domingo, 31 de janeiro de 2010

Acompanhada ou sozinha?



Este final de semana foi, está sendo, delicioso e cheio de presentes inesperados e novos amigos.
Devo andar meio na fase do receber, porque olha o que ganhei de presentes!! Todos extremamente significativos e adoráveis! Ganhei inclusive a companhia deliciosa do meu professor de fotografia que veio de Brasília pra me dar aulas de fotografia, de vida e de auto estima!! A grande maioria dos presentes foi dele e um dos que mais gostei foi uma sessão de fotos minha!! Que logo, logo colocarei aqui pra vocês curtirem comigo! Olha gente ficou incrível! Amei!! O engraçado é que apesar de amar fotos nunca tinha tido fotos deste nível minhas. Foi tudo de bom! Me senti a própria estrela! (menas!! risos).
O final de semana ainda foi recheado com novas amizades, coisa essa que adoro!! Alías, amigos, agora terei um juiz lendo minas “baboseiras”. Ai que vergonha!!! (risos).
Bem... só me resta agradecer a D. Vida que resolveu me presentear com tantos “presentes” em apenas 2 dias. Muito obrigada!!
Hoje o texto da Marthinha fala de estar sozinho e acompanhado. Engraçado que isso é uma coisa que tenho falado muito ultimamente.
Adorroo estar acompanhada dos meus amigos, da minha família, mas sabe, sou uma pessoa que sei me curtir. Adoooro tirar um dia pra mim. Escutar música bem alta, cozinhar, ler um bom livro, ver um filme, ou vários! Escrever!! Enfim... concordo com ela quando diz que existem certas coisas que é perfeito fazer com “aquela” pessoa em especial, mas olha, eu também me curto um montão! Alias, preciso dos meus momentos!! Eles são essenciais pra mim. Acho inclusive que é nestes momentos em que me percebo, me sinto e sinto o mundo ao meu redor de uma forma mais completa e mais sentida. 
Acho importante as vezes o "estar só". Até porque se pararmos pra pensar somos sozinhos! Nascemos e morremos sozinhos. Os nossos pensamentos, sentimentos, percepções são somente nossos. Os nossos percalços temos que passar sozinhos. Nada como ter alguém ao lado pra te acompanhar, mas seus sofrimentos e alegrias, não tem jeito, são unicamente seus. Dá pra dividir, mas pedir pra alguém passar por você; não tem jeito!!
Fiquei pensando no que ela perguntou: “seus melhores momentos você passou sozinha ou acompanhada?” Acho que os dois! Tive momentos maravilhosos acompanhada. Momentos de pura poesia e de pura loucura. Momentos marcantes que guardo em lugar muito especial no meu coração e na minha vida. Momentos que fazem de mim o que sou hoje é que dão um significado ainda maior a minha vida. Mas, os que tive sozinha, mesmo em casa, lendo ou simplesmente escutando uma música também foram muito importantes. Em muitos deles, inclusive, foi aonde tive tantas ídeias, sensações e percepções. Mas, eu concordo com ela; acompanhada até os piores momentos parecem bons. Dividir a vida é no mínimo acolhedor e reconfortante! Afinal...."Ninguém é uma ilha"!!  Eu jamais viveria sozinha numa ilha! Robinson Crusoé pra mim, nem pensar!! Amo gente! Amo compartilhar! Amo estar junto!
E os seus melhores momentos?! Sozinha ou acompanhada?!
Acho que viajei muiito na “maionese” hoje! Mas, vocês me conhecem e sabem, que vindo de mim... faz parte!
Agora o texto da Martha!
Beijo e um excelente domingo de sol!

"É impossível ser feliz sozinho?


Pense nos melhores momentos da sua vida: você estava sozinho ou acompanhado?
A limentar muita expectativa é o caminho mais curto para a frustração. Mais uma vez a máxima se confirmou: fui assistir a Amor sem Escalas, o badalado filme do mesmo diretor do excelente Juno, e não fiquei impactada como se prenunciava. Achei bom, apenas. Tem alguns diálogos espertos e uma inversão de papéis inusual (no que se refere a relações entre homens e mulheres), mas, apesar do frescor que Jaison Reitman imprime a seus filmes, desta vez ele por pouco não escorregou pro sentimentalismo barato. Dentro do mesmo tema – é possível ser feliz sozinho? – prefiro Estrela Solitária, de Wim Wenders, que tratou sobre o isolamento do ser humano com muito mais poesia e beleza.
Ainda assim, uma frase me marcou. “Pense nos melhores momentos da sua vida: você estava sozinho ou acompanhado?”.
Pode não ser comum, mas há pessoas que não têm nenhuma vocação para constituir família, e nem por isso merecem a cadeira elétrica. Eles simplesmente preferem estar em movimento, não ter amarras, e essa liberdade cobra um preço que, se costuma ser alto para a maioria, para outros pode ser uma dívida fácil de quitar.
Eu bem que gosto de ficar sozinha. Já tive ótimos momentos comigo mesma dentro de um trem, em frente ao mar, lendo um livro. Mas reconheço que os momentos sublimes, aqueles eleitos como inesquecíveis, aconteceram quando eu estava “avec”. Reconhecer isso não faz eu desprezar a solidão, mas me impede de adotá-la como estilo de vida permanente.
Sozinha eu posso ser mais livre, mas não sou desafiada. Compartilhar a vida com alguém exige participação: a gente é impelido a se manifestar, a traduzir em gestos e palavras o que estamos sentindo, e isso engrandece o momento, cria vínculo, avaliza o que está sendo vivido, confere magia ao instante, credibiliza aquilo que está nos deixando emocionado.
Não precisa ser um momento repartido apenas com seu grande amor: pode ser também com os pais, com um irmão, um amigo, até mesmo com desconhecidos. Quando se olha nos olhos dos outros e se compreende o que se está passando, a sintonia se dá, mesmo silenciosa. Lembrei de Scarlett Johansson sozinha num bar de hotel em Tóquio, percebendo o também solitário Bill Murray tomando seu uísque, em Encontros e Desencontros. A secreta comunicação do olhar entre ambos dava sentido ao que não havia sentido algum.
Pode acontecer entre dois, e também pode acontecer entre muitos. Um estádio de futebol lotado, com a massa gritando pelo mesmo time. Um show vibrante, todos cantando a mesma letra. Imagine se o espetáculo fosse exclusivo pra você: que graça teria?
Estando sozinhos, a sensação interna sobre o que está sendo vivido é quase triste, mesmo que não seja.
Juntos, até o que não parece alegre, fica."
Martha Medeiros.

2 comentários:

  1. Muita informação pra uma pessoa da roça... De qualquer forma, vai aí minha singela sugestão: sozinha ou acompanhada pouco importa desde que esteja aberta para as coisas boas que podem brotar da situação.
    Bjo
    Cumadi

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  2. Amore,
    que novidade legal, hein?!?
    Fiquei curiosa pra ver o seu book! TEnho certeza que deve estar liiiiiindo!
    Tô tão orgulhosa de vc... estar botando a mão na massa, aprendendo coisas novas pra se virar sozinha... Tudibom!
    Quanto ao texto de Marthinha, mais uma vez a bichinha fala a coisa certa...

    Acho que a solidão pode ajudar as pessoas a valorizarem uma boa companhia... ou, para os mais amargurados com a vida, acaba sendo cultuada, consciente ou inconscientemente, já que manter qualquer tipo de relacionamento envolve sensibilidade, compreensão, humanismo e amor...

    Coloca fotos, hein?!

    Um beijo

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