quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Beijo de "bis"...



Desde o começo do ano passado tenho o costume de levar, uma vez por semana, um bolo (que fica a escolha dos meninos) pra sala do Gu.
Esse dia em geral é uma festa, (ou melhor...a festa já começa no dia que passo pra perguntar do que eles querem.) é na hora do intervalo, então contamos uma história que eu levo, e cada um faz um papel, que ali na hora improvisamos. Depois, o grande momento, comer o bolo!Eu claro, me divirto bem mais que eles!!
Este ano eu ainda não havia levado e na sexta combinei com a professora que iria levar na quarta. Mas, infelizmente por conta de um compromisso, somente levei o bolo e não pude participar do momento. O bolo era de chocolate com cobertura de brigadeiro e “Bis” por cima, bem doce do jeito que a criançada gosta! Bem, ao chegar na escola pra buscar o Gu recebi o meu "obrigada", Um grupo de meninas me esperando pra me dar dois beijos: Tia Aline o bolo era de “bis” então tem que ser dois beijos! Adooorooo!
Pequenos gestos que fazem a gente se sentir muito abençoada. Ou como diz meu pai “mimos do Universo”. Hoje me senti muito, muito “mimada” por este e outros momentos doces que terminaram o dia. Quando eu falo que o universo anda beeem generoso..é muuuito mesmo!! (risos).
Bem, ontem, quarta, o texto da Marthinha falou de gatos. Da relação dela com os gatos e da sua nova descoberta. Eu particularmente gosto mais nesse caso de cachorros.... ou será que de gatos?!(risos).... (leiam o texto e vocês vão entender o porque). Assim...também não conseguiria viver “com alguma criatura que me siga”, mas gosto muito de lealdade, de companheirismo, de reciprocidade...mas também adooro um charme! Quem não gosta?! Uma coisa que me incomoda nos gatos é o interesse. Eles se interessam pela casa e pelo conforto, não por você! A relação é um tanto quanto, interesseira. Mas, em contrapartida acho que eu gostaria de ter esse mistério no ar que eles possuem. Até porque eu de “mulher fatal” não tenho nada! Misteriosa então passou longe!!
Então acho que estou ali em cima do muro...Digamos então que eu gosto dos dois! Acho que tirando dali, colocando um pouco acolá, misturando bem...o resultado será perfeito! Um gatocão! (risos)...
Agora deixo por conta da imaginação de vocês a imagem do “bichinho”....Ui!!! E o texto da Marthinha.
Um grande beijo!Um não!! Dois!! Um de 'bis".

"Aristogatos


Nunca imaginei ter um bicho de estimação, por uma questão de ordem prática: moro em apartamento, sempre morei. E, se morasse em casa, escolheria um cachorro. Logo, nunca considerei a hipótese de ter um gato, fosse no térreo ou no 10o andar. Quando me falavam em gato, eu recorria a todos os chavões pra encerrar o assunto: gato é um animal frio, não interage, a troco de que ter um enfeite de quatro patas circulando pela casa?
Hoje, dona apaixonada de um gato de cinco meses (e morando no 10o andar), já consigo responder a essa pergunta pegando emprestada uma frase de um tal Wesley Bates: “Não há necessidade de esculturas numa casa onde vive um gato”. Boa, Wesley, seja você quem for. Gato é a manifestação soberana da elegância, é uma obra de arte em movimento. E, se levarmos em consideração que a elegância anda perdendo de 10 x 0 para a vulgaridade, está aí um bom motivo para ter um bichano aninhado entre as almofadas.
Só que encasquetei de buscar argumentos ainda mais conclusivos. Por que, afinal, eu me encantei de tal modo por um felino? Comecei a ler outras frases irônicas e aparentemente pouco elogiosas. Mark Twain disse que gatos são inteligentes: aprendem qualquer crime com facilidade. Francis Galton disse que o gato é antissocial. Rob Kopack disse que, se eles pudessem falar, mentiriam para nós. Saki disse que o gato é doméstico só até onde convém aos seus interesses. Estava explicado por que gamei: qual a mulher que não tem uma quedinha por cafajestes?
Ser dona de um cachorro deve ser sensacional. Lealdade, companheirismo, reciprocidade, eu sei, eu sei, eu vi o filme do Marley. Cão é boa gente. Só que o meu cachorro preferido no cinema nunca foi da estirpe de um Marley. Era o Vagabundo, sabe aquele do desenho animado? O que reparte com a Dama um fio de macarrão, ambos mastigam, um de cada lado, e mastigam, mastigam até que (suspiro... a emoção impede que eu continue). Eu trocaria todos os príncipes loiros e bem-comportados da Branca de Neve e da Cinderela pelo livre e irreverente Vagabundo, que foi o personagem fetiche da minha infância. E, lembrando dele agora, consigo entender a razão: aquele malandro tinha alma de gato.
Imagino que, com essa crônica, eu esteja revelando o lado menos nobre do meu ser. Pareço tão sensata, tão bem resolvida, tão madura – quá! – tenho outra por dentro. Que vergonha. Levei mais de 40 anos para me dar conta de que não faço questão de uma criatura que me siga, que me agrade, que me idolatre, que me atenda imediatamente ao ser chamado, que me convide pra passear com ele todo dia. Sendo charmoso, na dele e possuindo ao menos alguma condescendência comigo, tem jogo.
Cristo, um simples gato me fez descobrir que sou mulher de bandido."
 
Martha Medeiros.

Um comentário:

  1. Sabia que não era à toa a minha aversão a gatos!
    Fala sério!!!
    Não tenho a menor vocação pra viver amores bandidos, ou ser mulher de malandro...
    Coisas de leonina, né?
    Ou me beijem o chão ou nada feito! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Amore,
    vc deve fazer o maior sucesso na escola do Gu!
    Adooooooro!
    Beijo!

    ResponderExcluir