terça-feira, 28 de junho de 2011

Até qualquer dia...




Não adianta! Todo dia eu sento na frente do pc pra escrever e... nada. Não ando em um momento “escritora de mentirinha” tem tempo já. Portanto, gostaria de agradecer imensamente a oportunidade desse espaço e de poder dividir minhas coisas, mas por enquanto vou ficando por aqui. Não vou acabar com o blog. Vou deixar ele aqui até segunda ordem... quem sabe um dia.

Um beijo imenso. Fui....

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ki....


Técnicas de Ki


1 Treinar para receber Aceite as coisas como e quando elas acontecem e não questione o porquê.

2 Treinar para cair Não há caminho sem tropeço. Todo mundo cai, você também vai cair. Para não se machucar, preserve a cabeça. Olhe para o seu umbigo, de onde veio, e mantenha-se fiel à sua origem.

3 Não há situação absoluta O que considera o máximo não é o máximo. Ao impor sua forma de ver, exclui possibilidades e respostas mais criativas.

4 Não há situação definitiva Tudo acaba ou se transforma, como o ciclo: nascer, crescer e morrer.

5 Para cada problema, há quatro saídas O corpo faz, no mínimo, movimentos para a direita, a esquerda, para cima e para baixo. Num impasse, também há quatro alternativas: o tempo para começar a reagir, o ponto de partida, a intensidade da ação ou o reconhecimento de que não há nada a fazer. A escolha de uma delas abre novas possibilidades.

6 Convide o outro a se mover É o princípio da gentileza. Comece com “por favor,” sem se impor. Se optar pela autoridade, terá vassalos, não parceiros.

7 A circunstância define a técnica O que serve numa circunstância não vale para outra. Olhe à sua volta e adapte-se. O fato define a forma de reagir.

8 O movimento é feito a partir de você Não transfira as responsabilidades. Inicie o movimento e inspire o outro. Mude para ele fazer o mesmo.

9 O ponto de atrito é o menor ponto do contato A divergência não é vital. Trate dos pontos que unem você e o outro e não dos que os separam. Se ficar presa ao que vai mal, permanecerá na briga.

10 Não existe vitória Você apenas realizou o seu projeto do momento. Para ganhar, alguém tem de perder, e não será bom se relacionar com o derrotado.

Olga Curado.

"Tuda na vida está envolto de "energia" e é "energia". E isto está comprovado pela ciencia dos dias de hoje.
Como podesmos ver na Quimica, existe atmos e estes atmos são constituidos por cargas eléctricas, protões, electrões, neutrões.
Sabem que a vida é um rio de energia que banha os corpos.
Essa energia- Ki- tem a informação de todo o conjunto que damos o nome de corpo. E a nossa mente está, por assim dizer, á volta do nosso corpo. O cerebro é só o instrumento que serve de interacção com o corpo. E a mente é um instrumento que a Alma usa para interacção com as experiencias da vida.
Uma das maneiras para que fenomenos kinéticos se dêm é misturar a nossa "informação"(ki) com a "informação"- por exemplo- do objecto. Dando assim uma nova realidade a ele propocionando assim as alterações que desejamos que se dêm.
Cada forma de energia tem sempre um lado positivo(yin) e um negativo(yang). Duas polaridades se equilibrando e estabilizando a vida em seu redor. Onde isso se trepassa para toda a natureza. Misticos representam gráficamente esse equilibrio com o Tao.
Para que possamos moldar o nosso ki em seguransa e sem nos desgastarmos muito devemos de saber desobestruir os canais- meredianos- do nosso corpo para que o ki flua mais livremente, trazendo bem-estar, equilibrio e saúde ao corpo."

terça-feira, 14 de junho de 2011

Cheiros...



"Existem cheiros inesquecíveis. Cada pessoa tem seus prediletos. E basta uma mínima lembrança para que tudo volte: a temperatura do momento, a felicidade ou a tristeza que se sentia, as imagens de quem estava perto, tudo. Tudo. Cheiros podem ser alegres ou tristes. Era muito bom quando se entrava em casa depois do colégio, logo antes do almoço, e se sentia o cheiro do refogado – alho, cebola e tomate – para fazer o picadinho ou o bife de panela enrolado no bacon e preso por um palitinho. Quantos segundos você leva para atravessar o tempo e voltar aos seus 11 anos?
Lembra quando há muitos, muitos anos, você ia passar as férias na fazenda? Ah, uma fazenda tem aromas absolutamente inesquecíveis: o do capim, o da terra depois da chuva, o do estábulo onde se ia de manhã bem cedo tomar o leite tirado da vaca, ainda morno, numa canequinha de alumínio. E o cheiro da tangerina? Aliás, tangerina não, mexerica; aquela pobrinha, modesta, de casca fina, que deixava a mão cheirando durante três dias. Esse é um cheiro muito alegre. O cheiro do bolo saindo do forno é para sempre – bolo de tabuleiro, cortado em losangos, com cobertura de açúcar com limão, e um detalhe precioso: naquele tempo, por mais que se comesse não se engordava, e em cima da mesa havia sempre um vidro de fortificante para abrir o apetite. Que felicidade ter tido uma infância no interior! Mas existem outros aromas não ligados ao paladar e também inesquecíveis. O cheiro do mar quando se chega em Salvador – uma licença poética, com licença. E você já teve uma tia-avó que morava numa casa bem arrumada, cujo assoalho era encerado toda semana? O brilho era dado a mão, com uma escova de cabo alto como uma vassoura, e era chegar e ouvir: “Cuidado para não escorregar”. Que cheiro limpo, honesto, que cheiro de gente direita. Será que isso ainda existe?
Mas há também os cheiros angustiantes: os de hospital, de sala de cirurgia. Muito cheiro de flor você sabe o que lembra – melhor não falar disso. E existem os perfumes ricos: de carro novo, de um bom fumo de cachimbo. E vamos combinar: cheiro de alho é bom na cozinha, de sexo no quarto, e é proibido misturar. Por falar nisso, o cheiro do homem que se ama, depois do amor, é melhor nem lembrar para não desmaiar de saudade.
As cidades também têm seu cheiro, cada uma muito particular: se você for levada, de olhos vendados, para o Bloomingdale’s, sabe na hora que está em Nova York. E se respirar um aroma de cominho misturado a curry e a canela vai saber que está no souk de Marrakesh.
Mas existe um cheiro que só as mulheres conhecem. É o que elas sentem quando estão enxugando seus bebês depois do banho. É preciso que não haja uma só pessoa por perto num raio de 200 metros para não haver interferência de qualquer ordem. Sem nenhuma presença estranha – nem mesmo a do pai –, mãe e filho poderão dizer bobagens e rir de coisas que só eles vão entender. Depois do talco, a mãe vai botar o nariz no pescoço de sua cria e cheirar com todos os seus cinco sentidos. No princípio timidamente, mas cada vez mais forte, até quase arrebentar os pulmões de tanto amor. Na hora a gente não sabe, mas um dia vai saber: não existe nada igual a esse cheiro nem a esse momento, e nunca vai haver um melhor. Porque esse é o cheiro da vida."

Danuza Leão

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Elogiar....

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.
O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.
> O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
> Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.
> As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
> A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.
> No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
> Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.
> Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.
Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.
> Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.


(desconheço a autoria)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Ubuntu... pra todos nós!


UBUNTU

"A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Floripa (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.
As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade,a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos..."

Desconheço a autoria.


O “espírito de unidade”, que no ocidente costumamos chamar de “espírito de equipe”, é o que determina a máxima vitória em toda relação humana.
Imbuídos de um único propósito, somos mais que a soma de nosso esforço individualizado.
Compreender que nossa felicidade é resultado da felicidade coletiva é um estado de sabedoria.
Geci Orione.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Cabeça pra baixo...



Tenho uma grande amiga que está passando por um grande problema, e tenho tentado ajudar no que posso, ouvindo, falando o que vem do meu coração, o que acho que verdadeiramente poderia ajudar. Mas na verdade o que mais falo pra ela é algo que me serve de base e de sustentação quando me vejo em momentos difíceis – Amiga, é muito complicado ver beleza na dor, mas todo momento ruim tem por detrás um imenso aprendizado, tem por detrás algo importante pra nossa vida. Como uma prova, que por mais difícil que pareça, na hora em acaba e que a gente tem a certeza que fomos bem, sentimos uma imensa satisfação por ter aprendido a matéria –
Hoje tento ver a vida e seus momentos “não tão divertidos assim” como uma prova, que passando e eu indo bem me trará mais conhecimento e aprendizado. Claro, que tudo isso tem a ver com a pessoa maravilhosa que hoje tenho ao meu lado, meu doce namorado. Mas, além dele, tem a ver também com uma sábia frase que aprendi num lugar: “O melhor acontece pra todos”. Como isso faz sentido hoje! Hoje sei que por pior que eu “ache” que a situação esteja é sempre o que eu preciso pra mim naquele momento da minha vida.
A vida é sábia, o Universo sempre conspira a nosso favor e ele sempre, sempre, em todos os momentos sabe exatamente o que precisamos pra nossa vida. Afinal aqui ninguém veio a passeio, nê?!
Esse final de semana recebi um e-mail da minha irmã que terminava com uma frase que só reforçou o que tenho falado pra minha amiga e que uso pra terminar esse texto de hoje – alias tenho escrito pouco, mas não por falta de vontade e sim de tempo -
A frase diz assim: "As vezes, nossa vida é colocada de cabeça para baixo,
para que possamos aprender a viver de cabeça para cima."
Sábia vida!! Grande beijo!!


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um mergulho dentro de mim...

"Alguém insultou você - a raiva irrompe de repente e você fervilha de raiva.
A raiva está fluindo na direção da pessoa que o insultou. Agora você projetará toda essa raiva sobre o outro.
Ele não fez nada. Se insultou você,o que ele fez de fato? Só lhe deu uma alfinetada, ajudou a sua raiva a aflorar - mas a raiva é sua.O outro não é a fonte; a fonte está sempre dentro de você.
O outro está atingindo a fonte, mas, se não houvesse raiva dentro de você, ela não poderia aflorar.
Se você bater num buda, só provocará compaixão, porque só existe compaixão dentro dele. A raiva não vai aflorar porque não existe raiva.
Se você jogar um balde num poço vazio, ele voltará vazio. Se jogar um balde num poço cheio de água, ele sairá de lá cheio de água, mas a água será do poço.O balde só a ajudou a vir para fora.
Portanto, a pessoa que o insultou só está jogando um balde em você, e ele sairá de lá cheio de raiva, do ódio ou do fogo que existe em você.
Você é a fonte, lembre-se.
Para praticar esta técnica, lembre-se de que você é a fonte de tudo o que projeta sobre os outros.
E sempre que sentir uma disposição a favor ou contra, no mesmo instante volte-se para si e busque a fonte de onde o ódio está partindo.Fique centrado ali; não dê atenção ao objeto.
Alguém lhe deu a chance de tomar consciência da sua própria raiva; agradeça-o imediatamente e esqueça-o. Feche os olhos, volte para dentro e agora olhe a fonte de onde esse amor ou essa raiva está vindo.
De onde ela vem? Vá para dentro de si mesmo, volte-se para dentro. Você descobrirá a fonte, pois a raiva está vindo dali.O ódio, o amor ou seja o que for, tudo vem da sua fonte. E é fácil encontrar a fonte quando você está com raiva, ou sentindo amor, ou cheio de ódio, porque nesse momento você está quente. É fácil voltar-se para dentro nessa hora.
A fiação está quente e você pode senti-la dentro de você e se guiar pelo calor.
E, quando atingir um ponto frio interior, descobrirá de repente uma outra dimensão, um mundo diferente abrindo-se para você.
Use a raiva, use o ódio, use o amor para mergulhar em si mesmo.
Um dos maiores mestres zen, Lin Chi, costumava dizer: "Quando eu era jovem, adorava andar de barco. Eu tinha um barquinho e remava sozinho num lago. Eu ficava ali durante horas.
"Uma vez, eu estava no meu barco, de olhos fechados, meditando, numa noite esplêndida. Então um outro barco veio flutuando, trazido pela corrente, e bateu no meu. Meus olhos estavam fechados, então eu pensei.
'Alguém bateu o barco no meu'. Enchi-me de raiva.
"Abri os olhos e estava a ponto de vociferar algo para o homem, quando percebi que o barco estava vazio! Então não havia onde descarregar a minha raiva. Em quem eu iria extravasá-la? O barco estava vazio, à deriva no lago e tinha colidido com o meu. Então não havia nada a fazer. Não havia possibilidade de projetar a raiva num barco vazio."
Então Lin Chi continuou: "Eu fechei os olhos. A raiva estava ali. Mas não sabia como extravasar. Eu fechei os olhos simplesmente e flutuei de volta com a raiva.
E esse barco vazio tornou-se a minha descoberta. Eu atingi um ponto dentro de mim naquela noite silenciosa. Esse barco vazio foi meu mestre.
E, agora quando alguém me insulta, eu rio e digo: 'Esse barco também está vazio'
Fecho os olhos e mergulho dentro de mim".
Osho, em "Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Minha visita...

Ando assim: envolvida com meu momento pós-mapa-tomando-consciência, ajudando no que posso umas amigas, tentando aprender a falar o mínimo de italiano, organizando lugares legais pra se conhecer na Itália – minha primeira viagem com meu amor pra fora e minha primeira pra fora da terrinha -, estudando pras últimas provas do semestre, voltando a malhar, aprendendo a ter jogo de cintura com algumas coisas, aprendendo a lidar com bom-humor com o mau-humor do meu filho de 8 anos, tentando não sufocar meu namorado com o que eu tenho que aprender, tentando ver tudo com os olhos de quem precisa daquele momento e vendo o aprendizado da experiência... ufa!! Entenderam?! Preocupe não, eu também ando “mais perdida que cega em tiroteio” em alguns momentos.
Digamos que o momento é bom, ótimo eu diria, mas que junto com toda a consciência que se toma de algumas coisas vem junto outras coisas pra “testar” o meu aprendizado. Do tipo: não basta se sair bem, tem que tirar dez!
O engraçado é que em alguns momentos eu tenho vontade de me esconder em algum cantinho e respirar beem fundo e pedir ajuda. Pedir uma “colinha”, um colo. A sensação do momento é de às vezes é difícil ser “adulto”, como se até pouco tempo eu tivesse sido criança e agora com mais “interação” com o mundo a minha volta o olhar não pudesse mais ser infantil. Fui clara? Deu pra entender? Desculpe-me se não, mas nem pra mim é muito claro tudo isso. A única coisa clara no momento é que a D. Vida não manda recado, não “roda toco”, ela te coloca no exato lugar, na experiência necessária pro que se tem pra aprender. A gente tem duas alternativas: se fazer de bobo e não dar bola e daqui a pouco viver com outro contexto ou com o mesmo, a experiência. Ou fazer como a coruja que hoje veio me fazer uma visita, olhar em volta, pensar, sentir com sabedoria e “voar” em direção aquilo que te a vida te propôs. Lidando com delicadeza, suavidade e sabedoria.
Sei que aquela coruja que hoje me deu a honra de sua visita e que chegou pertinho... veio me dar um recado, um recado dado com os olhos, sem palavras, somente com o olhar. Um recado muito importante: sabedoria. Agir com sabedoria. Aquela que faz pensar e sentir antes de agir. Sabedoria pra ver beleza na dor e que transforma “dor” em consciência doce, sem amargura, sem remorsos, com gratidão pelo aprendizado.
Obrigada Universo por interagir e fazer com que eu me sinta “cuidada”.
Grande beijo.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma obra...

"A coisa mais difícil que existe no mundo é acabar uma obra. No começo é aquele entusiasmo, aquela alegria. O dia passa rápido e, na hora de dormir, só se deseja uma coisa: que o amanhã seja ainda melhor do que hoje, cheio de novidades e de descobertas. De que estávamos falando, de um casamento ou de uma obra? Não importa, é quase a mesma coisa – com todo o respeito. A primeira parede derrubada é um sonho, de tão bom. Sai o sofá, sai a mesa e, no dia em que sai a cama, é como uma lavagem cerebral. Ah, daqui pra frente, tudo vai ser diferente – com a ajuda de Deus. Chega a hora de escolher os revestimentos. O banheiro vai ser de que cor? Uma jacuzzi ou uma banheira normal? A sala vai ter que combinar com seu atual estado de espírito, é claro. Em tons dramáticos ou do tipo clean? Cheia de objetos ou totalmente despojada?
Já sabendo que é sujeita a mudanças, é bom não jogar nada fora. Mande embalar e ponha no sótão do sítio de alguma amiga, porque já sabe: no próximo ano pode querer mudar tudo de novo – e essa é a graça. Os meses passam e um dia você acorda cansada. Aquele cheiro de poeira já não é mais tão delicioso, e ter que passar por cima do entulho para chegar à cozinha... Bem, existem maneiras mais agradáveis de viver. Mas vai ter que ir até o fim, pois obra é uma das poucas coisas no mundo que não se pode abandonar; o dinheiro está no fim, só que precisa continuar. Raspa a poupança – é para isso que ela existe – e tudo bem. Só que a paciência vai acabando, a casa não fica pronta e tem que tomar 500 decisões por dia. “A senhora vai querer a tomada de telefone da sala em que lugar?” Difícil saber se ainda nem decidiu onde vai colocar o sofá. É de matar, e o eletricista está em pé na sua frente esperando a resposta. Resolve; provavelmente mal, mas resolve, e as coisas vão andando. Até que o chefão da obra comunica que está tudo pronto. Aí, então, começa a segunda etapa. O chão de mármore, que havia sido polido por um alto especialista, está imundo e arranhado. Suas lindas plantas estão respingadas de tinta. O cinto preto de St. Laurent, que custou 500 euros, onde está? E a pulseira do Marrocos? Só faltou procurar no freezer.
O controle remoto sumiu, aquele anel que deixou dentro do cinzeiro desapareceu, o telefone sem fio está sem a base. Olha e vê os preciosos CDs dentro de um saco de lixo de plástico azul; já iam saindo com o último entulho, ai, meu Deus. Ao abrir os armários, que deixou trancados, vê os cabides, que são pretos, cobertos de poeira, daquela bem grossa; imagine os vestidos. Mas, quando estiver tudo no lugar, o vinho na geladeira, as flores no vaso e os amigos dizendo que ficou lindo, você vai estar tão feliz que vai esquecer do drama que é uma obra – e sentir que valeu a pena. Não se espante se, daqui a dois anos, abrindo uma revista de decoração, der vontade de começar tudo de novo. Seja corajosa e vá em frente, pois são as mudanças que fazem com que a vida seja sempre surpreendente."

Danuza Leão.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Mais uma de amor...

"AMAR É PUNK


Eu já passei da idade de ter um tipo físico de homem ideal para eu me relacionar. Antes, só se fosse estranho (bem estranho). Tivesse um figurino perturbado. Gostasse de rock mais que tudo. Tivesse no mínimo um piercing (e uma tatuagem gigante). Soubesse tocar algum instrumento. E usasse All Star.
Uma coisa meio Dave Grohl.
Hoje em dia eu continuo insistindo no quesito All Star e rock´n roll, mas confesso que muita coisa mudou. É, pessoal, não tem jeito. Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece o cara. Começa, aos poucos, a admirá-lo. A achá-lo FODA. E, quando vê, você tá fazendo coraçãozinho com a mão igual uma pangaré. (E escrevendo textos no blog para que ele entenda uma coisa: dessa vez, meu caro, é DIFERENTE).
Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta do seu pão-de-sal bem branco (e com muito queijo). Ele não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez.
Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. DA PAIXÃO, NÃO. Depois de anos escrevendo sobre querer alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? Quero dormir abraçada sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas.
Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar e meus futuros livros iriam pra seção B da auto-ajuda, com um monte de margaridinhas na capa. Mas, CARAMBA! Descobri que não é nada disso. Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido.
Sei que já falei muito sobre amor, acho que é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrões. Amor é RECONSTRUÇÃO. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios.
Demorei anos pra concordar com meu querido (e sempre citado) Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava (e não dizia): porra, que tédio!
Ah, Cazuza! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor! - AMAR É PUNK. "

Texto de Fernanda Mello.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pudim...



"Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir Pudim de
sobremesa,contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar
na minha frente um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido.
Um só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um
pudim bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas
vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou
moderação.
O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções,
de prazeres meia-boca,
de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil
(a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os
recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo,mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD,esparramada no sofá, mas se
obriga a ir malhar.
E por aí vai.
Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em
passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e
existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando
melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'.
Deixar de lado a régua,o compasso,a bússola,a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem
e o que pensam a nosso respeito.Recusar prazeres incompletos e meias
porções.
Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma
frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...
Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos
(devemos?) desejar vários pedaços de pudim, bombons de muitos sabores,
vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo,o coração saciado.
Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: um pudim inteiro um sofá pra eu
ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e
o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.OK?
Não necessariamente nessa ordem.
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago ."
 
Martha Medeiros.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Luz....





QUANTO MAIS FORTE A LUZ, MAIOR A SOMBRA
Não há mais maldade, o que há é mais luz, e é sobre isso que falo agora.
Imagine que você tem um quarto, ou uma despensa, onde guarda suas coisas, iluminado por uma lâmpada de 40W. Se trocar para uma lâmpada de 100W, verá desordem e um tipo de sujeira que você nem imaginava que havia no local.
A sociedade está mais iluminada. Isto é o que está acontecendo. E isto faz com que muitas pessoas que leem estas afirmações as considerem loucura.
Percebeu que hoje em dia as mentiras e ilusões são percebidas cada vez mais rapidamente? Bom, também está mais rápido alcançar o entendimento de Deus e compreender a forma como a vida se organiza.
A nova vibração do planeta tem tornado as pessoas nervosas, depressivas e doentes. Isto porque, para poder receber mais luz, as pessoas precisam mudar física e mentalmente. Devem organizar seus quartos de despejo, porque sua consciência cada dia receberá mais luz.
E por mais que desejem evitar, precisarão arregaçar as mangas e começar a limpeza, ou terão que viver no meio da sujeira.
Esta mudança provoca dores físicas nos ossos, que os médicos não conseguem resolver, já que não veem uma doença que possa ser diagnosticada. Dirão que é causado pelo estresse. Porém isto não é real. São apenas emoções negativas acumuladas, medos e angústias, todo o pó e sujeira de anos que agora está sendo visto para ser limpo.
Algumas noites as pessoas acordarão e não conseguirão dormir por algum tempo. Não se preocupem. Leiam um livro, meditem, assistam TV. Não imaginem que algo errado ocorre. Você apenas está assimilando a nova vibração planetária. No dia seguinte seu sono ficará normal, e não sentirá falta de dormir.
Se não entender este processo, pode ser que as dores se tornem mais intensas e você acabe com um diagnóstico de fibromialgia, um nome que a medicina deu para o tipo de dores que não tem causa visível. Para isto não existe tratamento específico – apenas antidepressivos, que farão com que você perca a oportunidade de mudar sua vida.
Uma vez mais, cada um de nós precisa escolher que tipo de realidade deseja experimentar, porém sabendo que desta vez os dramas serão sentidos com mais intensidade; assim como o amor. Quando aumentamos a intensidade da luz, também aumentamos a intensidade da escuridão, o que explica o aumento de violência irracional nos últimos anos.
Estamos vivendo a melhor época da humanidade desde todos os tempos. Seremos testemunhas e agentes da maior transformação de consciência jamais imaginada.
Informe-se, desperte sua vontade de conhecer estas questões. A ciência sabe que algo está acontecendo, você sabe que algo está acontecendo. Seja um participante ativo. Que estes acontecimentos não o deixem assustado, por não saber do que se trata.
SATYA SAI BABA





domingo, 8 de maio de 2011

Feliz dia das Mães....


Esse ano fiquei pensando no que escrever pra homenagear tantas mães, tias, vovós, futuras mamães, madrinhas, professoras, médicas, irmãs, madastras... que conheço e que tanto admiro. E não é que acabei achando uma música, ou melhor uma versão de uma música que ficou show de bola - uma versão do nosso Roberto Carlos cantada pelo Wagner Moura e sua banda.
Portanto pra todas vocês mães, pras que de alguma forma fazem o papel, pras que vão ser... a minha singela homenagem.
Um beijo carinhoso em todas e uma braço beeem apertado!
Aline.


http://www.youtube.com/watch?v=bVWphLBK1Qs

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Presentes de maio...



Hoje pela manhã fui levar o Gu pra escola onde ele começou a fazer aula de reforço e aproveitei pra visitar uma amiga que dá aula lá também e acabei ganhando um presente ao conhecer um pequeno garotinho aluno dela. Presente porque ele é a alegria e o entusiasmo em forma de gente, o brilho em forma de menino. Um menino de cinco anos, deficiente físico – ele não tem o movimento das pernas – que se movimenta de um lado pro outro se arrastando no chão, que ao ser perguntado por mim se gostava de estudar, não somente os olhinhos, mas o rosto inteiro se iluminou pra responder – eu adoro! Eu amo essa escola!
E claro que ele é só um menino de cinco anos que ainda não enfrentou os problemas lá de fora, que ainda não lidou com todas as dificuldades que a falta de alguns movimentos vai lhe trazer, mas mesmo assim, até agora o que pra muitos seria visto como um grande problema, pra ele não é problema algum! Acredito que seus pais, sua família, como até a própria escola tem um papel muito importante nisso, mas o fato é que encontrar com aquele par de olhos brilhantes me fez um bem imenso. E imagino que não só pra mim, mas que ele deve ser um presente diário pra todos que topam com aquele brilho encantador.
Falando em presentes, ontem fui buscar o Gu na escola e além da mochila ele carregava uma sacola que segundo ele continha brinquedos que ele trazia da casa do pai (as terças ele dorme com o pai).
Chegando em casa vi uma movimentação dele de um lado pro outro e um aviso – Mama vamos brincar de busca ao tesouro?! Você tem dois tesouros pra achar e eu vou te dando as dicas de tá frio, tá quente, ok?! – Lá fui eu em busca dos dois tesouros que por sinal estavam muito bem escondidos se tratando de um apartamento pequeno como este. Achados os tesouros – uma linda blusa, um creme para o corpo e um shampoo - com seus devidos cartões feitos às pressas e as escondidas pra eu não ver, recebi outro presente. A carinha de felicidade do meu pequeno! Vocês não tem ideia da felicidade dele em ver que eu tinha gostado dos presentes. Tudo de bom! Realmente ter filhos dá muito trabalho, mas essas carinhas, essas surpresas fazem tudo mais valer a pena.
Enfim por ontem senti que o “inferno astral” já está dando lugar à boa energia que o mês de maio trás pra mim.
Um grande beijo e um excelente final de semana.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Perdendo tempo...

Tem algumas coisas na vida que fazem com que nos sintamos completamente idiotas – pelo menos eu me senti assim hoje. Deixa eu me explicar.
Tenho uma professora na faculdade que pede dois trabalhos por semestre, até ai tudo bem a não ser o fato do trabalho ser pura cópia de algum livro e ter que ser manuscrito.
Manuscrito porque segundo ela digitado todos “colam e copiam” e manuscrito não. Sim, mas acontece que ela não quer um resumo seu, uma resenha do livro com a sua opinião e sim a cópia! Sim a cópia fiel do livro que você escolher – isso você pode fazer – agora me diga que valor tem isso?! Não sei vocês, mas eu se estou copiando eu faço tranquilamente umas três outras coisas junto e não aprendo nadica de nada. Ao contrário da resenha em que você precisa ler e entender pra poder resumir o assunto.
Pois é, hoje perdi – porque pra mim foi pura perda de tempo – umas quatro horas copiando um livro. Deu-me vontade de no meio do trabalho escrever alguma coisa diferente pra ver se ela ao menos lê aquele troço, mas não tive coragem. E pra falar bem a verdade e daí se o cara copia e cola?! O problema na verdade é da pessoa. E a ela mesma que ela vai enganar. A pessoa quando quer faz e se não quer não tem jeito de forçar.
Bem, na verdade eu não tive muita escolha mesmo a não ser copiar e vir aqui deixar o meu desabafo. Obrigada.
Beijo grande pra todos!





terça-feira, 3 de maio de 2011

Minha caminhada...




O que não dá mais?! O que não dá mais pra mim?!
Essa foi à pergunta do começo ao fim do meu mapa astral feito pelo tato Neves que comecei a escutar na semana passada e somente terminei hoje. Esse foi o questionamento que segundo o Tato fará a grande diferença na minha vida daqui pra frente.
Livrar-me de escolhas que me foram impostas e eu prontamente aderi e que me distanciaram do meu eu verdadeiro, da minha real essência.
Segundo ele tudo vai se organizar na hora em que eu definir o que eu amo e o que eu quero. Fácil, não?! Pra mim que sempre olhei pro bem estar geral pra definir as minhas escolhas, não! Muito difícil! Muito, muito mesmo!
Outro ponto difícil pra mim – pensar – pensamento - eu penso, logo, me faço mal - Pensar = ruim pra mim. Sempre! Pode isso?!! Pode sim! Eu realmente consigo ter péssimos pensamentos sobre a minha pessoa, consigo me detonar em questão de segundos, consigo tornar-se minha maior inimiga. E como acabar com isso?! Arrumando truques pra não pensar, porque pensando sou pior que péssima! Pensando duvido de mim, das minhas virtudes colocando mascaras pra me auto punir e me auto desprezar. Forte não?! E é exatamente o que faço comigo mesma. E é claro que fazendo isso não dá pra entrar em harmonia e fluir dando o melhor de mim.
Tirando essas “pequenas” coisas e mais algumas tudo irá bem. Tudo irá de encontro com a harmonia interior. Tudo irá de encontro comigo.
Quanta coisa se tem pra aprender nessa escola chamada vida, quantas mascaras temos que tirar, quantas escolhas temos que fazer e por quantas vezes temos que lutar... uma luta que não é com ninguém de fora mas com nossos medos, dúvidas, inseguranças e dificuldades. Uma luta árdua! Uma luta em que somente se vence com a honestidade, honestidade não com os outros, mas conosco mesmos. Aquela honestidade de “não roubar o doce da geladeira de madrugada quando se está de dieta porque ninguém está olhando”, aquela honestidade de ser legal consigo mesmo quando se está sozinho, aquela honestidade de querer mudar não pra constar, nem pra se adequar a algum padrão imposto, mas mudar pra si mesmo e quando ninguém mais está olhando. Ser honesto com você mesmo. Talvez a honestidade mais difícil.
Eu já comecei minha caminhada e espero chegar ao final de uma estrada colorida, florida e iluminada. A estrada que me leva de encontro ao meu eu interior.
Beijo grande!





segunda-feira, 2 de maio de 2011

Eu... momento trapo...


Não sei se é o danado do inferno astral, a idade, os céus ou essas crises que temos volta e meia, mas o fato é que se eu pudesse sumiria de mim mesma por uns dias. Sabe, quando o cansaço é de tudo? De mim, da minha rotina, dos meus problemas, da minha vida financeira, das minhas cansativas dores de cabeça, da faculdade, mas muito mais de mim mesma. Sei que vai passar, tudo passa e as crises e as “canseiras” sempre existem, vez ou outra elas aparecem como quem não quer nada e fazem com que a gente se sinta assim, parecida com um monte de roupa amassada e velha.
Daí a gente faz o que?! Espera passar da melhor forma possível sem atingir ninguém mais além de nos mesmos, certo?! Que nada!! Meu namorado e meu filho são os primeiros a sentir as primeiras “flechadas” do meu “humor” que não deve andar lá estas maravilhas. Meu filho então! Coitado!! Não basta ser, nê?! Tem que participar, tanto sendo filho, como sendo mãe.
E assim entre uma ida pra Brasília e outra eu aproveito meu momento terapia-dirigindo e... choro, penso, sinto e tento me sentir renovada.
Eu sei! Esse texto de hoje não teve nada com nada, nada fez sentido, nem mesmo parece um texto e sim uma redação de “como foram as suas férias”, mas ele está exatamente como eu: sem sentido nenhum, sem nenhum nexo, cansado e pobre.
Hoje já é dia 2, o que quer dizer que faltam poucos dias pro meu inferno astral acabar. Mas... e se não for isso??!!
Não, não vamos pensar no pior!! Deve ser!! Deve ser!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A dádiva de amar...



AMAR, VERBO INTRANSITIVO.


Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar junto chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino - o amor.
Se um dia tiverem que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil palavras, se entregue; vocês foram feitos um pro outro.
Se por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento de sua vida.
Se você conseguir, em pensamento, sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse ali do seu lado...
Se você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está marcado para a noite...
Se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se você tiver a certeza que vai ver à outra envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção que vai continuar sendo louco por ela...
Se você preferir morrer, antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. “É uma dádiva”.
Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.
Ou às vezes encontram e, por não prestarem atenção estes sinais deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente. “É o livre-arbítrio”.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: o amor.
(Carlos Drumond de Andrade)

Eu tenho a felicidade e o privilégio de sentir isso. Tenho o privilégio de ter alguém pra ser o meu primeiro e o meu último pensamento do dia. O privilégio de querer envelhecer ao lado dessa pessoa, de me apaixonar todos os dias mais e mais, de querer ser melhor a cada dia, de sentir as pernas bambas a cada beijo demorado...
Sabe, me sinto mesmo privilegiada! Privilegiada por ter a oportunidade de amar, de poder amar, de ter alguém tão lindo com quem dividir a vida, alguém com quem quero passar o resto dos meus dias. Digam, não é um privilegio?! Enquanto tantos reclamam de dividir a vida com alguém eu me sinto agraciada por ter encontrado a “tampa da minha laranja”, meu outro lado, meu melhor lado. Claro que temos nossos problemas, claro que não é fácil todos os dias, em todos os momentos, somos seres humanos com toda uma carga de experiências, vivências, mágoas, dificuldades, defeitos, coisas mal resolvidas e medos, mas o mais legal disso tudo é que apesar de tudo somos melhores porque temos um ao outro, porque nos sentimos gratos com a presença um do outro, porque queremos estar juntos, e querer estar junto faz toda a diferença. Porque queremos vencer nossos medos e dificuldades. Porque queremos transformar “nossas linhas vermelhinhas em linhas azuis”. Porque existe um brilho único quando somos um. Porque temos a consciência de que juntos somos muito melhores do que separados, porque fazemos muito bem um ao outro e isso é tudo de bom!
É Drumond, você sabia das coisas! O melhor da vida é o amor! Por ele tudo vale muito a pena!
Um grande beijo e um excelente final de semana!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Meu papel de parede...

Ontem me dei conta na hora em que fui postar meu texto aqui que realmente tudo ao nosso redor roda na sintonia em que vibramos. Procuramos de forma inconsciente ou não tudo que tem a ver com nosso momento, com nossos sentimentos e nossa forma de sentir. Falo isso por conta do papel de parede que escolhi pra cá. Na hora que escolhi não parei pra pensar no porque da escolha, mas ontem me vi olhando pra ele encantada com as cores, com a imagem, com a paz que ele me passava. E é exatamente assim que ando me sentindo no momento, como uma praia, com uma imensidão de sentimentos meio bucólicos, sem muitas ondas, com um céu sem aquelas nuvens fofas e azuis, sem um grande sol amarelo, sem muita gente por perto, mais introspectiva, menos faladeira, mais pra dentro e bem menos pra fora, sem saber ainda delimitar aonde os sentimentos terminam e aonde entra a razão, mais lilás suave do que qualquer outra cor, mais outono do que inverno ou verão, mais areia fresca e firme de pisar do que mole e fofa, mais brisa suave do que vento forte, mais horizonte não delimitado do que tudo bem limitado. Mais caminhar ao final do dia do que correr ao sol.
Enfim, se esse papel de parede fosse real você me veria sentadinha nessa areia olhando o mar e refletindo, absorvendo, sentindo. Ou dando uma longa caminhada de mãos dadas com meu amor.
Como vocês podem perceber meu blog está em pura sintonia comigo. Ufa! Ainda bem! (risos)
Beijo grande.









terça-feira, 26 de abril de 2011

Minha época de renascimento...


Ganhei de Páscoa um mapa astral feito pelo professor do meu namorado Tato Neves e desde ontem estou escutando; ele grava em cd pra se ouvir no conforto do seu lar (ou aonde você preferir), e a cada minuto me convenço mais e mais de que como uma grande amiga minha fala “o mapa é você, nua em pelo”. Ainda não cheguei nem na metade, pois a gravação toda devem ter umas seis horas por baixo e estou escutando com “parcimônia” até pra poder absorver todas as informações (risos).
Pois bem, apesar de o mapa se tratar de mim e eu já me fazer “companhia” há 35 anos é incrível como uma boa parte de mim eu não conheço, não me dou conta, não percebo. Incrível como somos complexos, cheios de meia-verdades, mascaras e mentiras que criamos pra nos enganar e nos proteger. Eu ouvia e pensava: Isso! Sou exatamente assim, mas isso eu não mostro nem pra mim mesma. E por quê?! Que medo é esse de sermos nós mesmos sem não nos importamos com o resto do mundo?! Que mundo é esse que criamos pra gente que nos faz colocar uma fantasia adequada todos os dias pela manhã?! Que mundo é esse que eu criei pra mim que faz com eu na grande maioria do tempo faça com que me olhe e não me veja?! Que faz com que eu não mostre o que eu trouxe comigo de longa data sem se importar com esse ou com aquele?!
Levei 35 anos e 11 meses pra sentir o que senti desde que o Tato começou a falar comigo. Ouvi coisas engraçadas sobre mim, coisas conhecidas, coisas sofridas, algumas coisas (bem poucas) nunca tinha ouvido, outras tantas meu “namorado-estrela” já me fala há algum tempo e eu até acho que algumas fichas já têm caído, mas como uma boa taurina sou lenta, devagar, quase parando... e como um touro de 35 anos já estou cansada de carregar tantas “roupas” adequadas. Ainda bem!! Já estava na hora D. Aline!
Bem, ainda falta um bom pedaço pra ouvir, sentir, refletir, aprender, deixar pra trás o que não for mais necessário, mudar o que precisa de mudança e... continuar a jornada.
E, como tudo tem um porque nessa vida, foi uma boa época pra sentir tudo isso. Páscoa – época de renascimento.
Ainda bem que existem Tato’s e Geci’s em nossas vidas pra nos mostrar que estamos aqui pra aprender e evoluir! Algumas vezes pelo amor, outras pela dor, mas o importante é entender que não estamos aqui a passeio. Não mesmo!
Beijo grande!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Devagar...


A segunda chegou, mas eu não cheguei à segunda, ainda estou no domingo de tardinha.
O tempo pra mim anda diferente, às vezes muito mais rápido do que eu, as vezes muito mais lendo do que eu, com sorte as vezes estamos no mesmo ritmo e sintonia.
Hoje estou assim muito mais lenda do que 60 segundos por minuto, talvez 80 segundos por minuto.
Deve ser o fato de hoje ser segunda e pra mim elas sempre vem acompanhadas da sensação de “mais uma semana sem você”... sensação essa que por mais que eu seja, ou deveria ser, uma pessoa adulta, sempre persiste em me perseguir. Será que é porque quando você está junto os meus sorrisos tem companhia, porque você me abraça a noite toda, porque você tem bom humor, porque você me olha, me cheira, me agarra, me beija, me sente, me faz companhia pra tudo que eu faço, porque falamos a mesma língua, nos entendemos com o olhar, rimos até doer a barriga, porque a sua mão é sempre quente e está sempre perto quando eu preciso, porque você adora tudo que eu cozinho, porque eu adoro ouvir qualquer coisa que você fala... enfim porque do seu lado tudo é melhor!
Mas a segunda chegou é e melhor eu entrar no ritmo dela e contar que o tempo vai correr pra sexta chegar e eu poder ver o seu sorriso novamente.
Já estou com saudades...





segunda-feira, 18 de abril de 2011

Avec-elégance...

"Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante, você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
" É elegante o silêncio, diante de uma rejeição.. "
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
É elegante a gentileza. Atitudes gentis falam mais que mil imagens...
...Abrir a porta para alguém...é muito elegante .
...Dar o lugar para alguém sentar...é muito elegante...
...Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
...Oferecer ajuda...é muito elegante...
...Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante...
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso " lado brucutu", que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura!"

Martha Medeiros.





quarta-feira, 13 de abril de 2011

Da gente que eu gosto...



"Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade.
Eu gosto de gente com capacidade para assumir as conseqüências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.
Eu gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom animo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.
Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato. Gosto da gente que possui sentido de justiça. A estes chamo de meus amigos.
Eu gosto da gente que sabe a importância da alegria e a pratica. Da gente que por meio de piadas nos ensina a conceber a vida com humor. Da gente que nunca deixa de ser animada.
Eu gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.
Eu gosto de gente fiel e persistente, que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e idéias.
Eu gosto da gente de critério, a que não se envergonha em reconhecer que se equivocou ou que não sabe algo. De gente que, ao aceitar seus erros, se esforça genuinamente por não voltar a cometê-los. De gente que luta contra adversidades. Gosto de gente que busca soluções.
Eu gosto da gente que pensa e medita internamente. De gente que valoriza seus semelhantes, não por um estereotipo social, nem como se apresentam. De gente que não julga, nem deixa que outros julguem. Gosta de gente que tem personalidade.
Eu gosto da gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração.
A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar GENTE.
Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida… já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído.
Impossível ganhar sem saber perder.
Impossível andar sem saber cair.
Impossível acertar sem saber errar.
Impossível viver sem saber reviver.
A glória não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se todas as vezes que seja necessário.
E ISSO É ALGO QUE MUITO POUCA GENTE TEM O PRIVILEGIO DE PODER EXPERIMENTAR.
Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota…"


Mario Benedetti.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A gente se acostuma...


"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma."


Marina Colasanti.





quarta-feira, 6 de abril de 2011

Doar-se completamente...



Alguns dias atrás conversando com um amigo de faculdade saiu à pergunta – Aline, você sabe o significado da palavra perdoar? – Acho que sim; é quando verdadeiramente desculpamos alguém por alguma coisa que foi feita e nos machucou, não é isso?! – É isso que o senso comum pensa, mas o significado etimológico da palavra é DOAR COMPLETAMENTE.
Isso me marcou tão profundamente que a alguns dias essa frase tem martelado na minha cabeça e no meu coração. Doar completamente. Nunca tinha olhado essa palavra em seu real significado, nunca tinha pensado por este prisma, nunca me passou pela cabeça que na verdade não importa se o outro te perdoa, mas e você que tem que doar-se inteiramente para aquele ato de se desculpar por algo que foi feito, ou vivido. Lindo isso, de uma profundidade, de uma sinceridade, mas também de uma dificuldade. Algo extremamente intimo, profundo e em alguns momentos tão difícil.
Fiquei pensando em quantas pessoas não fazem uso do “eu te perdoo” indiscriminadamente, em quantas vezes eu mesma usei desse verbo na certeza que estava fazendo um bem ao outro quando na verdade o bem é interno e bem mais profundo. Mexe com os sentimentos mais escondidos, com nosso lado mais puro, mais amoroso. Afinal doar-se completamente não é algo que se faz assim com um piscar de olhos, com um simples verbalizar. Doar-se completamente se faz com o mais puro amor, de você pro que a de mais sublime... dentro de você e não lá fora.
Como ouvi da minha irmã agora a pouco “talvez seja por isso que perdoar seja divino e não humano”.
Doar-se completamente. Amei isso! E espero de coração chegar a este lugar aonde o mais puro amor mora.
Beijos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Uma lição...

"Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro.
Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.
Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?
Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las. Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras. A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima. A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas. Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros. Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado. Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos- mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água. Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte. Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.
Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.
Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas. O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.
Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.
Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.
Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.
Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.
Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.
Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.
Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.
Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.
Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.
Mãos em prece (gassho) "


Monja Coen



quarta-feira, 30 de março de 2011

Bioenergética...

Bioenergética!
Entrevista com o Dr. Jorge Carvajal, médico cirurgião da Universidade de Andaluzia, Espanha, pioneiro da Medicina Bioenergética.

Qual adoece primeiro: o corpo ou a alma?
A alma não pode adoecer, porque é o que há de perfeito em ti, a alma evolui, aprende. Na realidade, boa parte das enfermidades são exatamente o contrário: são a resistência do corpo emocional e mental à alma. Quando nossa personalidade resiste aos desígnios da alma, adoecemos.

A Saúde e as Emoções.
Há emoções prejudiciais à saúde? Quais são as que mais nos prejudicam?
70 por cento das enfermidades do ser humano vêm do campo da consciência emocional. As doenças muitas vezes procedem de emoções não processadas, não expressadas, reprimidas. O medo, que é a ausência de amor, é a grande enfermidade, o denominador comum de boa parte das enfermidades que temos hoje. Quando o temor se congela, afeta os rins, as glândulas suprarrenais, os ossos, a energia vital, e pode converter-se em pânico.

Então nos fazemos de fortes e descuidamos de nossa saúde?
De heróis os cemitérios estão cheios. Tens que cuidar de ti. Tens teus limites, não vás além. Tens que reconhecer quais são os teus limites e superá-los, pois, se não os reconheceres, vais destruir teu corpo.

Como é que a raiva nos afeta?
A raiva é santa, é sagrada, é uma emoção positiva, porque te leva à auto-afirmação, à busca do teu território, a defender o que é teu, o que é justo. Porém, quando a raiva se torna irritabilidade, agressividade, ressentimento, ódio, ela se volta contra ti e afeta o fígado, a digestão, o sistema imunológico.

Então a alegria, ao contrário, nos ajuda a permanecer saudáveis?
A alegria é a mais bela das emoções, porque é a emoção da inocência, do coração e é a mais curativa de todas, porque não é contrária a nenhuma outra. Um pouquinho de tristeza com alegria escreve poemas. A alegria com medo leva-nos a contextualizar o medo e a não lhe darmos tanta importância.

A alegria acalma os ânimos?
Sim, a alegria suaviza todas as outras emoções, porque nos permite processá-las a partir da inocência. A alegria põe as outras emoções em contato com o coração e dá-lhes um sentido ascendente. Canaliza-as para que cheguem ao mundo da mente.

E a tristeza?
A tristeza é um sentimento que pode te levar à depressão quando te deixas envolver por ela e não a expressas, porém ela também pode te ajudar. A tristeza te leva a contatares contigo mesmo e a restaurares o controle interno. Todas as emoções negativas têm seu próprio aspecto positivo.Tornamo-las negativas quando as reprimimos.

Convém aceitarmos essas emoções que consideramos negativas como parte de nós mesmos?
Como parte para transformá-las, ou seja, quando se aceitam, fluem, e já não se estancam e podem se transmutar. Temos de as canalizar para que cheguem à cabeça a partir do coração. Que difícil! Sim, é muito difícil. Realmente as emoções básica são o amor e o medo (que é ausência de amor), de modo que tudo que existe é amor, por excesso ou deficiência. Construtivo ou destrutivo. Porque também existe o amor que se aferra, o amor que superprotege, o amor tóxico, destrutivo.

Como prevenir a enfermidade?
Somos criadores, portanto creio que a melhor forma é criarmos saúde. E, se criarmos saúde, não teremos que prevenir nem combater a enfermidade, porque seremos saúde.

E se aparecer a doença?
Teremos, pois, de aceitá-la, porque somos humanos. Krishnamurti também adoeceu de um câncer de pâncreas e ele não era alguém que levasse uma vida desregrada. Muita gente espiritualmente muito valiosa já adoeceu. Devemos explicar isso para aqueles que crêem que adoecer é fracassar.
O fracasso e o êxito são dois mestres e nada mais. E, quando tu és o aprendiz, tens que aceitar e incorporar a lição da enfermidade em tua vida... Cada vez mais as pessoas sofrem de ansiedade. A ansiedade é um sentimento de vazio, que às vezes se torna um oco no estômago, uma sensação de falta de ar. É um vazio existencial que surge quando buscamos fora em vez de buscarmos dentro. Surge quando buscamos nos acontecimentos externos, quando buscamos muleta, apoios externos, quando não temos a solidez da busca interior. Se não aceitarmos a solidão e não nos tornarmos nossa própria companhia, sentiremos esse vazio e tentaremos preenchê-lo com coisas e posses. Porém, como não pode ser preenchido de coisas, cada vez mais o vazio aumenta.

Então, o que podemos fazer para nos libertarmos dessa angústia?
Não podemos fazer passar a angústia comendo chocolate ou com mais calorias, ou buscando um príncipe fora. Só passa a angústia quando entras em teu interior, te aceitas como és e te reconcilias contigo mesmo. A angústia vem de que não somos o que queremos ser, muito menos o que somos, de modo que ficamos no "deveria ser", e não somos nem uma coisa nem outra. O stress é outro dos males de nossa época. O stress vem da competitividade, de que quero ser perfeito, quero ser melhor, quero ter uma aparência que não é minha, quero imitar. E realmente só podes competir quando decides ser um competidor de ti mesmo, ou seja, quando queres ser único, original, autêntico e não uma fotocópia de ninguém. O stress destrutivo prejudica o sistema imunológico. Porém, um bom stress é uma maravilha, porque te permite estar alerta e desperto nas crises e poder aproveitá-las como oportunidades para emergir a um novo nível de consciência.

O que nos recomendaria para nos sentirmos melhor com nós mesmos?
A solidão. Estar consigo mesmo todos os dias é maravilhoso. Passar 20 minutos consigo mesmo é o começo da meditação, é estender uma ponte para a verdadeira saúde, é aceder o altar interior, o ser interior. Minha recomendação é que a gente ponha o relógio para despertar 20 minutos antes, para não tomar o tempo de nossas ocupações. Se dedicares, não o tempo que te sobra, mas esses primeiros minutos da manhã, quando estás rejuvenescido e descansado, para meditar, essa pausa vai te recarregar, porque na pausa habita o potencial da alma.

O que é para você a felicidade?
É a essência da vida. É o próprio sentido da vida. Estamos aqui para sermos felizes, não para outra coisa. Porém, felicidade não é prazer, é integridade. Quando todos os sentidos se consagram ao ser, podemos ser felizes. Somos felizes quando cremos em nós mesmos, quando confiamos em nós, quando nos empenhamos transpessoalmente a um nível que transcende o pequeno eu ou o pequeno ego. Somos felizes quando temos um sentido que vai mais além da vida cotidiana, quando não adiamos a vida, quando não nos alienamos de nós mesmos, quando estamos em paz e a salvo com a vida e com nossa consciência. Viver o Presente.

É importante viver no presente? Como conseguir?
Deixamos ir-se o passado e não hipotecamos a vida às expectativas do futuro quando nos ancoramos no ser e não no ter, ou a algo ou alguém fora. Eu digo que a felicidade tem a ver com a realização, e esta com a capacidade de habitarmos a realidade. E viver em realidade é sairmos do mundo da confusão.

Na sua opinião, estamos tão confusos assim?
Temos três ilusões enormes que nos confundem:
Primeiro: cremos que somos um corpo e não uma alma, quando o corpo é o instrumento da vida e se acaba com a morte.
Segundo: cremos que o sentido da vida é o prazer, porém com mais prazer não há mais felicidade, senão mais dependência... Prazer e felicidade não são o mesmo. Há que se consagrar o prazer à vida e não a vida ao prazer.
Terceiro: ilusão é o poder; desejamos o poder infinito de viver no mundo.

E do que realmente necessitamos para viver? Será de amor, por acaso?
O amor, tão trazido e tão levado, e tão caluniado, é uma força renovadora. O amor é magnífico porque cria coesão. No amor tudo está vivo, como um rio que se renova a si mesmo. No amor a gente sempre pode renovar-se, porque ordena tudo. No amor não há usurpação, não há transferência, não há medo, não há ressentimento, porque quando tu te ordenas, porque vives o amor, cada coisa ocupa o seu lugar, e então se restaura a harmonia. Agora, pela perspectiva humana, nós o assimilamos com a fraqueza, porém o amor não é fraco.
Enfraquece-nos quando entendemos que alguém a quem amamos não nos ama. Há uma grande confusão na nossa cultura. Cremos que sofremos por amor, porém não é por amor, é por paixão, que é uma variação do apego. O que habitualmente chamamos de amor é uma droga. Tal qual se depende da cocaína, da maconha ou da morfina, também se depende da paixão. É uma muleta para apoiar-se, em vez de levar alguém no meu coração para libertá-lo e libertar-me. O verdadeiro amor tem uma essência fundamental que é a liberdade, e sempre conduz à liberdade. Mas às vezes nos sentimos atados a um amor. Se o amor conduz à dependência é Eros. Eros é um fósforo, e quando o acendes ele se consome rapidamente em dois minutos e já te queima o dedo. Há amores que são assim, pura chispa. Embora essa chispa possa servir para acender a lenha do verdadeiro amor. Quando a lenha está acesa, produz fogo. Esse é o amor impessoal, que produz luz e calor.

Pode nos dar algum conselho para alcançarmos o amor verdadeiro?
Somente a verdade. Confia na verdade; não tens que ser como a princesa dos sonhos do outro, não tens que ser nem mais nem menos do que és. Tens um direito sagrado, que é o direito de errar; tens outro, que é o direito de perdoar, porque o erro é teu mestre. Ama-te, sê sincero contigo mesmo e leva-te em consideração. Se tu não te queres, não vais encontrar ninguém que possa te querer. Amor produz amor. Se te amas, vais encontrar amor. Se não, vazio. Porém nunca busques migalhas, isso é indigno de ti. A chave então é amar-se a si mesmo. E ao próximo como a ti mesmo. Se não te amas a ti, não amas a Deus, nem a teu filho, porque estás apenas te apegando, estás condicionando o outro. Aceita-te como és; não podemos transformar o que não aceitamos, e a vida é uma corrente permanente de transformações.


Cuide-se!
Carpe Diem!