quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Sonhar...
E quando menos se espera vem a D. Vida me trazer grandes oportunidades.
Segunda fui a Brasília encontrar com meu professor de fotografia que tanto já falei aqui e depois de um bom papo e de encher meus olhos e minha alma com seus trabalhos recebi um proposta. Não vou especificar aqui o que vem a ser porque ainda é um projeto. Mas, o que vem ao caso não é o projeto em si , mas sim o convite que me deu uma honra imensa. Honra por ter vindo de uma pessoa com uma sensibilidade e um “curriculum” que nem chegam perto do meu. Honra por ter alguém tão capacitado acreditando no meu potencial e na minha sensibilidade. Sensibilidade essa que eu até sei que tenho, mas não achei que chegava a tanto.
Não sei se dará certo e se atenderei suas expectativas....mas, a vida é feita de tentativas! E eu estou com muita vontade de tentar e fazer acontecer! Quem sabe, eu não me surpreendo!?
Por enquanto ainda é um sonho. Mas, é preciso sonhar pra poder realizar não é??!! Então...vamos lá!!!
Ah!! Hoje é quarta-feira, dia da coluna da Martha Medeiros. Alias, pra variar o texto é excelente!! Tomara que vocês também gostem.
Beijos.
"A nova minoria
É um grupo formado por poucos integrantes. Acredito que hoje estejam até em menor número do que a comunidade indígena, que se tornou minoria por força da dizimação de suas tribos. A minoria a que me refiro também está sendo exterminada do planeta, e pouca gente tem se dado conta. Me refiro aos sensatos.
A comunidade dos sensatos nunca se organizou formalmente. Seus antepassados acasalaram-se com insensatos, e geraram filhos e netos e bisnetos mistos, o que poderia ser considerada uma bem-vinda diversidade cultural, mas não resultou em grande coisa. Os seres mistos seguiram procriando com outros insensatos, até que a insensatez passou a ser o gene dominante da raça. Restaram poucos sensatos puros.
Reconhecê-los não é difícil. Eles costumam ser objetivos em suas conversas, dizendo claramente o que pensam e baseando seus argumentos no raro e desprestigiado bom senso. Analisam as situações por mais de um ângulo antes de se posicionarem. Tomam decisões justas, mesmo que para isso tenham que ferir suscetibilidades. Não se comovem com os exageros e delírios de seus pares, preferindo manter-se do lado da razão. Serão pessoas frias? É o que dizem deles, mas ninguém imagina como sofrem intimamente por não serem compreendidos.
O sensato age de forma óbvia. Ele conhece o caminho mais curto para fazer as coisas acontecerem, mas as coisas só acontecem quando há um empenho conjunto. Sozinho ele não pode fazer nada contra a avassaladora reação dos que, diferentemente dele, dedicam suas vidas a complicar tudo. Para a maioria, a simplicidade é sempre suspeita, vá entender.
O sensato obedece a regras ancestrais, como, por exemplo, dar valor ao que é emocional e desprezar o que é mesquinho. Ele não ocupa o tempo dos outros com fofocas maldosas e de origem incerta. Ele não concorda com muita coisa que lê e ouve por aí, mas nem por isso exercita o espírito de porco agredindo pessoas que não conhece. Se é impelido a se manifestar, defende sua posição com ideias, sem precisar usar o recurso da violência.
O sensato não considera careta cumprir as leis, é a parte facilitadora do cotidiano. A loucura dele é mais sofisticada, envolve rompimento com algumas convenções, sim, mas convenções particulares, que não afetam a vida pública. O sensato está longe de ser um certinho. Ele tem personalidade, e se as coisas funcionam pra ele, é porque ele tem foco e não se desperdiça, utiliza seu potencial em busca de eficácia, em vez de gastar sua energia com teatralizações que dão em nada.
O sensato privilegia tudo o que possui conteúdo, pois está de acordo com a máxima que diz que mais grave do que ter uma vida curta é ter uma vida pequena. Sendo assim, ele faz valer o seu tempo. Reconhece que o Big Brother é um passatempo curioso, por exemplo, mas não tem estômago para aquela sequência de conversas inaproveitáveis. É o vazio da banalidade passando de geração para geração.
Ouvi de um sensato, dia desses: “Perdi minha turma. Eu convivia com pessoas criativas, que falavam a minha língua, que prezavam a liberdade, pessoas antenadas que não perdiam tempo com mediocridades. A gente se dispersou”. Ele parecia um índio.
Mesmo com poucas chances de sobrevivência, que se morra em combate. Sensatos, resistam."
Martha Medeiros.
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Amore,
ResponderExcluiré muito legal e bacana nos deparar com situações em que precisamos nos exergar um pouco pelos olhos das outras pessoas, que nos valoriza e vê aquilo que o complexo de culpa e auto-estima não deixam!
Acho que vc tem mais é que ficar honrada e feliz pelo convite que recebeu. Tenha certeza de que se ele veio pra vc, é porque acreditam totalmente na sua capacidade...
Quanto ao texto de Marthinha, nada mais perfeito e sensato. Vamos bocar a boca no balão, sem medo de errar e agradar a sociedade.
Ser autêntico e cheio de fundamentos é o que há.
Beijo