Ei! Você! Tem ai alguma receitinha de como educar seu filho
pré-adolescente em 10 passos?! Não?! Poxa! Queria tanto!
Seria bom, não?! Um livro que colocasse você no caminho certo, que
te desse todas as dicas de o que funciona e o que não funciona no departamento “quando
seu filho te responde em alto e bom som”. Estou nessa fase (que fase!). Na fase
em que quanto mais errados eles estão, mais cheios de razões. Assim, exatamente
na mesma medida. E dai você conversa com uma e outra mãe e elas te falam que,
com elas acontece da mesma forma. Aonde foi parar o respeito que tínhamos por
nossos pais?! Nunca fui santa, nem muito menos a melhor menina da vizinhança,
mas olha, eu não falava assim com meus pais e pessoas mais velhas. Pode até ser
que existisse um pouco de medo nesse respeito, mas seja como for, acho que o
respeito pelos outros, numa forma geral era maior. Acho que os valores tinham
mais significados. Existia no ar certa “cerimônia” que muitas vezes nem era
falada. Os olhares diziam muito!
Tive pais bem severos, bem
mais que a maioria, mas nem por isso faltava carinho e amor. Na casa da minha
doce avó essas doses, amor, severidade, educação e brincadeiras eram
harmoniosas. Não faltava nada. Ninguém cresceu não tendo a doce lembrança
daquele lar. Uma verdadeira casa de avó. Com todo respeito necessário. Um
respeito pelos mais velhos que hoje eu não vejo. E daí eu sempre fico me
perguntando: Onde estou errando?! O eles faziam que eu não fiz?! Ou o que eu
faço que eles não faziam?! O pior é que não encontro à resposta.
Será que foi o mundo que mudou demais e os valores acabaram se
perdendo?! Será que valores como: respeito, consideração e educação viraram “démodé”?!
Só de pensar nisso me passa um frio aqui na espinha! Ui! Tomara que não! Que
seja mais uma “fase” e que com o tempo, com as conversas, broncas e alguns
castigos inevitáveis tudo passe e volte a fluir (pra uma nova fase. Risos).
Tomara que eu mesmo errando esteja no caminho certo e que lá na frente eu olhe
e veja um ser humano bem resolvido, feliz, consciente e realizado. Que esse ser
humano que eu estou ajudando a criar e que agora sábado dia 12 de outubro, faz
11 anos, crie seus filhos com amor e se a sorte ajudar, com menos “erros” que
eu.
Apesar de toda angustia, que em dias como hoje tomam conta da minha
alma, eu não trocaria esse papel por nadica de nada nesse mundo. Ser mãe ainda
é um dos meus melhores papeis. Pelo menos o que mais me dá prazer e orgulho. Orgulho
de ajudar a criar um ser humano com valores que eu acredito que farão dele um
bom homem. E uma certeza eu tenho, esse homem vai olhar para trás e lembrar
aqui da velhinha dele e saber que eu até posso não ter acertado em tudo, mas
que mesmo os erros foram feitos com muito amor.
Beijo grande!