lençol amarotado, arrumar a cama mesmo estando em um hotel, dar banho nos meus gatos de 15 em 15 dias – eles até já acham que são peixes – ter um saquinho pra cada coisa dentro da bolsa e sim, viver feliz com estes e outros “toquezinhos”.
Meu gosto por comidas que normalmente não se misturam como: ovo com mel – essa o Gu sempre que vê faz cara de erght - pão com peito de peru e geleia, figo em calda no prato do almoço, bebidas amargas, tutu de feijão com abacaxi e a grande maioria dos pratos de sal com uma pitada de doce – a herança alemã corre forte dentro do sangue!! – (risos)
Minhas manias: escutar a rádio CBN toda a manhã, tomar chá todas as noites antes de deitar, não almoçar tomando líquido, procurar sempre a vaga mais espaçosa, que em geral é a mais distante, ler três livros ao mesmo tempo, dormir com as pernas do meu noivo encima de mim, dormir cedo – até porque sou diurna, não rendo depois das 22:00 horas – tomar banho antes de ir deitar, passar perfume pra dormir, usar um bilhão de cremes – sou taurina oras – tomar banho quente mesmo morando em Goiânia e sair morrendo de calor, cheirar livros, acender velas e incenso quase todo santo dia, rezar dentro do carro antes de sair pela manhã e tantas outras que agora não me vem a mente até porque já viraram parte de mim.
Bem, se eu for perguntar para você, com certeza você também terá muita coisa a relatar e assim somos... Uma caixinha de manias, gostos, gestos e trejeitos que vão mudando ao longo da vida juntamente com a gente e com uma série de modificações que a vida vai nos proporcionando ao seu curso. Mas, fala sério, seria muito chato ser assim sem nenhuma estranheza, comum e dentro dos padrões. Aliás, padrão de quem?! Sempre seria de um alguém que jura que suas esquisitices são normais.
E bem provável que daqui a um tempo algumas coisas destas tenham mudado, outras tenham permanecido, mas hoje são essas as minhas esquisitices que me fazem me sentir em “casa” e segura. E as suas quais são?
Boa noite. Bom final de semana e até segunda.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Bravo Bocelli! Bravissímo!!



Comecei a ler a autobiografia do Andrea Bocelli e estou encantada!
Ele nasceu em uma pequena cidade na região da Toscana na Itália e apesar de já perder a visão logo novo, a sua infância e juventude foi mais salutar do que de muitas crianças de hoje em dia que temos que tirar da frente do computador – digo isso de cadeira, pois vivo esse problema aqui em casa.
Além de contar com as facilidades de uma cidade pequena, ele contou com uma família que transbordava amor e aconchego. Tudo que uma criança precisa para crescer feliz e bem resolvida e esse amor se reflete no que vemos hoje quando ele dá o ar de sua graça soltando a voz e enchendo o ambiente do mais belo som.
Logo cedo o pai descobriu o dom da música no menino e a partir dai, tanto mãe, como avós e até a carinhosa baba se desdobraram para comprar Lp’s de cantores de ópera para encantar e estimular ainda mais o menino. Logo criança foi levado para uma cidadezinha perto e colocado em uma escola interna que além do braile ensinava música e o que se segue é uma sucessão de atos em que o menino vai se descobrindo cantor. Claro que nem tudo são flores ao longo de sua vida, mas o que se percebe é que a música sempre esteve presente e todos ao seu redor de alguma forma contribuiram para que seu dom verdadeiro aflorasse. Dai juntando determinação + estímulo + amor + paixão = realização pessoal, na certa!
Fantástico isso não?! Quando temos pais que estimulam e apoiam nossos dons sejam eles quais forem. Quando temos uma família que consegue ver além das suas aspirações e enxerga no filho o seu potencial independente de pré-julgamentos.
Quanto dos nossos sonhos e desejos mal realizados não depositamos em nossos filhos na intenção de que eles o realizem para nós?! Fazemos isso o tempo todo. Seja em pequenas coisas diárias, seja em grandes sonhos. Mas é difícil mesmo discernir o que é nosso. Nossas metas, nossas expectativas, nossas convenções e criações do que de fato tem a ver com o outro. Porque por mais difícil que seja separar, essa criança ai ao seu lado, apesar de ser seu filho é outro. Outro ser humano, outra pessoa, que vai se tornar um adulto com desejos próprios, aspirações e desejos, mesmo que estes desejos estejam longe de ser o belo projeto de vida que você cuidadosamente planejou para ele. Assumo que falo isso para mim mesma diariamente.
Claro que muitas vezes fica difícil dar apoio e estímulo para todos os “dons” que seu filho jura que tem ao longo da infância e da juventude, mas saber sentir o outro com paciência e ter um olhar atento ajudam bastante a discernir o que pura curiosidade de uma futura profissão que pode o tornar uma pessoa feliz e bem resolvida, mesmo tendo dificuldades, como no caso do Bocelli.
Fica a dica do livro e da bela estória de alguém que leva o amor pela música na sua magnifica voz. Bravo Bocelli! Bravíssimo!!

Grande beijo. Até amanhã.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mais educação e gentileza, por favor!



Hoje depois de um quente e cansativo dia fui para o parque como de costume, só que ao invés de correr, como de costume, não liguei o “cronometro da Nike”, coloquei uma música bem light, ao contrário do resto dos dias e fui caminhar... Sem tempo, sem contar as voltas, sem pressa, sem pensamentos mil, sem lenço e sem documento!
Fui com a intenção de deixar minha mente descansar enquanto eu observava o mundo ao meu redor. Que delícia! Pude observar a natureza que já dá seus sinais de secura, as pessoas que passavam por mim, os que vinham do trabalho e os que estavam ali para se exercitar, os que namoravam, os carros que enfrentavam o engarrafamento e o espetacular pôr-do-sol... Ah! Como posso vir pra cá correr quase todos os dias e não dar uma paradinha para admirar esse cenário?! Que céu! Que cores! Que fechamento de dia mais lindo! Nada como a perfeição do Universo. Todos os dias, seja ruim ou bom, quente ou frio, bagunçado ou perfeitinho, irritante ou leve ele sempre termina como se fosse o dia de show mais lindo!
Como temos a aprender com a natureza, não?! Assumo, hoje duas horas de trânsito infernais e algumas pessoas daquelas que não respeitam o espaço do outro me tiraram o centro. Tentei me organizar, falei pra mim mesma que “a música deve sempre ser maior que os problemas”, mas hoje a sabedoria foi descartada com a rapidez que uma criança diz sim para um prato de brigadeiro. Sou humana e às vezes péssima comigo mesma! Sim porque quem perde ficando intranquila sou eu somente eu!
Mas, algumas coisas ainda me tiram do sério, do meu centro e uma delas e a falta de respeito. Não sou perfeita, nem tenho essa pretensão, mas poxa vida, será que dá para algumas pessoas perceberem que existe um mundo fora do lindo umbigo delas?! Deixa eu explicar: O estacionamento da faculdade é até grande, mas claro que existem muito mais carros do que vaga. – coisa corriqueira nos dias de hoje – Entre as vagas existe um espaço considerável para você poder abrir a porta do seu carro sem esbarrar no outro – isso se cada um tiver a consciência de estacionar dentro da vaga - além de poder sair. As vagas não são para caminhões, mas cabe uma caminhonete, por exemplo, com tranquilidade. Pois bem, estou estacionando meu carro e quando olho para o espelho retrovisor vejo uma moça no seu carrão chique estacionando em duas vagas, ou melhor, estacionando uma ova, ela largou o carro, sem ao menos se dar o trabalho de arrumar. Bem, o cara que vinha logo atrás deu uma buzinada e falou: Moça, você está usando duas vagas. O que ela, linda e loira respondeu já dando as costas e saindo: Meu carro é grande, e assim que vai ficar!
Vem cá filha, sabe aquele ditado “o seu direito começa aonde o meu acaba”?! Tem outro: “o seu espaço acaba aonde o meu começa”! Como podemos querer um mundo com direitos e respeito se nem ao menos fazemos a nossa mínima parte?! Não estou me eximindo de culpa, mas existem algumas atitudes que, por favor, não dá para tolerar. Educação e gentileza não são “utensílios” domésticos! Servem para tudo em todos os momentos! Além do que sempre fazem bem. Bem para quem usa e para quem recebe, e de uma coisa não podemos esquecer, um dia estamos do lado de cá e no outro do lado de lá.
Mil desculpas para o desabafo! Mas em tempos de protestos...
Beijo grande.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Prazer: Cozinhar...


Ontem foi dia dos pais e estas festividades pra mim tem sempre um sabor especial, sempre um motivo pra fazer o que mais amo pra quem mais amo, traduzindo: cozinhar para reunir ao redor da mesa, familiares e grandes amigos.
Cozinhar pra mim e como poder acarinhar, embalar e mimar quem eu amo. E tudo começa bem antes: com a escolha dos pratos e das bebidas, a compra dos ingredientes e das flores e a arrumação da casa e da mesa. Com tudo pronto começa a grande diversão... Colocar uma música pra tocar - sim, cozinhar pra mim envolve todos os sentidos, portanto a música tem que ser perfeita - tirar os ingredientes da despensa, colocar água para ferver, escolher as panelas, coloca-las no fogão e a partir dai fazer: magia! Misturando temperos, cores e sabores. Experimentando temperos diferentes, criando receitas diferentes... Uma “alquimia” que enche a minha alma e o meu coração de felicidade e encantamento ao ver os ingredientes se misturando e soltando aromas que enchem a boca d’água e os olhos de prazer.
Pra mim é algo como um mundo paralelo perfeito que eu entendo e que me entende, um mundo que me recebe sem julgamentos, nem barreiras. Na minha cozinha eu posso tudo e o Universo sempre conspira ao meu favor. Sim, eu erro muitas vezes, mas mesmo o erro ali é mais fácil de entender e nunca soa como reprovação e sim como um recado carinhoso de que naquele dia minha sensibilidade não estava antenada e eu não estava entregue.
Livros, eu tenho muitos e de tempo em tempo me presenteio com um e eles são sempre mais um estímulo para mais criações, para mais devaneios e “elucubrações” culinárias. Funciona assim: eu compro o livro, devoro as receitas com os olhos, me apaixono por alguma e encima da receita enamorada crio o meu prato. Digamos que um plágio! (risos)
O domingo foi dos pais, mas o presente foi pra mim! Poder cozinhar e ver todos ao redor da mesa, num domingo ensolarado é um presente que nenhum “cartão paga!”.
E o seu prazer qual é?!
Grande beijo!


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Batom vermelho...



Então um dia ela acordou tomou seu banho se vestiu e na hora da maquiagem básica de todo dia o batom vermelho que estava ali para ser usado, moderadamente em algumas noites deu uma piscadinha pra ela e ela não resistiu. Ela que sempre usava batom em tons cor da pele, marrom ou no máximo um cor-de-rosa, arriscou. Passou com muito cuidado pra não borrar – principiante sabe como é – e gostou! Saiu de casa as seis e pouca da matina de batom vermelho! Ela sou eu!

Dona Vida! A senhora é uma “pessoa” muito divertida e curiosa! Sempre nos dando a oportunidade de nos reinventar de nos descobrir de nos saborear. E que coisa incrível isso de mesmo aos 30, 40, 50, 70... 80 descobrirmos em nos coisas que antes nunca havíamos notado, como esse gosto “reluzente” por batom vermelho as seis da matina.

Claro que esse foi o assunto do dia e tenho a leve impressão que pelo menos pra mim será pelo resto do mês! (risos) Afinal descobrir esses gostos coloridos depois de certa idade é no mínimo inusitado.

Não satisfeita ainda colori minhas unhas com mais vermelho! Esse num tom diferente, mais vivo, mais aberto! Ah! Sem contar que há pouco tempo, também me descobri adorando pintar as unhas dos pés das mais variadas cores. Essa Dona Vida! Uma fofa! Colorindo os meus dias, colocando pitadas de “pimentinhas malaguetas” em mim.

Nada como essa deliciosa “coisa” chamada movimento, que mexe conosco, com nossos gostos, com nossos valores, com nossas convicções, com nossas certezas que de certezas elas não tem muito. E isso ai! Viver, gostar, aprender, vivenciar, desgostar, reinventar, reaprender, morrer pra algumas coisas, renascer, fluir, se conhecer, jogar nossas certezas por terra e começar tudo novamente em outro momento em uma nova etapa.

Obrigada Dona Vida! Adorei meu dia vermelho, meu dia cheio de cor, cheio de paixão, luz, sabor e som!


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Aprender a ouvir...

 


Hoje voltando da faculdade, liguei a CBN e estava dando uma entrevista com um senhor que falava sobre a dificuldade de comunicação. Não vou poder passar o nome do entrevistado porque quando liguei a entrevista já havia começado, mas o fato é que o assunto me chamou muito a atenção, até porque concordo com ele.

Segundo ele as pessoas hoje se comunicam de maneira muito ruim e por vários aspectos. Primeiramente existe como que uma “máscara” que usamos para sermos aceitos aqui e ali e isso faz com que nossos reais sentimentos e valores fiquem deixados de lado, outros fatores são: vergonha muitas vezes de falar em público, ou até em uma pequena reunião, a tecnologia que acabou trocando o “olho no olho” por “celular no celular”, até mesmo estando um ao lado do outro... Mas, segundo ele o fator mais importante dessa comunicação falha ou “precária” como diz meu amor e a dificuldade que temos – sim, temos! Você, o vizinho, eu. - de ouvir! Brincando ele sugere inclusive que deveria existir além dos cursos de oratória já existentes, cursos de “ouvidoria”. (risos)

“Em geral, quando o outro fala a cabeça está em outros lugares... na conta pra pagar, na unha que esta descascando, no que fazer de almoço, em buscar o filho na escola etc e tal . Quando escutamos o outro verdadeiramente, prestando atenção na sua fala, em seus gestos, em seu tom de voz, escutamos por detrás das mascaras e sentimos o que de fato o outro tem a dizer. “ De acordo com ele é assim que acontece.

E de fato realmente é isso, somente aprenderemos a nos comunicar quando aprendermos a ouvir. Ouvindo damos valor à fala do outro e damos o primeiro passo a caminho da comunicação. Da comunicação que expressa de forma clara e sincera o que sentimos.

Há muito tempo eu mesmo deixei de “disputar” uma vaga pra falar quando me encontro em uma mesa com dois, três atropelando um e outro pra ver quem fala mais... pra mim quem fala menos, na verdade, porque me diz se alguém escuta alguma coisa?! Eu me recolho a minha insignificância e fico ali observando todos falando e ninguém ouvindo.

O pior não é a mesa de bar, a apresentação que não foi muito boa, a aula que não prendeu a atenção dos alunos; nestas coisas vamos dando um jeitinho aqui e ali, fazendo um curso de oratória e aprendendo a falar, mas e quando o assunto é sobre nossos sentimentos, quando a “boca cala e o coração padece”?! Eu já sofri desse mal. E hoje ainda, sofro. Menos, com certeza, até porque tive a sorte de ter um amor que é também meu melhor amigo, mas sei o quando não ser ouvida e não falar com clareza pode macular uma relação. E falo não somente da relação a dois, mas de todo tipo de relação, desse tipo que envolve sentimentos.

Receita acho que ninguém tem uma certeira, mas de uma coisa sei, tentar falar de verdade o que se sente é um bom passo... o segundo, com certeza é ouvir! Ouvir com toda atenção e com todo o coração.

Grande beijo! Até amanhã.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Estou de volta!

 
Então me descobri com saudades desse lugar. De escrever e de dividir sentimentos e pensamentos. Um lugar que é meu e de quem quiser passar por ele. Aliás, fiquei pensando nisso: Por que será que eu não voltei a escrever em um diário ou coisa que o valha?! Por que senti saudades de um lugar onde fico exposta?! Será vaidade, carência, vontade de fazer terapia em grupo ou frustação de uma escritora que não vingou?! (risos) Não sei, e nem imagino que vá descobrir por agora, mas seja como for, saber que por aqui eu divido meus sentimentos com outros corações e mentes é uma coisa que gosto.
Bem, arrumei a casa, tirei o pó, pintei com folhinhas de uma das minhas árvores preferidas e voilá! Vamos escrever!
E o primeiro texto será pra uma família pra de especial... a minha!
 
Minhas férias de inverno.
Há tempos estava devendo uma visita para as minhas tias e primos no Sul, então aproveitamos a semaninha de férias do meu noivo, enchemos a mala de casacos – a previsão era de frio, muito frio – e fomos!
A organização deles foi curtida conosco já semanas antes. Todos super animados para a nossa ida, tanto de cá, como de lá. Eles organizaram para os finais de semana jantares e almoços e durante a semana nos deixaram livres – com direito a carro chique – para passearmos pelas redondezas. O que por sinal foi motivo de muitas piadas internas, já que todos os dias fiz meu noivo ir sempre em direção a serra. Fazer o quê se Gramado e Canela são lindas e ainda mais lindas no frio de 3º!
No primeiro sábado meu primo, um exímio cozinheiro, organizou uma feijoada para reunir toda a família e foi... Delicioso, quente e acolhedor! Enquanto lá fora fazia muito, muito frio, lá dentro com primos, amigo, tias e tio, o amor, as risadas, o carinho e o calor humano aqueciam a todos nós! Somos todos descendentes de alemães, mas quando nos encontramos tenho uma sutil impressão que a Alemanha pode ter um pé na Itália, pois todas as regras e formalidades se transformam em amor barulhento e um prazer imenso de estar juntos. O prazer de relembrar estórias, de estar perto, de não ver o tempo passar, de tirar fotos para registrar o momento, de brincar, rir e de perceber que apesar dos anos e da distância tudo continua como sempre foi...
Lá não estavam todos, faltaram primos que moram distante e não puderam ir e duas grandes pessoas que deram inicio a esse grande “encontro”. Duas pessoas que mesmo não estando de corpo presente foram lembradas por seu significado e importância em nossas vidas. Dois grandes seres humanos, daqueles que marcam nossas vidas pelo exemplo, amor e sabedoria com que viveram suas vidas.
Lá nestes dez dias nos sentimos acolhidos e amados por uma família que tenho um imenso orgulho de chamar de “nossa”, afinal agora meu noivo também faz parte dela. Com todos seus erros e acertos, com suas qualidades e defeitos, com seus problemas, regras e soluções eles são a melhor família que eu gostaria de ter. E que se não fosse minha eu roubaria pra mim.
Obrigada meus amores! Amo vocês e não vemos a hora de estarmos ai novamente pra tomar muito chá de abacaxi, passear por Canela, assar uma carne, tomar muita cerveja, rir, conversar e principalmente estar juntos!
E a sua família, tem quanto tempo que vocês não se reúnem em torno de um fogão?!