terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Busca espiritual...



"É isso que pretendo com minha cambaleante prática espiritual: desfazer-me dos sentimentos negativos que me impedem de caminhar com desenvoltura. Quero transformar a raiva em energia criativa e a culpa numa zombeteira aceitação de minhas faltas; quero varrer para fora a arrogância e a vaidade. Não me iludo, nunca alcançarei o desprendimento absoluto, a autêntica compaixão ou o estado de êxtase dos iluminados - parece que não levo jeito para santa, mas posso aspirar... menos amarras, um pouco de carinho, a alegria de uma consciência limpa...
O medo é inevitável, devo aceitá-lo, mas não posso permitir que ele me paralise..." .
Recebi esse trecho do livro "A soma dos dias" de Isabel Allende, de uma amiga e li e reli algumas vezes por pensar que pra mim nesse atual momento é perfeito! Tudo no trecho é perfeito a começar pela minha “cambaleante prática espiritual” que é exatamente assim, uns dias caminha firme e segura, outros nem tanto assim, mas nem por isso eu deixo de fazer. Do meu jeito, da minha maneira, da maneira que eu aprendi ali e aqui, lendo, vivendo, sentindo eu levo o meu momentinho espiritual, as minhas rotinas com o divino, com o que de mais sublime que eu acredito que exista dentro de nós. E o que mais quero é exatamente o meu crescimento e não porque deva isso pra alguém, mais porque aprendi a duras penas que quanto mais centrada, harmônica e sintonizada eu estiver, mais as coisas fluem de maneira tranquila, menos o medo me trava e sendo assim com mais harmonia eu sinto os outros e a mim.
Hoje fico feliz de conseguir escutar algo que me incomoda, interiorizar, processar e comunicar verbalmente, assim nessa sequencia e dessa maneira. Isso hoje me faz feliz. Isso hoje eu consigo com a minha integração com o Universo, com o divino e com a possibilidade de estar pronta pra aprender. E por mais que pareça fácil pra alguns, pra mim não foi, o meu corpo várias vezes padeceu com a minha poderosa mente e foi olhando pra dentro de mim que aprendi a não guardar e verbalizar. Alias correção: eu não aprendi, estou aprendendo. E por mais que pareça egoísta, mesquinho, eu hoje não desejo coisas extremamente altruístas como ser santa, como disse a autora, e sim conviver com meus medos e “noias” de forma tranquila e serena, porque eu sei que sendo assim, estando bem, tudo ao meu redor estará. Uma das coisas que aprendi nessa “prática espiritual” e que se eu já fizer o meu mundo particular melhor e leia-se: aquele que habita dentro de mim, o resto se organizará. Não sou eu que tenho que ser responsável pelos mundos dos outros e sim ser harmônica pra poder levar comigo essa harmonia e subsequentemente a todos que estiverem ao meu redor. A história da mascará do avião, nê amor?! Acho que estou começando a aprender a colocar ela primeiro em mim e entender que se eu não tenho ar não tenho condições de ajudar nada, nem ninguém. Obrigada amor, por fazer parte dessa minha viagem interior que me leva a lugares nem sempre fáceis de serem visitados, mas que depois de explorados mostram uma paisagem deslumbrante.
Obrigada Ni pelo trecho do livro.
Beijos a todos.





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