segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Mamadeira espumante...


Não sou assim uma aficionada por eletrônicos e afins, mas este final de semana ganhei do meu namorado um celular novo e no primeiro momento deixei ele ali quietinho esperando o meu momento pra poder sermos apresentados. Pois bem, hoje antes de sair coloquei-o na bolsa, pra quem sabe interagir com ele. Como hoje foi o primeiro dia de aula, enquanto o professor explicava seu método de aula eu como quem não quer nada, peguei o celular e....me encantei!
Gente, tudo de bom!! Claro que ainda não conheço metade do potencial da “criança” mas ele é fofo! Ainda estou na fase (chata) de repassar a minha agenda (incrível como a gente descobre contatos inúteis), mas mesmo assim já passei algumas horinhas com ele, descobrindo em mim uma apaixonada (pelo menos por este tipo) por eletrônicos!
Falando em eletrônicos ontem foi o dia dos pais e no caso o meu adoora eletrônicos. Daquele tipo que dorme com o produto do lado pra não perder um minuto da novidade. Estou falando dele porque ontem foi dia dos pais e eu não pude estar com o meu pessoalmente, mas queria deixar aqui (mesmo que com atraso) o meu agradecimento.
Nestas férias quando fui pra São Paulo participei de uma vivência no curso de astrologia que meu namorado foi fazer (a vivência era aberta pra todos) e em um certo momento, quando se falou da lua, que no caso são as suas emoções, o mediador pediu pra gente escolher alguém estranho naquele grupo e sentar a sua frente e de olhos fechados deixar a mente ir até os momentos de nossas infâncias.( Claro que tinha uma música e uma luz própria pra ocasião e por isso era mais fácil vivenciar aquilo) Bem, assim fiz e pouco tempo depois estava eu na minha cama, no meu quarto de criança, acordando, recebendo do meu sorridente pai a melhor e mais espumante mamadeira de leite com chocolate do mundo inteiro(acho que ele ficava um bom tempo sacudindo ela ou será que batia no liquidificador?!). Junto com isso, enquanto eu me deliciava, eu recebia as primeiras palavras de estimulo pro meu dia ser maravilhoso, sempre acompanhadas de uma música clássica ao fundo.
Quando abri os olhos pra poder trocar a experiência com a minha parceria, me peguei com os olhos cheios de lágrimas e saudades daqueles deliciosos e reconfortantes momentos.
Pai, obrigada, por ter me dado confortáveis e carinhosas lembranças da minha infância.
Hoje o texto é da Martha (pra variar) e também pra todos os pais, avôs, tios, padrastos...e pros que ainda vão ser.
Grande Beijo.


“Pai é um só.
Verdade seja dita: há muitas como sua mãe, mas ninguém como seu pai
Mãe é tudo igual, só muda de endereço.
Não concordo 100% com essa afirmação, mas é verdade que nós, mães, temos lá nossas semelhanças. Basta reunir uma meia-dúzia num recinto fechado para se comprovar que, quando o assunto é filho, as experiências são praticamente xerox umas das outras.
Por outro lado, quem arriscaria dizer que pai é tudo farinha do mesmo saco? Nunca foram devidamente valorizados, nunca receberam cartilhas de conduta e sempre passaram longe da santificação. Cada pai foi feito à imagem e semelhança de si mesmo.
As meninas, assim que nascem, já são tratadas como pequenas “nossas senhoras” e começam a ser catequizadas: “Mãe, um dia você vai ser uma”. E dá-lhe informação, incentivo e receitas de como se sair bem no papel. Outro dia, vi uma menina de não mais de três anos empurrando um carrinho de bebê com uma boneca dentro. Já era uma minimãe. Os meninos, ao contrário, só pensam nisso quando chega a hora, e aí acontece o que se vê: todo pai é fruto de um delicioso improviso.
Tem pai que é desligado de nascença, coloca o filho no mundo e acha que o destino pode se encarregar do resto. Ou é o oposto: completamente ansioso, assim que o bebê nasce já trata de sumir com as mesas de quinas pontiagudas e de instalar rede em todas as janelas, e vá convencê-lo de que falta um ano para a criança começar a caminhar.
Tem pai que solta dinheiro fácil. E pai que fecha a carteira com cadeado. Tem pai que está sempre em casa, e outros, nunca. Tem pai que vive rodeado de amigos e pai que não sabe o que fazer com suas horas de folga. Tem aqueles que participam de todas as reuniões do colégio e outros que não fazem ideia do nome da professora. Tem pai que é uma geleia, e uns que a gente nunca viu chorar na vida. Pai fechado, pai moleque, pai sumido, pai onipresente. Pai que nos sustenta e pai que é sustentado por nós. Que mora longe, que mora em outra casa, pai que tem outra família, e pai que não desgruda, não sai de perto jamais. Tem pai que sabe como gerenciar uma firma, contruir um prédio, consertar o motor de um carro, mas não sabe direito como ser pai, já que não foi treinado, ninguém lhe deu um manual de instruções. Ser pai é o legítimo “faça você mesmo”.
Alguns preferem não arriscar e simplesmente obedecem suas mulheres, que têm mestrado e doutorado no assunto. Mas os que educam e participam da vida dos filhos a seu modo é que perpetuam o charme desta raça fascinante e autêntica. Verdade seja dita: há muitas como sua mãe, mas ninguém é como seu pai. "

Martha Medeiros.







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