segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

"Valide" alguém...





Pra começar a semana um bom texto pra nos fazer pensar.
Beijo grande.


"O Poder da Validação

Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho.
Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam.
Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?
Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle. Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.
Segurança depende de um processo que chamo de "validação", embora para os estatísticos o significado seja outro. Validação estatística significa certificar-se de que um dado ou informação é verdadeiro, mas eu uso esse termo para seres humanos. Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.
Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode autovalidar-se, por definição.
Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim". Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é". Quem cunhou a frase "Por trás de um grande homem existe uma grande mulher" (e vice-versa) provavelmente estava pensando nesse poder de validação que só uma companheira amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar.
Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros. Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.
Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.
Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".
Você já validou alguém hoje? Então comece já, por mais inseguro que você esteja. "


Stephen Kanitz.





quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Educação...




Na caminhada em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas, pedimos dois cocos para compensar o suor do calorão. A R$3,50 cada um, entreguei uma nota de 20 para o vendedor. Ele ficou me olhando e implorou: Patrão, me ajude! Dois de 3 e 50, dá quanto? Entendi que ele estava pedindo uma gorjeta; pensei em arredondar para 10 reais. Mas minha filha entendeu melhor e informou a ele: 3 e 50 vezes 2 dá 7 e o senhor tem que dar 13 de troco. Era isso. O homem, de uns 45 anos, vendedor de coco na zona sul do Rio de Janeiro, não sabia dar troco nas suas vendas. Minutos depois, acontecia o mesmo com um casal que pagava dois cocos com uma nota de 20 reais. Fiquei estarrecido e na maior tristeza. No meu país, nem sequer as operações aritiméticas fundamentais são conhecidas por quem precisa ganhar a vida. Naquele sábado ainda teria outra surpresa. Ao chegar à Globo e abrir o computador, encontrei extenso e.mail de um bacharel em direito, protestando contra a exigência de exame para a OAB. O texto era prolixo, cheio de modismos, sem vírgulas, com erros de ortografia e pobre em argumentação. E, ao contrário do que pretendia o missivista, comprovava a necessidade de um filtro antes de admitir advogados nos tribunais. Além disso, mostrava também a mediocridade do ensino superior.
No programa Espaço Aberto, que apresento, os presidentes da Câmara e do Senado concordaram imediatamente comigo, em que a Educação é a maior das prioridades e das urgências deste país. Estranhei, porque na prática, pouco os políticos fazem pela Educação, além de declarações óbvias sobre a importância dela. E não conseguem me demover da constatação de que eles temem a Educação. Porque, afinal, o conhecimento liberta. E eleitor livre não aceita paternalismos. O maior mérito da Educação é que ensina a pensar. Portanto, ensina a julgar e a decidir.
Estamos atrasadíssimos. Não há como comparar um menino médio brasileiro com um uruguaio, por exemplo. A educação, no pequeno vizinho, faz parte da cultura como uma necessidade básica - e com qualidade. E começa em casa, onde se ensinam os deveres de cidadania. Por aqui, é uma tristeza. Se não reagimos, não teremos futuro. Já se nota que os demais emergentes estão passando à nossa frente. Por um principal motivo: Educação. A China, há 30 anos, investe maciçamente em Educação. E não pára de crescer e de conquistar maior bem-estar social. Aqui, Educação é um perigo para os políticos e, por enquanto, uma arma contra o nosso futuro.

Alexandre Garcia é jornalista em Brasília e escreve semanalmente em Só Notícias.









terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Saúde...



Ontem eu coloquei um texto com o que eu achava que fazia bem pra alma, hoje vai um com boas dicas pro dia-a-dia, dicas que eu acho que fazem bem pro corpo.
Beijos.

ENTREVISTA DA VEJA COM CIRURGIÃO CARDÍACO TURCO e CIDADÃO AMERICANO DR. MEHMET OZ - São Paulo
A especialidade do cirurgião cardíaco turco e cidadão americano Mehmet Oz, de 47 anos, é retardar ao máximo os efeitos da idade em seus pacientes. Diretor do Programa de Medicina Integrada da Universidade Columbia, em Nova York , ele é consultor da famosa clínica antienvelhecimento do médico Michael Roizen, criador do conceito de que é possível manter o organismo mais jovem do que aponta a idade cronológica. Oz e Roizen também assinam a quatro mãos uma série de livros de sucesso que ensinam como manter um estilo de vida que adia a velhice. O mais recente deles, "You Staying Young" (Você Sempre Jovem), lançado há um mês nos Estados Unidos, já vendeu meio milhão de exemplares. Nos últimos quatro anos, Oz se tornou uma celebridade ao participar de um quadro fixo no programa de TV da apresentadora Oprah Winfrey. Ele também apresenta documentários no Discovery Channel. Nos dois casos, dá dicas aos telespectadores sobre como viver mais com boa saúde. Esse é justamente o tema da entrevista que ele deu à VEJA.
BREVE BIOGRAFIA DO DR.OZ
Dr.Mehmet Oz nasceu em Cleveland , Ohio (EUA), de pais turcos. Ele é casado e pai de quatro filhos. Ele se formou na Harvard Univesity em 1982, depois fez mestrado e MBA na Universidade de Pennsylvania.
Ele é autor de mais de 350 publicações e vários livros. Em maio de 2005 estava na lista do New York Times Bestseller.
ENTREVISTA DA VEJA
Veja - Existe uma fórmula para se manter jovem por mais tempo?

Oz - Sim.Há catorze agentes principais envolvidos no envelhecimento. Sete retardam o processo, como os antioxidantes, e sete nos enfraquecem, como a atrofia muscular. É preciso manter esses agentes sob controle. O primeiro passo para alcançar esse objetivo é pensar não na possibilidade de ficar doente, mas na necessidade de manter o organismo saudável. Deve-se tirar o foco da prevenção dos males e direcioná-lo para a preservação da saúde. Se ninguém mais morresse de câncer e de doenças cardiovasculares, a expectativa de vida média do ser humano subiria apenas nove anos. Isso mostra que, para aumentar consideravelmente a expectativa de vida, não basta evitar doenças. É preciso cuidar do corpo para que ele não enfraqueça. Quando uma pessoa envelhece, doenças potencialmente fatais, como o câncer e o infarto, não aparecem de imediato. Antes que elas se instalem, o corpo torna-se mais frágil e vulnerável.

Veja - O que fazer para evitar que o corpo se torne frágil e vulnerável?


Oz - Meu novo livro, "You Staying Young" (Você Sempre Jovem, ainda sem previsão de lançamento no Brasil),trata exatamente desse tema. Os exercícios físicos são uma ferramenta essencial. Eles combatem o primeiro sinal do envelhecimento, que é a perda de força muscular. Outros recursos importantes são alimentar-se bem e meditar. Uma boa recomendação é a prática do tai chi chuan, exercício oriental que combina equilíbrio, coordenação motora e também meditação. Se todos adotassem essas medidas, a vida média da população poderia subir para 110 anos. Quanto à alimentação, não podem faltar nutrientes como o resveratrol da uva e o licopeno do tomate, que são poderososantioxidantes. O principal, mas, também o mais difícil, é controlar a quantidade dos alimentos. De qualquer forma, todo mundo deve comer um pouco menos do que tem vontade.


Veja - Fazer várias pequenas refeições por dia, como recomendam alguns médicos, faz bem para a saúde?


Oz - Deve-se comer de três em três horas. Se o intervalo é maior, a taxa de hormônio grelina, que estimula a fome, começa a subir. O problema é que, após uma refeição, ainda demora trinta minutos para que a taxa desse hormônio volte a baixar. Em conseqüência disso, acaba-se comendo mais do que se deveria. O mais importante, além de comer alguma coisa a cada três horas, é trocar as refeições grandes por pequenas, intercaladas por lanchinhos. Esse conceito não foi criado por mim. É o que mostram as pesquisas científicas.


Veja - O que o senhor considera refeições grandes e pequenas?


Oz - Uma refeição grande ultrapassa 1.000 calorias. Uma pequena tem, no máximo, 500. Quem consome por volta de 2 000 calorias diárias pode fazer duas refeições de 300 calorias cada uma e outra maior, de até 800. Os lanchinhos podem ter até 250 calorias.


Veja - O que deve ficar de fora do cardápio?


Oz - Existe uma regrinha fácil de ser usada, a regra dos cinco. Para isso, é preciso examinar o rótulo dos alimentos. Cinco ingredientes não podem estar entre os primeiros listados no rótulo. São eles: gorduras saturadas, gorduras trans, açúcar simples, açúcar invertido e farinha de trigo enriquecida. Dois desses nutrientes são gorduras, dois são açúcares. Os dois tipos de gordura podem estimular processos inflamatórios no fígado que forçam a produção de substâncias deletérias, como o colesterol. Também fazem com que o fígado fique menos sensível à insulina, aumentando o risco de diabetes. Os açúcares listados fazem mal por estimular a produção de insulina, o que aumenta o depósito de gordura corporal. O pior é que esses cinco itens são os mais comuns nas dietas atuais.


Veja - O cardápio básico do brasileiro, composto de arroz, feijão, carne e salada, é saudável?


Oz - A princípio, sim. Esse cardápio contém exatamente os nutrientes para os quais a digestão humana está preparada. Mas os brasileiros comem carnes muito gordas, o que é errado. Antigamente, no mundo inteiro, quando os métodos de criação do gado eram mais simples, a porcentagem de gordura dos melhores cortes da carne bovina era, em média, de 4%. Hoje é de 30%. Outro problema dos hábitos alimentares do brasileiro é que ele come arroz em excesso, o que não traz nenhum benefício. Melhor seria adotar o arroz integral. Os alimentos integrais têm mais fibras, o que os mantém mais tempo no intestino e diminui a absorção de açúcar pelo organismo. Uma vantagem dos brasileiros é ter à disposição enorme variedade de frutas e vegetais maravilhosos, por preço razoável.


Veja - Os hábitos que o senhor propõe para prolongar a vida são relativamente simples, mas exigem controle estrito sobre as atividades do dia-a-dia. Como exercer esse controle?

Oz - A palavra-chave é automatizar.Ou seja, fazer desses hábitos uma rotina, sem precisar pensar muito neles. Acordar, escovar os dentes e passar o fio dental, para reduzir a quantidade de bactérias prejudiciais à saúde. Beber muito líquido ao longo do dia, principalmente água e chá verde. Dormir ao menos sete horas por noite. Durante o sono se produz o hormônio do crescimento, essencial mesmo para quem já é adulto, pois prolonga a juventude. Caminhar meia hora por dia e praticar exercícios que façam suar três vezes por semana. Meditar cinco minutos diariamente, o que pode estar embutido na prática de ioga ou tai chi chuan. Evitar alimentos que estejam na regra dos cinco, que mencionei anteriormente. Uma última coisa: estreitar o relacionamento com as pessoas próximas e abster-se de julgá-las. Em vez de julgar os outros, é melhor tomar conta de si próprio.


Veja - Abster-se de julgar os outros ajuda a manter a juventude?
Oz - Sim, da mesma forma que resolver situações de conflito. O conflito não traz nada de positivo. É apenas desgastante. Costumo recomendar a meus pacientes que procurem as pessoas com quem mantêm uma relação de animosidade e tentem resolver o impasse. Essa é uma atitude para o bem-estar próprio. Não há nada de altruísta nela. É uma atitude egoísta.


Veja - O que o senhor acha das dietas para emagrecer que surgem e viram moda a cada seis meses?

Oz - Essas dietas fazem sucesso, mas são péssimas para a saúde. A alimentação não deve ser encarada como uma maratona para a perda de peso. Uma dieta que tenha como chamariz o emagrecimento rápido não é confiável. Comer menos do que o corpo necessita é uma agressão à fisiologia. Ou seja, aos processos químicos que fazem o organismo funcionar. Quando a fisiologia é desprezada, os resultados das dietas são transitórios.
Veja - Por que o senhor recomenda cuidados com o jantar?

Oz - Na verdade, há uma única regra a observar: deve-se jantar pelo menos três horas antes de dormir. Deitar logo após a refeição facilita o acúmulo de gordura, principalmente na cintura. Além disso, comer muito tarde prejudica o sono.


Veja - O senhor recomenda beber muita água durante o dia. Quanto se deve beber exatamente?
Oz - Deve-se beber uma quantidade suficiente para que a urina esteja sempre clara. Isso varia de um dia para o outro. Em dias quentes, sua-se muito e, por isso, é preciso beber mais água. Para quem não abre mão da cafeína, sugiro chá verde. Em lugar de quatro cafezinhos por dia, beba quatro copos de chá verde. Essa bebida concentra muitos antioxidantes e nutrientes bons para a saúde.


Veja - Muitos ambientalistas condenam o consumo de água engarrafada. Do ponto de vista da saúde, ela é melhor que a água da torneira?

Oz - Eu acho um erro beber água engarrafada. Há dois problemas principais com ela. O primeiro é que, se a garrafa plástica não for reciclada, pode contaminar os mares e os rios. Isso prejudica o meio ambiente e, indiretamente, a saúde. O plástico das embalagens vai parar nos peixes que comemos. O resultado é que 97% das pessoas apresentam resíduos de plástico no organismo, o que interfere no sistema hormonal. Esses resíduos estimulam os receptores de estrogênio, o hormônio feminino. Em excesso, o estrogênio pode causar câncer e outros problemas. As toxinas contidas no plástico também aceleram o envelhecimento. O segundo problema é que, como a água engarrafada não apresenta vantagens com relação à água da torneira, trata-se de um desperdício de dinheiro.


Veja - O senhor recomenda exercícios físicos que provoquem suor. Exercícios leves são inúteis?
Oz - Essas recomendações visam à saúde cardiovascular. Para essa finalidade, apenas os exercícios moderados ou intensos, que fazem suar, apresentam benefícios. Mas os exercícios suaves e de baixo impacto têm valor. Mesmo a caminhada movimenta grandes músculos, como os das coxas e dos quadris, que consomem muita energia. Como o gasto calórico muscular é maior durante o exercício, a queima de calorias aumenta.


Veja - Os suplementos vitamínicos são criticados em muitos estudos científicos. O que o senhor acha deles?

Oz - Eles são eficazes, mas prometem mais do que cumprem. Na verdade, os médicos saem da faculdade sem conhecimentos suficientes sobre os suplementos e são forçados a tirar suas próprias conclusões. De modo geral, uma suplementação só é necessária quando as vitaminas não são obtidas naturalmente com a alimentação. Por outro lado, acredito que determinadas vitaminas podem melhorar a qualidade de vida e a longevidade. Entre elas estão as vitaminas A, B, C, D e E, além de cálcio, magnésio, selênio e zinco. A vitamina D é importantíssima, pois previne câncer e osteoporose. Principalmente nos países mais frios, onde a exposição solar é restrita, os suplementos são essenciais


Veja - Além dos procedimentos já descritos nesta entrevista, o que mais o senhor faz para adiar o envelhecimento?

Oz - Minha receita principal de juventude é brincar com meus filhos. Também procuro descobrir coisas novas todos os dias. Aprendo ao conversar com os outros e, apesar de ser muito assediado para responder a perguntas, por causa de minha atuação na TV, prefiro perguntar, saber como é a vida das pessoas, como elas trabalham. Isso faz minha mente exercitar-se.


Veja - Nos últimos anos, o aperfeiçoamento do tratamento clínico fez cair o número de cirurgias cardíacas. Essa é uma tendência em outras especialidades médicas além da cardiologia?
Oz - Sem dúvida.Os recursos clínicos tornaram-se mais eficazes tanto para a prevenção de doenças quanto para seu tratamento. Por isso, assim como na cardiologia, a cirurgia deixou de ser a primeira opção em outras áreas. Há poucos anos, quando o paciente machucava o joelho, ia direto para a sala de operação. Agora, ele vai para a sala de fisioterapia. Essa tendência também é evidente nos casos de diverticulite, uma inflamação do intestino, que passou a ser tratada com o consumo de fibras. O mesmo acontece com pacientes que apresentam doença arterial obstrutiva periférica. Antes eles iam para a faca. Agora, recebem como orientação deixar de fumar e caminhar. Mesmo que sintam dor num primeiro momento, essa é uma maneira de estimular o crescimento de novos vasos sanguíneos para substituir os danificados.

Veja - O senhor já esteve no Brasil. Como foi sua experiência no país?

Oz - Visitei o Brasil há muitos anos, quando ainda era estudante de medicina. Fui ao Rio de Janeiro e conheci o doutor Ivo Pitanguy. Também fiquei deslumbrado com as frutas brasileiras e com as lojas de sucos. Elas misturam frutas e outros vegetais, uma combinação pouco convencional. Conheci o açaí, que até hoje está no meu cardápio. Compro açaí em Nova York mesmo. É um dos alimentos com maior concentração de antioxidantes. Planejo voltar ao Brasil em meados do ano que vem para gravar um programa. Quero muito ir à Amazônia e conhecer as plantas medicinais da região.









segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Felicidade+bem-estar=saúde


Vou começar a semana com um texto conhecido, mas que é sempre bom reler.
Excelente semana pra todos!
Beijos.

"Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem. Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!"
Martha Medeiros

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Namorar a vida...




Quem é o seu amante?

 Muitas pessoas tem um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não tem, e as que tinham e perderam.
Geralmente, são essas últimas que vem ao meu consultório,
para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas
típicos de insônia,apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona
e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que
não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que
 estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros
consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:
"Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de
 nenhum anti-depressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam:
"Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas"?!
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte:
"AMANTE" é aquilo que nos "apaixona", é o que toma conta do nosso pensamento
 antes de pegarmos no sono, é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso "AMANTE "é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece
 à nossa volta. É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso "AMANTE" em nosso parceiro.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura,
na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de
transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo
 do passatempo predileto....Enfim, é "alguém!" ou "algo" que nos faz "namorar a vida"
e nos afasta do triste destino de "ir levando"!..
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem,é o se deixar
 dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos,
tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante,
observar decepcionado cada ruga nova que oespelho mostra,
é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade,
com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje,
fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão,
de que talvez possamos realizar algo amanhã*.
Por favor, não se contente com "ir levando";
seja também um amante e um protagonista
... DA SUA VIDA!
Acredite: O trágico não é morrer,
afinal a morte tem boa memória,
e nunca se esqueceu de ninguém. O trágico é desistir de viver...
Por isso, e sem mais delongas, procure algo para amar...
A psicologia após estudar muito sobre o tema,
descobriu algo transcendental:

"PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO
E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ,
É PRECISO NAMORAR A VIDA".

(Jorge Bucay - Psicólogo)













terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Uma boa crítica...




BIG BROTHER BRASIL


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB),
produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo,
mas conseguimos chegar ao fundo do poço...
A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB
é uma síntese do que há de pior na TV brasileira.
Chega a ser difícil,... encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho
 atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que em Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu,
teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo,
principalmente pela banalização do sexo.
O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos.
Gays, lésbicas, heteros... todos, na mesma casa, a casa dos "heróis",
como são chamados por Pedro Bial.
Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer,
mas sou contra safadeza ao vivo na TV,
seja entre homossexuais ou heterosexuais.
O BBB é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB.
Ele prometeu um "zoológico humano divertido" .
Não sei se será divertido,
mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista,
documentarista e escritor como Pedro Bial que,
faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim,
se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo,
Bial escreve maravilhosamente bem
sobre a perda do humorista Bussunda
referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar,
se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura,
de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo,
um outro repórter acéfalo do BBB disse que,
para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais,
um Big Brother tem um caminho árduo pela frente,
chamando-os de heróis.
Caminho árduo?
Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido
por milhões de brasileiros:
profissionais da saúde, professores da rede pública
(aliás, todos os professores),
carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que,
diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação,
competência e amor, quase sempre mal remunerados..
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm
um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir
e conseguem sobreviver a isso,todo santo dia.
Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas
porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo,
pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação,
como mostrado em outra reportagem apresentada, meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo,
não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores,
nem aos participantes,e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo,
o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos
como valor, ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a
"entender o comportamento humano".
Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB:
José Neumani da Rádio Jovem Pan,fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais.
Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social: moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?
(Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação,
por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música...,
cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... ,
visitar os avós.. , pescar..., brincar com as crianças... ,
namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro
e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
(Luiz Fernando Veríssimo)









quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sabedoria...




Sabedoria de avó...

Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de Porto, dizer a minha neta:
- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado e sente-se aqui ao meu lado, pois tenho umas coisas pra te contar. E assim, dizer apontando o indicador para o alto: O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração!
- Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta saudável e forte.
- Por isso, vou colocar mais ou menos assim:

- É preciso coragem para ser feliz. Seja valente.
- Siga sempre seu coração.
- Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão.
- Satisfaça seus desejos. Esse é seu direito e obrigação.
- Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
- Tenha poucos e bons amigos. Tenha filhos. Tenha um jardim.
- Aproveite sua casa, mas vá a Fernando de Noronha, a Barcelona e a Austrália.
- Cuide bem dos seus dentes.
- Experimente, mude, corte os cabelos. Ame. Ame pra valer, mesmo que ele seja o carteiro.
- Não corra o risco de envelhecer dizendo: ah, se eu tivesse feito...
- Vai que o carteiro ganha na loteria... Tudo é possível, e o futuro é imprevisível.
- Tenha uma vida rica de vida!
- Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
- E tome conta sempre da sua reputação, ela é um bem inestimável. As pessoas comentam, reparam e, se você der chance, elas inventam também detalhes desnecessários.
- Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status.
- A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco!
- Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de aperfeiçoar os genes na reprodução, sugere que você procure alguém diferente de você.
- Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. De preferência não coloque tatuagens, pois se as células de seu corpo mudam, para que ir contra a Natureza?
- É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
- Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação.
- Leia. Pinte. Desenhe. Escreva. E, por favor, dance, dance, dance até o fim, se não por você, o faça por mim.
- Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre farão.
- Não cultive as mágoas, porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
- Era só isso minha querida. Agora é a sua vez. Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte: Como vai você?
(Autoria não informada)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Me siento florecer"




Hoje na hora de buscar o Gu na escola tive um presente. Depois de uma tarde de chuva o céu estava pra lá de azul com um sol que iluminava tudo. O reflexo do sol nas folhas das árvores era algo de cinema, nem o melhor cinegrafista conseguiria aquela luz, aquele brilho que o sol dava as folhas verdes. Olhei ao meu redor e vi pessoas voltando do trabalho correndo, carros (hora do rush, imaginem) com crianças dentro, pessoas ao celular, pessoas passeando com seus cachorros, pessoas fazendo seu cooper, e eu ali dentro do carro de espectadora daquele momento perfeito do dia, ouvindo “Julieta Venegas” me sentindo presenteada pelo sentimento de paz que me invadia. Meu amor estava longe, as contas daquele jeito, mil “cositas” pra resolver, mas mesmo assim aquele momento estava perfeito! Assim daquele jeito, dentro do carro, vidro aberto, som ligado (e claro que a música era perfeita), aquele céu, aquele sol e bons sentimentos, sentimentos que eu queria poder passar pra todo mundo!!

“...Hoy solo quiero silencio
no quiero nada cambiar,
quiero quedarme tranquila
y saborear esta paz.

Tengo un momento de calma
siento el peso ceder
de esta vida enredada
la deshizo y el porque.

Nada que venga de afuera
me puede hacer más feliz,
como sentir tu mirada
tranquila sobre mí....”

Cheguei em casa, acendi meu constumeiro incenso, coloquei uma música pra tocar e fui felizinha molhar meu pequenino mas simpático mini-jardim grata pelo momento vivido, feliz por estar viva e como diz a música “...me siento florecer”!! Perfeito!
Uma noite linda pra todos!!!











terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Busca espiritual...



"É isso que pretendo com minha cambaleante prática espiritual: desfazer-me dos sentimentos negativos que me impedem de caminhar com desenvoltura. Quero transformar a raiva em energia criativa e a culpa numa zombeteira aceitação de minhas faltas; quero varrer para fora a arrogância e a vaidade. Não me iludo, nunca alcançarei o desprendimento absoluto, a autêntica compaixão ou o estado de êxtase dos iluminados - parece que não levo jeito para santa, mas posso aspirar... menos amarras, um pouco de carinho, a alegria de uma consciência limpa...
O medo é inevitável, devo aceitá-lo, mas não posso permitir que ele me paralise..." .
Recebi esse trecho do livro "A soma dos dias" de Isabel Allende, de uma amiga e li e reli algumas vezes por pensar que pra mim nesse atual momento é perfeito! Tudo no trecho é perfeito a começar pela minha “cambaleante prática espiritual” que é exatamente assim, uns dias caminha firme e segura, outros nem tanto assim, mas nem por isso eu deixo de fazer. Do meu jeito, da minha maneira, da maneira que eu aprendi ali e aqui, lendo, vivendo, sentindo eu levo o meu momentinho espiritual, as minhas rotinas com o divino, com o que de mais sublime que eu acredito que exista dentro de nós. E o que mais quero é exatamente o meu crescimento e não porque deva isso pra alguém, mais porque aprendi a duras penas que quanto mais centrada, harmônica e sintonizada eu estiver, mais as coisas fluem de maneira tranquila, menos o medo me trava e sendo assim com mais harmonia eu sinto os outros e a mim.
Hoje fico feliz de conseguir escutar algo que me incomoda, interiorizar, processar e comunicar verbalmente, assim nessa sequencia e dessa maneira. Isso hoje me faz feliz. Isso hoje eu consigo com a minha integração com o Universo, com o divino e com a possibilidade de estar pronta pra aprender. E por mais que pareça fácil pra alguns, pra mim não foi, o meu corpo várias vezes padeceu com a minha poderosa mente e foi olhando pra dentro de mim que aprendi a não guardar e verbalizar. Alias correção: eu não aprendi, estou aprendendo. E por mais que pareça egoísta, mesquinho, eu hoje não desejo coisas extremamente altruístas como ser santa, como disse a autora, e sim conviver com meus medos e “noias” de forma tranquila e serena, porque eu sei que sendo assim, estando bem, tudo ao meu redor estará. Uma das coisas que aprendi nessa “prática espiritual” e que se eu já fizer o meu mundo particular melhor e leia-se: aquele que habita dentro de mim, o resto se organizará. Não sou eu que tenho que ser responsável pelos mundos dos outros e sim ser harmônica pra poder levar comigo essa harmonia e subsequentemente a todos que estiverem ao meu redor. A história da mascará do avião, nê amor?! Acho que estou começando a aprender a colocar ela primeiro em mim e entender que se eu não tenho ar não tenho condições de ajudar nada, nem ninguém. Obrigada amor, por fazer parte dessa minha viagem interior que me leva a lugares nem sempre fáceis de serem visitados, mas que depois de explorados mostram uma paisagem deslumbrante.
Obrigada Ni pelo trecho do livro.
Beijos a todos.





segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sapatos caros e ruins...


"Querida Arezzo,



Eu sempre fui uma boa cliente para você. Apesar das vendedoras esnobes, dos preços absurdos e das campanhas publicitárias cafonas, eu sabia que valia a pena comprar os seus sapatinhos.
Ao longo de todos esses anos, foram pelo menos umas 20 sapatilhas, mais scarpins e sandálias e até uma rasteirinha – a única que eu tenho, imagine, logo eu que não uso rasteirinha! Tudo bem, eu sei que não é muito e que tem gente que compra bem mais que eu, mas eu sou uma jornalista pobrinha; se levar em consideração a despesa em relação ao salário, olha, eu fui muito legal com você.
Aí um dia, eu comprei aquele scarpin de “couro” (cof, cof) preto. Salto alto. Plataforma. Eu fico com mais de 1,80m com ele, Arezzo! Tão bonito, tão confortável. Como (quase) tudo que você faz.
Justamente por ele me deixar tão alta, usei pouco; guardei essa preciosidade de R$ 270,00 para ocasiões especiais – principalmente quando elas envolviam também o uso do meu vestidinho lindo da Saad.
Comprei o pequenino há dois anos. Usei cinco vezes, e poderia citar todas elas aqui. Durante todo esse tempo, ele ficou guardado no saquinho dele, na caixinha dele. Como muitos outros sapatos lindos que eu tenho, sabe?
Mas tem uma diferença entre os meus sapatos lindos e o seu scarpin. Sabe qual? Eles não se desmancharam. Pois é, Arezzo. Você sai por aí vendendo sapatos que são supostamente de couro (afinal, por esse preço!) e, depois de serem usados cinco vezes, eles desmancham, revelando um tecido vagabundo pintado de tinta texturizada para imitar couro. O sapateiro riu de mim. Riu.
Eu achei que você fosse me explicar isso, que fosse passar a mão na minha cabeça, dizer que pedia desculpas e que isso não aconteceria mais, que foi um erro, mas o que você fez? Me esnobou. “Não nos responsabilizamos por sapatos comprados há mais de três meses.” Como assim, Arezzo? Eu tenho sapatos Topshop, Sommer, tenho até Melissas guardadas há mais tempo do que guardei esse scarpin, e sapatos usados muito mais vezes que esse scarpin e que não se desmancharam!
É por isso, Arezzo, que eu quero que você vá se danar.
Sabe o que eu fiz hoje? Eu comprei um scarpin seu. No Paraguai. Por R$ 40,00. Ok, deve ter algum pequeno defeito, mas se é pra se desmanchar mesmo, né? Que seja a preço de pano pintado.
Se é como lixo que você vai me tratar, então é assim que vai funcionar. E prepare-se, porque eu vou espalhar essa história e ainda contar para todas as pessoas que eu conheço que tem Arezzo no Paraguai a preço de Moleca. Aliás, nem a minha Moleca se desmanchou como a porcaria do seu scarpin.
Então, é isso. Passe bem com as suas vendedoras esnobes, suas sapatrocidades cor de caneta marca-texto e seus sapatos de pano mentirosos. A mim, você não engana mais.
Atenciosamente,
Fabiane Ariello
Foz do Iguaçu, PR, Brazil
Jornalista, tradutora, revisora e escritora."





quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Xadrezinho...

 
 
 
Hoje fui ver um filme que além de ser um romance delicioso, com boas pitadas de humor, sensível e tocante, teve uma fala que gostei muito. “Quero a gente” ele fala pra ela, se referindo as várias histórias que ele poderia viver e as várias histórias que existem por ai.
É isso! Tantos casais, tantas vidas divididas, tantos romances e todos sem sombra de dúvida têm seus “leões” pra matar. Sejam gatinhos, sejam tigres ou leões de verdade todos temos nossos pepinos a dois pra resolver. Ninguém ama todos os dias imensamente e independente de qualquer coisa, ninguém vive dias cor-de-rosa 24 horas por dia. Temos nossos dias, temos nossos momentos, temos nossas fraquezas, temos nossas diferenças. Se até a gente sozinha tem vontade às vezes de voltar pra cama e dormir porque nem a gente se aguenta, imagina dividir a vida?! Vai dizer que em muitos momentos você não tem vontade de colocar seu parceiro em “pause” e só soltar a fita quando ele ou você melhorar de humor?! Eu falo pro meu namorado “se o ódio é preto e o amor é branco o que eu sinto por você é xadrezinho” (risos) frase de adolescente mas que em muitos momentos do dia-a-dia cabem como uma luva (e na maioria das vezes sou eu que me amo e que me odeio). Não tem dúvida que se o “tabuleiro” fica preto demais fica complicado continuar o “jogo” e daí o melhor e respirar fundo procurar outra estratégia ou mesmo finalizar o jogo. Jogo este um pouco diferente dos demais, porque nunca se tem um vencedor e um ganhador, quando se ganha, os dois ganham e se perdem todos saem doloridos.
Aonde entra a frase? Na escolha. Porque apesar da história do vizinho até parecer mais romântica, mais serena, mais apaixonada a sua história é sua! Você fez o universo trazer até você o seu parceiro. De um modo ou de outro, com brigas, probleminhas e picuinhas a sua história é a que vale, é a sua história que você deve escolher sempre! Você pode até achar que “a grama do vizinho é mais verde”, mas eu te garanto que lá eles também dão as suas “reboladas” pra fazer o “happy end” deles.
E foi isso que eu amei naquela frase. Apesar das dificuldades que poderiam e naquele caso iria vir ele escolheu "eles". Ele teve a opção e deixou seu coração ir pro caminho que até não poderia ser o mais fácil, mas era o que fazia seu coração bater mais forte. Se seria pro resto da vida, se daria certo, se daria errado, nem ele, nem a gente tem como saber. Acredito que podemos tentar fazer dar certo e eu acho que se começa querendo de verdade “a gente”.
Eu também já escolhi a minha história e espero daqui a muitos anos continuar optando por ela. Porque ela faz meu coração bater muito, muito forte e vou confessar ainda hoje eu sinto “borboletas” na barriga as sextas à noite.
“Quero a gente” sem dúvida nenhuma.
Beijos.


terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Marcas, vivências e experiências...



O quanto de nós e egoísta e inseguro o suficiente pra ter ciúme do passado do outro. O quanto de nós não sonha em ter uma borracha mágica que apague de uma única vez todas as mágoas, dores e inseguranças que o outro teve. O quanto de nós não gostaria de viver uma vida a dois sem magoas e lembranças passadas.
Impossível eu diria! Não na vida adulta quando quase todos nós já passamos por experiências, vivências, dores e amores. E como tudo na vida deixa marcas, com isso não seria diferente. Alias somos o que somos devido a estas marcas, que nos ensinaram a escolher as pedras do caminho. Eu sei do valor de todas as nossas experiências. O tempo me ensinou que todas elas me ajudaram a chegar até aqui e que sem elas eu não seria o que sou, seria a Aline, mas talvez outra, com outros pensamentos e sentimentos com relação à vida e ao outro.

Mas, hoje estou em um momentinho egoísta. Me dei o direito. Prometo que até amanhã de manhã ele terá ido embora e o meu racional me terá dado um empurrão gritando em minha mente: “Acorrda!!!” e eu terei me arrependido de tal sentimento, mas até lá vai pro papel pelo menos e pra vocês que dividem comigo (risos).

Agora à vontade e de que as experiências podiam passar, deixar o bom e levar o ruim embora sem deixar vestígio nenhum. Podiam passar acrescentar e somar; nunca diminuir. Ou será que na verdade nunca diminuem mesmo?! Afinal sempre aprendemos alguma coisa não?! Mesmo que a ficha demora a cair, à experiência sempre ajuda a crescer. É... o sábio e velho amigo tempo. Nada como ele e a boa amiga paciência.

Estão vendo, já está passando. Até amanhã estarei curada! Tem salvação! Ainda bem!!(risos)

Obrigada pela ajuda.

Beijos.