terça-feira, 8 de outubro de 2013

Educar os filhos...

 
Ei! Você! Tem ai alguma receitinha de como educar seu filho pré-adolescente em 10 passos?! Não?! Poxa! Queria tanto!
Seria bom, não?! Um livro que colocasse você no caminho certo, que te desse todas as dicas de o que funciona e o que não funciona no departamento “quando seu filho te responde em alto e bom som”. Estou nessa fase (que fase!). Na fase em que quanto mais errados eles estão, mais cheios de razões. Assim, exatamente na mesma medida. E dai você conversa com uma e outra mãe e elas te falam que, com elas acontece da mesma forma. Aonde foi parar o respeito que tínhamos por nossos pais?! Nunca fui santa, nem muito menos a melhor menina da vizinhança, mas olha, eu não falava assim com meus pais e pessoas mais velhas. Pode até ser que existisse um pouco de medo nesse respeito, mas seja como for, acho que o respeito pelos outros, numa forma geral era maior. Acho que os valores tinham mais significados. Existia no ar certa “cerimônia” que muitas vezes nem era falada. Os olhares diziam muito!
 Tive pais bem severos, bem mais que a maioria, mas nem por isso faltava carinho e amor. Na casa da minha doce avó essas doses, amor, severidade, educação e brincadeiras eram harmoniosas. Não faltava nada. Ninguém cresceu não tendo a doce lembrança daquele lar. Uma verdadeira casa de avó. Com todo respeito necessário. Um respeito pelos mais velhos que hoje eu não vejo. E daí eu sempre fico me perguntando: Onde estou errando?! O eles faziam que eu não fiz?! Ou o que eu faço que eles não faziam?! O pior é que não encontro à resposta.
Será que foi o mundo que mudou demais e os valores acabaram se perdendo?! Será que valores como: respeito, consideração e educação viraram “démodé”?! Só de pensar nisso me passa um frio aqui na espinha! Ui! Tomara que não! Que seja mais uma “fase” e que com o tempo, com as conversas, broncas e alguns castigos inevitáveis tudo passe e volte a fluir (pra uma nova fase. Risos). Tomara que eu mesmo errando esteja no caminho certo e que lá na frente eu olhe e veja um ser humano bem resolvido, feliz, consciente e realizado. Que esse ser humano que eu estou ajudando a criar e que agora sábado dia 12 de outubro, faz 11 anos, crie seus filhos com amor e se a sorte ajudar, com menos “erros” que eu.
Apesar de toda angustia, que em dias como hoje tomam conta da minha alma, eu não trocaria esse papel por nadica de nada nesse mundo. Ser mãe ainda é um dos meus melhores papeis. Pelo menos o que mais me dá prazer e orgulho. Orgulho de ajudar a criar um ser humano com valores que eu acredito que farão dele um bom homem. E uma certeza eu tenho, esse homem vai olhar para trás e lembrar aqui da velhinha dele e saber que eu até posso não ter acertado em tudo, mas que mesmo os erros foram feitos com muito amor.
Beijo grande!

domingo, 29 de setembro de 2013

Itália querida!


Desde que voltamos da Itália, minha primeira viagem para fora do país, estou encantada tanto pela comida, pelos costumes e tudo que envolve ”che caro popolo”.
De uns tempos pra cá tenho sentido muita saudades daquela terra, daquele povo, dos cheiros e sabores. Hoje inclusive, conversando com uma amiga, comentei que se pudesse escolher um lugar para morar, a Itália seria uma forte candidata. Isso porque eu não conheço um décimo desse mundão! (risos).
Seja como for, recordar é sempre bom e na mudança relembrei um pouquinho da viagem dando uma rápida olhada no álbum que fiz especialmente para ela. Segue para vocês o texto que conta o começo dessa viagem.
Grande beijo e excelente semana.
Ps: sei que tenho escrito pouco, mas essas semanas eu ando com meu tempo meio no limite, em meados de outubro acho que acalma um pouquinho.


Pode escolher o lugar pra onde você quer fazer sua primeira viagem pra fora - ele disse - e eu logo pensei na Itália.
Não, não sou descendente de italianos, nunca convivi com uma família de “milaneses”, mas aquele país com seus gostos, sabores, gestos e músicas sempre me chamou atenção.
Então tá. Pode ser a Itália?! Claro! - disse ele sempre realizando meus “mais sublimes desejos”.
- Mas, você que vai organizar as cidades por onde vamos passar. Quero fazer a viagem pelo seu olhar, com os lugares que você quer conhecer – ele disse - mais uma vez, encantador como sempre. E lá fomos nós a primeira agência de viagens em um ensolarado sábado pela manhã, quase 5 meses antes.
Pra onde desejam ir?! Perguntou a dona da agência, muito mais preocupada em cuidar do filho que corria por ali do que no lugar aonde aquele ansioso casal queria ir pra conhecer. Ali, rapidamente fizemos um esboço dos lugares e ficamos de trocar email’s - mais pra frente iriamos descobrir que seria outra agência que organizaria nossas passagens e hotéis.
 Trocamos visitas e email’s com duas amigas que já tinham ido pelas terras Italianas e entre procuras na internet de quem já tinha feito aquele passeio, depoimentos e email’s com a agência, montamos nossa lista de lugares a conhecer na já querida Itália.
E no dia 01 de outubro partíamos pra melhor viagem, até agora, da minha vida. Foram 21 dias entre chegada e partida. 21 dias em que estive apaixonada e encantada por lugares, ruas, costumes, pessoas, culturas, comidas, temperos, gestos, sons, cheiros, cidades, mercados, lojinhas, cafés... enfim... a Itália pra mim, foi como voltar a um lugar querido. Como reconhecer uma rua sem conhecê-la de verdade. 21 dias de deslumbre total!
Aqui neste pequeno álbum, feito com papel trazido de lá e com o carinho da Ricorderia, algumas recordações. Nem todas caberão. Algumas estão no álbum do coração...

Fino a qualche tempo Itália.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Lar...

E o que é um lar além das paredes, teto, móveis e decoração?
Um lar é feito de muito mais do que isso. Um lar tem personalidade, respira, tem cheiros, cores, temperatura, formas e sentimentos.
Um lar acolhe e cuida do seu(s) morador(s), o recebe e o entende como talvez nenhum outro “ser” entenderia. Acolhe em dias de frio, de tempestades, de calor; o recebe, esteja seu morador da maneira e com o humor que estiver, com problemas ou mesmo sem. Não julga, não dá sermões, muito menos o expulsa. Um lar acolhe! E nenhum lugar no mundo inteiro será como o acolhimento do seu lar. Seja ele grande, pequeno, luxuoso ou modesto.
Estou em um momento muito especial da minha vida, me despedindo cuidadosamente desse lar e dando forma, cor, som e cheiros ao meu novo lar, que já tenho chamado de meu de forma natural e sincera. E isso tem sido tão especial. Poder a cada semana ir tirando as coisas dessa casa e levando e acomodando na outra, levando aos poucos um pouco de mim e do Gu para esse novo lar.
Uma casa que já está com cara de lar, daqueles que abraçam a gente ao entrar, que dão colo, carinho e atenção na medida certa, que tem quadros nas paredes contando estórias, poltrona de balanço para ler um bom livro, cozinha com cara de casa italiana, gatos dengosos, velas acesas, caminhas com lençóis cheirosos, flores nas jardineiras e espalhadas pela casa, música no ar, cheiros no ar que dizem que no fogão tem uma comida acolhedora e quente e o mais importante, são recheados de calor e de gente que se ama.

Beijos e boa noite!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Dicas...


Semana passada uma amiga de faculdade me pediu para que eu a relembrasse dos meus “truques” sobre utilidades domésticas e culinárias, que eu, ao longo do tempo ia falando para ela. Ela as iria anotar em um caderno junto das dicas da mãe. Quanta honra!
Adorei a ideia, porque são tantas aprendidas, que ao longo dos anos as que a gente não usa diariamente, acabam caindo no esquecimento.
São dicas simples, aprendidas com a minha avó, mãe, pai, irmã, madrasta, amigos e principalmente com a vida. Truques que facilitam, ajudam e até “curam”.
Seguem algumas:
- pingue algumas gotinhas (poucas, no máximo 10) de vinagre junto ao amaciante. Deixa toalhas mais macias.
- suco de um limão, uma boa colher de açafrão e quatro de mel, manda a tosse pra longe.
- quando errar a mão no sabão em pó e tiver espuma saindo por todos os lados da máquina, salpique por cima sal, abaixa na hora. (sal também serve para não deixar a cor dos tecidos coloridos irem embora).
- outra de tosse (eu sou mãe de menino): esfregue vick vaporub nos pés e calce uma meia.
- açúcar no molho de tomate tira a acidez.
- sujou a roupa com gordura? Pingue detergente de pia e lave normalmente.
- alecrim nas gavetas perfuma e acaba com as traças e o mofo.
- uma comida feita com carinho sempre esquenta a alma e o coração.
- nunca deixe de falar o que sente, mas nunca fale com raiva. Qualquer coisa falada com amor soa melhor.
- água de berinjela abaixa o colesterol e dá uma ajuda no emagrecimento (uma berinjela cortada dentro de uma jarra com um litro de água. Mantenha na geladeira).
- arrume sua mala sempre que possível com uns dias de antecedência, assim você evita de levar montes de coisas que não vai usar.
- cabelo sem brilho?! no último enxague (leve uma vasilha pro chuveiro) coloque umas gotinhas de vinagre de maça... O brilho é imediato!
- se você tiver que ter uma conversa pesada com alguém, antes de sair, imagine essa pessoa envolvida em uma luz azul clara, você vai ver como a conversa, que seria pesada, será super tranquila.
- se quer que o cabelo cresça mais e com mais volume corte, pelo menos um pouquinho no quinto dia da lua cheia.
- ao invés de água sanitária para branquear as roupas, deixe-as de molho com sabão e meio copo de álcool. E muito melhor e mais eficiente que a água sanitária. E não custa nada colocar para bater com três gotinhas de anil líquido.... o branco é de doer!
- perfume para casa: coloque em uma panela, um bom punhado de alecrim, lavanda, cravo e canela. Coloque para ferver até o perfume se espalhar pela casa.
... Não são dicas fáceis e uteis?! Espero que sirva para vocês como serve pra mim.
De vez em quando, vou colocando outras.

Beijo grande!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O primeiro canto da cigarra...

Hoje no finalzinho da tarde ouvi o primeiro canto delas... as Cigarras! Incrível isso, não?! Para cada época, para cada ciclo da natureza, um aviso, um som, uma mensagem nos comunicando que outra fase chegou.
Ah, a nossa sábia senhora dona Natureza! Perfeitamente harmoniosa em tudo que faz e toca. Pura plenitude e serenidade em suas ações e reações. Silenciosa na maior parte do tempo, mas se preciso for, pode transformar o menor sussurro em barulhos ensurdecedores.
Não me canso de admirar e tentar de alguma forma sempre me sintonizar com ela, com seus avisos, sinais e mensagens. Alias, acho que a Natureza é a maior mestra que temos. Ela sabe exatamente o ritmo, o tempo e a forma que as coisas têm que ter. O tempo de florir, de se permitir desfolhar, de secar e de se restabelecer e se torna fértil e produtiva novamente. Santa sabedoria! E nos aqui há destruindo um pouco a cada dia, sem ao menos nos darmos conta de que, sem ela, nada, nada, nenhuma tecnologia, nem a mais avançada, irá nos dar as necessidades mais básicas para sobrevivência.
Hoje mesmo escutei na rádio CBN, sobre à casa digital que os chineses estão inventando. Segundo eles, ela dará ao seu comprador uma “atmosfera” perfeita. Um ar sem poluição, na temperatura certa, sem vírus e bactérias e com a umidade perfeita. Sim, pode até ser excelente viver dentro dessa casa, mas ao sair de casa, será que o morador vai vestido de astronauta, com seu mundo perfeito dentro da roupa?!
Será que não seria melhor ao invés de investir dinheiro em “casas perfeitas”, investir dinheiro para cuidar da nossa grande casa?! Cuidar dessa grande mãe que harmoniosamente zela por nós, por todos nos!
Bem, por enquanto as cigarras estão cantando, anunciando o fim de uma estação e o começo de outra. A natureza se prepara para a estação mais abundante e fecunda do ano... a primavera!
Seja bem vinda Dona Cigarra! Cante muito! Cante alto!!
Grande beijo!


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Para minha Deisi...

Ela pode fazer você morrer de rir te contando como ela admira a “inteligência” das forminhas doceiras, como também pode te emocionar contando estórias vividas e conhecidas.
Você pode ligar para ela com o problema mais “cabeludo” e ela vai ouvir você atentamente e com a voz calma e tranquila – aliás, eu acho que nunca a ouvi falando alto – vai fazer você perceber que tudo tem uma solução e que o que você achava desesperador, pode não ser tão desesperador assim.
Ela sempre vai te lembrar das datas dos aniversários, vai saber comprar o presente perfeito e escrever o mais belo cartão. Aliás, escrever é um ponto alto dela! Quanto você tiver a felicidade de recebê-la em sua casa, ao sair ela vai te fazer chorar com a cartinha mais linda e tocante do mundo!
Ela não é falsa, nem se presta a fazer caras e bocas, mas também nunca vai tratar ninguém mal. Ela é a delicadeza, diplomacia e simpatia em forma de mulher. Não é de muitos amigos, mas de poucos a quem ela é fiel e prestativa. E a reciproca é verdadeira! Ela sabe os escolher.
Ela sempre vai te surpreender, seja com doces mensagens quando você menos espera ou com uma caixinha que chega do correio com um mimo pra lá de especial.
Além disso tudo, ela é linda, elegante, silenciosa, feminina, organizada, charmosa, atenciosa, amiga e muito divertida! Aquele tipo de companhia que agrada de “mamando a caducando”. Sabe tirar uma piada de onde menos se imagina, conhece lugares lindos e sempre vai saber te dar boas dicas de aonde ir, o que comer e o que levar.
Criou os filhos com a sabedoria de quem teve que “rebolar” com a D. Vida, que nem sempre foi muito tranquila. E tirou nota 10!
Não gosta de aniversários, mas quem a conhece sempre quer muito comemorar a sua vida, pois pra gente ela é insubstituível!
Essa é a minha doce irmã. E eu poderia passar horas aqui escrevendo sobre ela. Um ser humano da melhor espécie! A pessoa que esteve junto de mim desde sempre.  A quem eu sou grata por todo carinho, amor, dedicação e atenção que em todos os momentos me dedicou. A melhor amiga, companheira e cúmplice que eu poderia desejar.
Amo você! Ontem no dia da irmã (ão) e sempre.
Obrigada Papoula!



terça-feira, 3 de setembro de 2013

A pista...

Nada tão democrático quanto à pista de corrida e de caminhada ao ar livre.
Lá não se paga para entrar, nem muito menos para sair, não se assina contrato, não precisa apresentar atestado médico liberando você de fazer atividades físicas, lá não tem uniforme ou uma marca de roupa a ser seguida.
Pode ser frequentado por qualquer idade, inclusive para gestantes, não tem uma série, nem repetições a serem seguidas, a música depende do ouvinte, ou ele leva e escuta a que quer ou escuta a música que a rua toca. Você pode ir segundas, quartas e sextas, ou terças e quintas, ou todos os dias, ou mesmo mês sim, mês não, enfim, da forma que melhor agradar o cliente. Não tem bebedouro nem banheiros, portanto lá você tem que levar de casa a sua água ou comprar uma água de coco bem fresquinha, para se refrescar depois do exercício!
Não tem ordem, nem quantidades de voltas estipuladas, você decide de que forma vai fazer seu exercício e em quanto tempo. Lá você também pode ir para não fazer nada. Somente para admirar, paquerar, descansar, relaxar ou meditar.
Você pode ir de manhã bem cedinho, de tarde, de noite, pode levar a bike, os patins, os brinquedos das crianças, fazer piquenique, ler ou mesmo tomar um chimarrão. Pode ir para encontrar com os amigos e colocar o papo em dia, fazer um alongamento ou uma aula de que estejam dando por lá.
Os exercícios podem ser feitos a dois, a três, sozinha ou de turma! Lá você fará conhecidos, aqueles que na mesma hora em que você costuma ir, estão lá também e você os cumprimenta como se velhos amigos fossem. Boa tarde! Tudo bem?! Oi! Ou ainda um simples abaixar de cabeça.
A pista de caminhada...  nada mais democrático. Sem regras, sem normas, sem supervisão... apenas você e a sua vontade de estar ali para fazer o que te der na telha. Para mim serve para corridas e caminhadas, na companhia da música, do pôr-do-sol, dos conhecidos feitos ali e dos meus pensamentos.
Boa caminhada pra você! Ou melhor, boa ida à pista pra você!

Um beijo.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Dias de friozinho...


Adoro esses dias frios! Como por aqui são coisa rara e talvez ainda mais por isso, sejam, por mim, deliciosamente curtidos.
Adoro o “cheiro” do frio, as comidas, as roupas, o sono e a disposição que sinto muito mais no frio do que no calor de 34º!
O calor tem o poder de me consumir. Consome minha energia, minha fome, meu vigor e muitas vezes até meu humor! Claro que estou falando de calor intenso, daqueles que não adianta tomar banho por que não passa. Gosto de dias de sol azul e fofas nuvens brancas no céu, mas olha, se eu puder juntar esse céu com uma temperatura na volta dos 15º eu me sinto imensamente feliz! Não! Não sou infeliz no verão! Todas as estações têm a sua beleza, mas como tudo na vida, temos nossas preferências e eu prefiro que o termômetro esteja abaixo dos 20º. Ah! E se puder ter ainda uns dias de céu nublado, daqueles quase pretos, assumo! Eu adoro!! Adoro olhar o céu e ver lá longe nuvens carregadinhas e poder ficar ali vendo a chuva chegar, sem pedir permissão, simplesmente invadindo o céu, dando seu tom e encharcando a terra de água e o ar de “perfume”. Cada gosto, não é?! (risos). Minha avó iria dizer que é “céu de bruxa” e como uma que às vezes sou não nego a raça!
Sou verão também! Lindos dias de calor, céu e sol! Bebidas geladas, praia, mar, sucos saladas, roupas coloridas e um ar de felicidade em todos. Para mim é a estação das férias, mesmo pra quem trabalha. Impossível não entrar no clima, mesmo dento do escritório de paletó e gravata (coitados). Imagina morar e trabalhar no Nordeste em pleno janeiro?! Punição na certa.
Aqui no centro-oeste não temos as quatro estações e eu e todo meu ser sentimos uma imensa falta da chuva e do frio nessa época de calor e seca. Gosto de ver e sentir as estações quando elas são definidas, curtir cada uma com todas as suas particularidades, cheiros e sabores. Guardar e tirar as roupas apropriadas, comer o que a estação fornece, admirar a natureza e se preparar para a próxima que virá. Aqui na seca sinto-me como um maracujá largado há duas semanas na fruteira, bem enrrugadinho... Como se a seca tirasse de mim toda a água e a vitalidade. Eu sou daquelas que conta os dias no calendário pra chuva chegar e que em dias como hoje - com seca, mas que o calor deu uma trégua – fica feliz como “pinto no lixo”.
E pelas minhas contas a chuva somente dará o ar de sua graça em meados de setembro. Fazer o que né? Até lá vamos curtindo e admirando a beleza do centro-oeste que conta com o colorido dos Ipês para amenizar o clima.

Um grande beijo!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Processo de mudança....

E já começou o processo de mudança!
Já?! Sim, já! Separar as coisas da Ricorderia que seguem para a dona mor agora (finalizamos a sociedade, já que ela levava sozinha a empresa a um bom tempo, nada mais justo. Uma empresa tão querida assim tem que ter uma dona a altura!), dar livros que não vou mais usar e assim ir fazendo com cd’s, roupas e sapatos, louças e tudo mais que tem nesse meu cantinho.
Comecei meses antes para que tudo pudesse ser feito de forma calma, tranquila e carinhosa. Acho que na correria acaba passando muita coisa e como toda nova etapa requer estou dando o tempo e o cuidado que essa merece. Afinal uma nova vida começa ano que vem! Uma vida que será compartilhada em outra cidade, outro apartamento, outros ares, outras cores e sabores. Novos sonhos também já estão em andamento e por tudo isso que resolvi andar mais devagar para ir saboreando cada momento destes novos movimentos.
Movimentos que não envolvem somente a mim, mais o Gu e o meu amor. Movimento que mudará nossas rotinas e o nosso modo de viver. E cada um de nos está a sua maneira se organizando para que essa nova etapa comece de forma leve e tranquilamente.
No que cabe a mim, estou aqui, cuidadosamente, separando o que vai e o que fica e com quem fica, colocando a minha energia em ambas as coisas e desejando que o universo continue “com o vento” ao meu favor, ou melhor, a favor de todos nos. Organizando essa nova etapa da forma mais harmônica possível.
Universo, conto com você, viu!?

Grande beijo.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Conversas honestas...

Como ajudar quando nos encontramos no meio de uma relação que esta conflituosa?!
Como fazer para que os envolvidos guardem um pouco as suas magoas e tentem sentir o que se passa no coração um do outro?!
Como tentar aconselhar se os envolvidos não estão prontos para ouvir?!
Pode até ser que para alguns funcione tentar falar, mas o que aprendi até agora é que o melhor caminho é ouvir e esperar o outro silenciar para poder escutar. Não silenciar a voz, mas silenciar a alma, os pensamentos, silenciar o corpo.
Aqui no meu caso o conselho foi: conte como se sente, em relação ao que você fez e a como você se sente com a magoa do outro. É, eu sei, nada fácil isso! Como é complicado colocar no papel os seus sentimentos em relação a uma situação e a outra pessoa, mas o pior é que ainda não descobriram forma mais rápida e honesta de resolver um conflito. Sem enrolação, sem rodeios, sem “firulas”. Olha me sinto assim com relação a isso, por isso e isso. E gostaria que você me dissesse também como se sente.
Como seria mais fácil se fossemos honestos conosco 100% do tempo! Mas, somos mestres em arte dramática! Como se a vida lá na frente não fosse nos cobrar por todos os atos falhos.
Mas, depende da experiência de cada um... e eu vou fazendo o meu possível, tentando ajudar até aonde o outro acolhe a minha ajuda e tentando também ser honesta comigo e consequentemente com o outro 100% do tempo.
Bom dia! Grande beijo!!


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Nosso jeitinho nosso de ser...


Em um mundo em que todos têm um pouco de “fora do padrão” fiquei analisando quais são as minhas “esquisitices mais esdruxulas".
Como por exemplo, meus “toc’s”, alguns: tirar o sapato para entrar em casa, lavar os mesmos para guardar, ter cada coisa em seu devido lugar, não dormir com a porta dos armários abertas, secar a pia da cozinha depois de usar, não dormir com o lençol amarotado, arrumar a cama mesmo estando em um hotel, dar banho nos meus gatos de 15 em 15 dias – eles até já acham que são peixes – ter um saquinho pra cada coisa dentro da bolsa e sim, viver feliz com estes e outros “toquezinhos”.
Meu gosto por comidas que normalmente não se misturam como: ovo com mel – essa o Gu sempre que vê faz cara de erght - pão com peito de peru e geleia, figo em calda no prato do almoço, bebidas amargas, tutu de feijão com abacaxi e a grande maioria dos pratos de sal com uma pitada de doce – a herança alemã corre forte dentro do sangue!! – (risos)
Minhas manias: escutar a rádio CBN toda a manhã, tomar chá todas as noites antes de deitar, não almoçar tomando líquido, procurar sempre a vaga mais espaçosa, que em geral é a mais distante, ler três livros ao mesmo tempo, dormir com as pernas do meu noivo encima de mim, dormir cedo – até porque sou diurna, não rendo depois das 22:00 horas – tomar banho antes de ir deitar, passar perfume pra dormir, usar um bilhão de cremes – sou taurina oras – tomar banho quente mesmo morando em Goiânia e sair morrendo de calor, cheirar livros, acender velas e incenso quase todo santo dia, rezar dentro do carro antes de sair pela manhã e tantas outras que agora não me vem a mente até porque já viraram parte de mim.
Bem, se eu for perguntar para você, com certeza você também terá muita coisa a relatar e assim somos... Uma caixinha de manias, gostos, gestos e trejeitos que vão mudando ao longo da vida juntamente com a gente e com uma série de modificações que a vida vai nos proporcionando ao seu curso. Mas, fala sério, seria muito chato ser assim sem nenhuma estranheza, comum e dentro dos padrões. Aliás, padrão de quem?! Sempre seria de um alguém que jura que suas esquisitices são normais.
E bem provável que daqui a um tempo algumas coisas destas tenham mudado, outras tenham permanecido, mas hoje são essas as minhas esquisitices que me fazem me sentir em “casa” e segura. E as suas quais são?
Boa noite. Bom final de semana e até segunda.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Bravo Bocelli! Bravissímo!!



Comecei a ler a autobiografia do Andrea Bocelli e estou encantada!
Ele nasceu em uma pequena cidade na região da Toscana na Itália e apesar de já perder a visão logo novo, a sua infância e juventude foi mais salutar do que de muitas crianças de hoje em dia que temos que tirar da frente do computador – digo isso de cadeira, pois vivo esse problema aqui em casa.
Além de contar com as facilidades de uma cidade pequena, ele contou com uma família que transbordava amor e aconchego. Tudo que uma criança precisa para crescer feliz e bem resolvida e esse amor se reflete no que vemos hoje quando ele dá o ar de sua graça soltando a voz e enchendo o ambiente do mais belo som.
Logo cedo o pai descobriu o dom da música no menino e a partir dai, tanto mãe, como avós e até a carinhosa baba se desdobraram para comprar Lp’s de cantores de ópera para encantar e estimular ainda mais o menino. Logo criança foi levado para uma cidadezinha perto e colocado em uma escola interna que além do braile ensinava música e o que se segue é uma sucessão de atos em que o menino vai se descobrindo cantor. Claro que nem tudo são flores ao longo de sua vida, mas o que se percebe é que a música sempre esteve presente e todos ao seu redor de alguma forma contribuiram para que seu dom verdadeiro aflorasse. Dai juntando determinação + estímulo + amor + paixão = realização pessoal, na certa!
Fantástico isso não?! Quando temos pais que estimulam e apoiam nossos dons sejam eles quais forem. Quando temos uma família que consegue ver além das suas aspirações e enxerga no filho o seu potencial independente de pré-julgamentos.
Quanto dos nossos sonhos e desejos mal realizados não depositamos em nossos filhos na intenção de que eles o realizem para nós?! Fazemos isso o tempo todo. Seja em pequenas coisas diárias, seja em grandes sonhos. Mas é difícil mesmo discernir o que é nosso. Nossas metas, nossas expectativas, nossas convenções e criações do que de fato tem a ver com o outro. Porque por mais difícil que seja separar, essa criança ai ao seu lado, apesar de ser seu filho é outro. Outro ser humano, outra pessoa, que vai se tornar um adulto com desejos próprios, aspirações e desejos, mesmo que estes desejos estejam longe de ser o belo projeto de vida que você cuidadosamente planejou para ele. Assumo que falo isso para mim mesma diariamente.
Claro que muitas vezes fica difícil dar apoio e estímulo para todos os “dons” que seu filho jura que tem ao longo da infância e da juventude, mas saber sentir o outro com paciência e ter um olhar atento ajudam bastante a discernir o que pura curiosidade de uma futura profissão que pode o tornar uma pessoa feliz e bem resolvida, mesmo tendo dificuldades, como no caso do Bocelli.
Fica a dica do livro e da bela estória de alguém que leva o amor pela música na sua magnifica voz. Bravo Bocelli! Bravíssimo!!

Grande beijo. Até amanhã.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mais educação e gentileza, por favor!



Hoje depois de um quente e cansativo dia fui para o parque como de costume, só que ao invés de correr, como de costume, não liguei o “cronometro da Nike”, coloquei uma música bem light, ao contrário do resto dos dias e fui caminhar... Sem tempo, sem contar as voltas, sem pressa, sem pensamentos mil, sem lenço e sem documento!
Fui com a intenção de deixar minha mente descansar enquanto eu observava o mundo ao meu redor. Que delícia! Pude observar a natureza que já dá seus sinais de secura, as pessoas que passavam por mim, os que vinham do trabalho e os que estavam ali para se exercitar, os que namoravam, os carros que enfrentavam o engarrafamento e o espetacular pôr-do-sol... Ah! Como posso vir pra cá correr quase todos os dias e não dar uma paradinha para admirar esse cenário?! Que céu! Que cores! Que fechamento de dia mais lindo! Nada como a perfeição do Universo. Todos os dias, seja ruim ou bom, quente ou frio, bagunçado ou perfeitinho, irritante ou leve ele sempre termina como se fosse o dia de show mais lindo!
Como temos a aprender com a natureza, não?! Assumo, hoje duas horas de trânsito infernais e algumas pessoas daquelas que não respeitam o espaço do outro me tiraram o centro. Tentei me organizar, falei pra mim mesma que “a música deve sempre ser maior que os problemas”, mas hoje a sabedoria foi descartada com a rapidez que uma criança diz sim para um prato de brigadeiro. Sou humana e às vezes péssima comigo mesma! Sim porque quem perde ficando intranquila sou eu somente eu!
Mas, algumas coisas ainda me tiram do sério, do meu centro e uma delas e a falta de respeito. Não sou perfeita, nem tenho essa pretensão, mas poxa vida, será que dá para algumas pessoas perceberem que existe um mundo fora do lindo umbigo delas?! Deixa eu explicar: O estacionamento da faculdade é até grande, mas claro que existem muito mais carros do que vaga. – coisa corriqueira nos dias de hoje – Entre as vagas existe um espaço considerável para você poder abrir a porta do seu carro sem esbarrar no outro – isso se cada um tiver a consciência de estacionar dentro da vaga - além de poder sair. As vagas não são para caminhões, mas cabe uma caminhonete, por exemplo, com tranquilidade. Pois bem, estou estacionando meu carro e quando olho para o espelho retrovisor vejo uma moça no seu carrão chique estacionando em duas vagas, ou melhor, estacionando uma ova, ela largou o carro, sem ao menos se dar o trabalho de arrumar. Bem, o cara que vinha logo atrás deu uma buzinada e falou: Moça, você está usando duas vagas. O que ela, linda e loira respondeu já dando as costas e saindo: Meu carro é grande, e assim que vai ficar!
Vem cá filha, sabe aquele ditado “o seu direito começa aonde o meu acaba”?! Tem outro: “o seu espaço acaba aonde o meu começa”! Como podemos querer um mundo com direitos e respeito se nem ao menos fazemos a nossa mínima parte?! Não estou me eximindo de culpa, mas existem algumas atitudes que, por favor, não dá para tolerar. Educação e gentileza não são “utensílios” domésticos! Servem para tudo em todos os momentos! Além do que sempre fazem bem. Bem para quem usa e para quem recebe, e de uma coisa não podemos esquecer, um dia estamos do lado de cá e no outro do lado de lá.
Mil desculpas para o desabafo! Mas em tempos de protestos...
Beijo grande.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Prazer: Cozinhar...


Ontem foi dia dos pais e estas festividades pra mim tem sempre um sabor especial, sempre um motivo pra fazer o que mais amo pra quem mais amo, traduzindo: cozinhar para reunir ao redor da mesa, familiares e grandes amigos.
Cozinhar pra mim e como poder acarinhar, embalar e mimar quem eu amo. E tudo começa bem antes: com a escolha dos pratos e das bebidas, a compra dos ingredientes e das flores e a arrumação da casa e da mesa. Com tudo pronto começa a grande diversão... Colocar uma música pra tocar - sim, cozinhar pra mim envolve todos os sentidos, portanto a música tem que ser perfeita - tirar os ingredientes da despensa, colocar água para ferver, escolher as panelas, coloca-las no fogão e a partir dai fazer: magia! Misturando temperos, cores e sabores. Experimentando temperos diferentes, criando receitas diferentes... Uma “alquimia” que enche a minha alma e o meu coração de felicidade e encantamento ao ver os ingredientes se misturando e soltando aromas que enchem a boca d’água e os olhos de prazer.
Pra mim é algo como um mundo paralelo perfeito que eu entendo e que me entende, um mundo que me recebe sem julgamentos, nem barreiras. Na minha cozinha eu posso tudo e o Universo sempre conspira ao meu favor. Sim, eu erro muitas vezes, mas mesmo o erro ali é mais fácil de entender e nunca soa como reprovação e sim como um recado carinhoso de que naquele dia minha sensibilidade não estava antenada e eu não estava entregue.
Livros, eu tenho muitos e de tempo em tempo me presenteio com um e eles são sempre mais um estímulo para mais criações, para mais devaneios e “elucubrações” culinárias. Funciona assim: eu compro o livro, devoro as receitas com os olhos, me apaixono por alguma e encima da receita enamorada crio o meu prato. Digamos que um plágio! (risos)
O domingo foi dos pais, mas o presente foi pra mim! Poder cozinhar e ver todos ao redor da mesa, num domingo ensolarado é um presente que nenhum “cartão paga!”.
E o seu prazer qual é?!
Grande beijo!


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Batom vermelho...



Então um dia ela acordou tomou seu banho se vestiu e na hora da maquiagem básica de todo dia o batom vermelho que estava ali para ser usado, moderadamente em algumas noites deu uma piscadinha pra ela e ela não resistiu. Ela que sempre usava batom em tons cor da pele, marrom ou no máximo um cor-de-rosa, arriscou. Passou com muito cuidado pra não borrar – principiante sabe como é – e gostou! Saiu de casa as seis e pouca da matina de batom vermelho! Ela sou eu!

Dona Vida! A senhora é uma “pessoa” muito divertida e curiosa! Sempre nos dando a oportunidade de nos reinventar de nos descobrir de nos saborear. E que coisa incrível isso de mesmo aos 30, 40, 50, 70... 80 descobrirmos em nos coisas que antes nunca havíamos notado, como esse gosto “reluzente” por batom vermelho as seis da matina.

Claro que esse foi o assunto do dia e tenho a leve impressão que pelo menos pra mim será pelo resto do mês! (risos) Afinal descobrir esses gostos coloridos depois de certa idade é no mínimo inusitado.

Não satisfeita ainda colori minhas unhas com mais vermelho! Esse num tom diferente, mais vivo, mais aberto! Ah! Sem contar que há pouco tempo, também me descobri adorando pintar as unhas dos pés das mais variadas cores. Essa Dona Vida! Uma fofa! Colorindo os meus dias, colocando pitadas de “pimentinhas malaguetas” em mim.

Nada como essa deliciosa “coisa” chamada movimento, que mexe conosco, com nossos gostos, com nossos valores, com nossas convicções, com nossas certezas que de certezas elas não tem muito. E isso ai! Viver, gostar, aprender, vivenciar, desgostar, reinventar, reaprender, morrer pra algumas coisas, renascer, fluir, se conhecer, jogar nossas certezas por terra e começar tudo novamente em outro momento em uma nova etapa.

Obrigada Dona Vida! Adorei meu dia vermelho, meu dia cheio de cor, cheio de paixão, luz, sabor e som!


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Aprender a ouvir...

 


Hoje voltando da faculdade, liguei a CBN e estava dando uma entrevista com um senhor que falava sobre a dificuldade de comunicação. Não vou poder passar o nome do entrevistado porque quando liguei a entrevista já havia começado, mas o fato é que o assunto me chamou muito a atenção, até porque concordo com ele.

Segundo ele as pessoas hoje se comunicam de maneira muito ruim e por vários aspectos. Primeiramente existe como que uma “máscara” que usamos para sermos aceitos aqui e ali e isso faz com que nossos reais sentimentos e valores fiquem deixados de lado, outros fatores são: vergonha muitas vezes de falar em público, ou até em uma pequena reunião, a tecnologia que acabou trocando o “olho no olho” por “celular no celular”, até mesmo estando um ao lado do outro... Mas, segundo ele o fator mais importante dessa comunicação falha ou “precária” como diz meu amor e a dificuldade que temos – sim, temos! Você, o vizinho, eu. - de ouvir! Brincando ele sugere inclusive que deveria existir além dos cursos de oratória já existentes, cursos de “ouvidoria”. (risos)

“Em geral, quando o outro fala a cabeça está em outros lugares... na conta pra pagar, na unha que esta descascando, no que fazer de almoço, em buscar o filho na escola etc e tal . Quando escutamos o outro verdadeiramente, prestando atenção na sua fala, em seus gestos, em seu tom de voz, escutamos por detrás das mascaras e sentimos o que de fato o outro tem a dizer. “ De acordo com ele é assim que acontece.

E de fato realmente é isso, somente aprenderemos a nos comunicar quando aprendermos a ouvir. Ouvindo damos valor à fala do outro e damos o primeiro passo a caminho da comunicação. Da comunicação que expressa de forma clara e sincera o que sentimos.

Há muito tempo eu mesmo deixei de “disputar” uma vaga pra falar quando me encontro em uma mesa com dois, três atropelando um e outro pra ver quem fala mais... pra mim quem fala menos, na verdade, porque me diz se alguém escuta alguma coisa?! Eu me recolho a minha insignificância e fico ali observando todos falando e ninguém ouvindo.

O pior não é a mesa de bar, a apresentação que não foi muito boa, a aula que não prendeu a atenção dos alunos; nestas coisas vamos dando um jeitinho aqui e ali, fazendo um curso de oratória e aprendendo a falar, mas e quando o assunto é sobre nossos sentimentos, quando a “boca cala e o coração padece”?! Eu já sofri desse mal. E hoje ainda, sofro. Menos, com certeza, até porque tive a sorte de ter um amor que é também meu melhor amigo, mas sei o quando não ser ouvida e não falar com clareza pode macular uma relação. E falo não somente da relação a dois, mas de todo tipo de relação, desse tipo que envolve sentimentos.

Receita acho que ninguém tem uma certeira, mas de uma coisa sei, tentar falar de verdade o que se sente é um bom passo... o segundo, com certeza é ouvir! Ouvir com toda atenção e com todo o coração.

Grande beijo! Até amanhã.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Estou de volta!

 
Então me descobri com saudades desse lugar. De escrever e de dividir sentimentos e pensamentos. Um lugar que é meu e de quem quiser passar por ele. Aliás, fiquei pensando nisso: Por que será que eu não voltei a escrever em um diário ou coisa que o valha?! Por que senti saudades de um lugar onde fico exposta?! Será vaidade, carência, vontade de fazer terapia em grupo ou frustação de uma escritora que não vingou?! (risos) Não sei, e nem imagino que vá descobrir por agora, mas seja como for, saber que por aqui eu divido meus sentimentos com outros corações e mentes é uma coisa que gosto.
Bem, arrumei a casa, tirei o pó, pintei com folhinhas de uma das minhas árvores preferidas e voilá! Vamos escrever!
E o primeiro texto será pra uma família pra de especial... a minha!
 
Minhas férias de inverno.
Há tempos estava devendo uma visita para as minhas tias e primos no Sul, então aproveitamos a semaninha de férias do meu noivo, enchemos a mala de casacos – a previsão era de frio, muito frio – e fomos!
A organização deles foi curtida conosco já semanas antes. Todos super animados para a nossa ida, tanto de cá, como de lá. Eles organizaram para os finais de semana jantares e almoços e durante a semana nos deixaram livres – com direito a carro chique – para passearmos pelas redondezas. O que por sinal foi motivo de muitas piadas internas, já que todos os dias fiz meu noivo ir sempre em direção a serra. Fazer o quê se Gramado e Canela são lindas e ainda mais lindas no frio de 3º!
No primeiro sábado meu primo, um exímio cozinheiro, organizou uma feijoada para reunir toda a família e foi... Delicioso, quente e acolhedor! Enquanto lá fora fazia muito, muito frio, lá dentro com primos, amigo, tias e tio, o amor, as risadas, o carinho e o calor humano aqueciam a todos nós! Somos todos descendentes de alemães, mas quando nos encontramos tenho uma sutil impressão que a Alemanha pode ter um pé na Itália, pois todas as regras e formalidades se transformam em amor barulhento e um prazer imenso de estar juntos. O prazer de relembrar estórias, de estar perto, de não ver o tempo passar, de tirar fotos para registrar o momento, de brincar, rir e de perceber que apesar dos anos e da distância tudo continua como sempre foi...
Lá não estavam todos, faltaram primos que moram distante e não puderam ir e duas grandes pessoas que deram inicio a esse grande “encontro”. Duas pessoas que mesmo não estando de corpo presente foram lembradas por seu significado e importância em nossas vidas. Dois grandes seres humanos, daqueles que marcam nossas vidas pelo exemplo, amor e sabedoria com que viveram suas vidas.
Lá nestes dez dias nos sentimos acolhidos e amados por uma família que tenho um imenso orgulho de chamar de “nossa”, afinal agora meu noivo também faz parte dela. Com todos seus erros e acertos, com suas qualidades e defeitos, com seus problemas, regras e soluções eles são a melhor família que eu gostaria de ter. E que se não fosse minha eu roubaria pra mim.
Obrigada meus amores! Amo vocês e não vemos a hora de estarmos ai novamente pra tomar muito chá de abacaxi, passear por Canela, assar uma carne, tomar muita cerveja, rir, conversar e principalmente estar juntos!
E a sua família, tem quanto tempo que vocês não se reúnem em torno de um fogão?!